Luana Lourenço — Agência Brasil
A
presidenta Dilma Rousseff vetou a extensão da política de reajuste do
salário mínimo a todos os aposentados e pensionistas do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). A correção do mínimo é calculada pela
variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores mais a
inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Com o veto, os benefícios do INSS acima de um salário mínimo continuarão sendo reajustados somente pela variação do INPC.
A proposta fazia parte da Medida Provisória 672, que prorroga até 2019 o atual cálculo de reajuste do salário mínimo, aprovada pelo Senado em junho. Dilma sancionou o texto parcialmente, com veto apenas à extensão do cálculo a todos os benefícios do INSS. O veto foi publicado hoje (30) no Diário Oficial da União. O texto voltará ao Congresso Nacional, que pode derrubar a decisão da presidenta.
Na justificativa do veto, Dilma argumentou que a vinculação de todos os benefícios do INSS ao salário mínimo é inconstitucional. “Ao realizar vinculação entre os reajustes da política de valorização do salário mínimo e dos benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS, as medidas violariam o disposto no Artigo 7º, inciso IV, da Constituição.”
Além disso, segundo Dilma, o veto não fere a garantia constitucional de que os benefícios não sejam inferiores a um salário mínimo.
De acordo com o Ministério da Previdência, a extensão das regras do mínimo para todos os aposentados e pensionistas teria impacto de R$ 9 bilhões nas contas da Previdência em 2015.
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Comentário do Gama Livre: O governo Dilma afirma que a extensão da medida aos aposentados e pensionistas teria um impacto de R$9 bilhões nas contas, o que seria insuportável.
Cinismo. Este valor corresponde a menos de 3 dias e meio dos serviços da dívida.
O governo do trabalhador opta pelos banqueiros, deixando à míngua os aposentados e pensionistas, que já ganham quase nada.
É questão de escolha. O governo fez a pior. Para o povo, claro. Já para os rentistas...