A próxima terça-feira (28) será de grandes manifestações em Brasília.
A partir das 9h30, trabalhadores de todo o país se concentrarão em frente do Ministério da Fazenda
para protestar contra o Plano Levy, os ajustes fiscais que penalizam a
classe trabalhadora com recessão e retirada de benefícios e direitos. O
ato é convocado pela CUT e a data foi escolhida por ser a mesma da
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela
fixação da taxa de juros Selic. A elevação da taxa básica de juros é
responsável pela redução dos investimentos na produção e no consumo,
provocando um quadro recessivo e de aumento do desemprego, e só
favorecendo o capital financeiro e especulativo. “Vamos repudiar essa
política econômica que só atinge e retira direitos dos trabalhadores e
vamos apresentar uma alternativa que realmente promova o desenvolvimento
e avanços para a classe trabalhadora”, explica Rodrigo Britto,
presidente da CUT Brasília.
A partir das 14h, a manifestação se desloca para a frente do Palácio do Buriti,
no Eixo Monumental. Servidores de todas as categorias do DF e
trabalhadores em geral protestarão contra as seguintes questões que
representam retrocesso democrático e de direitos trabalhistas:
- O projeto de lei 5.230, de autoria do deputado distrital e empresário Cristiano Araújo (PTB), aprovado pela Câmara Legislativa do DF , que, na prática, proíbe manifestações públicas de todos os tipos no Eixo Monumental. Aprovada no apagar das luzes do semestre Legislativo local, trata-se de uma medida ditatorial e repressiva que fere o direito democrático de manifestação do povo. Veja aqui a nota de repúdio da CUT ao projeto.
- O calote da pecúnia da licença-prêmio aos servidores aposentados anunciado pelo GDF por meio do Ofício nº 1.321/2015, que descumpre a Lei Complementar nº 840/2011. Por esta medida, os(as) professores(as) que se aposentarem neste ano e não receberem dentro de 2015 poderão ficar com este direito comprometido.
- Não cumprimento pelo governador Rollemberg da legislação (Lei 5.108/2013) que autoriza o GDF a atualizar anualmente o valor do auxílio alimentação. Faz mais de 85 dias que venceu o prazo para corrigir o que o valor do tíquete e recompor as perdas para a inflação anual.
- Os PLCs 19, 20 e 21, apresentados pelo GDF que modificam a Previdência do funcionalismo público do DF, estimulando a previdência privada complementar, autorizando a interferência do governo sobre os recursos financeiros e reduzr a participação dos servidores na gestão do Instituto de Previdência do Distrito Federal (Iprev).
Exigimos o veto ao projeto da repressão às manifestações de
trabalhadores, a revogação da medida que estabelece o calote, o reajuste
imediato do auxílio alimentação e a retirada do prejudicial pacote da
Previdência.
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Fonte: CUT Brasília