Quarta, 1º de julho de 2015
Do ESQUERDA.NET
Alexis Tsipras voltou a apelar
aos gregos para que votem ‘Não’ no domingo em nome de um acordo melhor
para o país, que continua a ser negociado. O primeiro-ministro denunciou
a chantagem em curso sobre a população para votar ‘Sim’ e agradeceu a
tranquilidade que os gregos têm demonstrado nos últimos dias.
1 de Julho, 2015
Alexis Tsipras na comunicação ao país de 1 de julho.
“Este
referendo não é sobre a permanência ou não na zona euro”, afirmou
Alexis Tsipras, repetindo que o voto ‘Não’ não significa uma rotura com a
Europa, “mas um regresso aos valores europeus”. “O voto ‘Não’ é um
apoio a um acordo que seja justo e não sacrifique mais os pensionistas e
os pobres”, prosseguiu, garantindo que “os que dizem que tenho um plano
secreto para tirar o país do euro estão a mentir-vos descaradamente”.
"Os eleitores estão a ser chantageados para dizer 'Sim' a todas as
propostas dos credores, que não oferecem nenhuma solução para a crise",
avisou.
Tsipras justificou a realização do referendo de 5 de julho com a força superior do veredito popular em relação a uma decisão do governo e revelou que desde a convocação do referendo já surgiram melhores propostas nas negociações do que aquela que vai a votos. A Grécia prossegue na mesa das negociações e apresentou contrapropostas que serão discutidas hoje no Eurogrupo, confirmou o primeiro ministro, sem especificar o seu conteúdo.
Um facto que não é inédito na história da Europa, recordou o primeiro-ministro, referindo-se aos exemplos dos referendos na Irlanda e na França, que resultaram em melhores condições em relação às propostas iniciais.
“A Grécia continuará a negociar até ao fim”, prosseguiu Tsipras,
antes de acusar os “círculos conservadores” europeus por terem provocado
o encerramento dos bancos. “Nunca esperei que uma Europa democrática
pudesse recusar dar tempo e espaço para uma decisão democrática. É
inaceitável que numa Europa da solidariedade e respeito mútuo se possam
ver estas imagens [das filas à porta dos bancos]”
Tsipras deixou ainda uma palavra especial aos mais idosos, que foram mais afetados pelo encerramento dos bancos na semana de pagamento das pensões. “Devemos uma explicação aos pensionistas”, afirmou o primeiro-ministro, antes de lembrar que “durante todos estes meses de negociações temos lutado para proteger as vossas pensões” e que apesar da turbulência e do incômodo causado pelo encerramento dos bancos, todas as pensões foram pagas. E agradeceu em seguida a tranquilidade com que os gregos têm enfrentado os últimos dias, assegurando que a situação é temporária e que os depósitos, salários e pensões estão assegurados.
“O Não não é apenas um slogan. É um passo decisivo para um bom acordo que esperamos assinar logo após o referendo de domingo”, concluiu o primeiro-ministro na comunicação ao país.
Artigo publicado em infoGrécia
Tsipras justificou a realização do referendo de 5 de julho com a força superior do veredito popular em relação a uma decisão do governo e revelou que desde a convocação do referendo já surgiram melhores propostas nas negociações do que aquela que vai a votos. A Grécia prossegue na mesa das negociações e apresentou contrapropostas que serão discutidas hoje no Eurogrupo, confirmou o primeiro ministro, sem especificar o seu conteúdo.
Um facto que não é inédito na história da Europa, recordou o primeiro-ministro, referindo-se aos exemplos dos referendos na Irlanda e na França, que resultaram em melhores condições em relação às propostas iniciais.
“Nunca esperei que uma Europa democrática pudesse recusar dar tempo e espaço para uma decisão democrática"
Tsipras deixou ainda uma palavra especial aos mais idosos, que foram mais afetados pelo encerramento dos bancos na semana de pagamento das pensões. “Devemos uma explicação aos pensionistas”, afirmou o primeiro-ministro, antes de lembrar que “durante todos estes meses de negociações temos lutado para proteger as vossas pensões” e que apesar da turbulência e do incômodo causado pelo encerramento dos bancos, todas as pensões foram pagas. E agradeceu em seguida a tranquilidade com que os gregos têm enfrentado os últimos dias, assegurando que a situação é temporária e que os depósitos, salários e pensões estão assegurados.
“O Não não é apenas um slogan. É um passo decisivo para um bom acordo que esperamos assinar logo após o referendo de domingo”, concluiu o primeiro-ministro na comunicação ao país.
Artigo publicado em infoGrécia