Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 20 de março de 2020

Será que agora sai? Projeto do VLT pronto para ser apresentado ao DF

Sexta, 20 de março de 2020
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

O itinerário é um pouco maior do que o previsto em 2009e contará com um maior número de estações. Projeto foi elaborado pelo consórcio formado pela Viação Piracicabana – empresa de ônibus em nome da filha de Nenê Constantino, dono da Gol e da Viação Pioneira – associada à empreiteira Serveng Civilsan – citada na Lava-Jato – e mais outras três empresas. O orçamento prevê gastos, a valores de junho de 2019, da ordem de R$ 2,4 bilhões.

Por Chico Sant’Anna
Esquentando os trilhos. Está saindo do papel. Se o Corona vírus não atrapalhar, dia 27 a secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) apresenta em audiência pública o projeto de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no trecho que vai do Aeroporto ao final da Asa Norte, passando pela Avenida W.3 Sul e Norte. Esse é um projeto que vem sendo acalentado pelo brasiliense desde 2009, é tido como o instrumento fundamental de revitalização da W.3 e solução parcial de um dos graves problemas de mobilidade urbana por que passa Brasília.

Desde a gestão de José Roberto Arruda, o governo do Distrito Federal perdeu inúmeras oportunidades de contar com recursos federais para essa obra. Para a execução do trecho entre o Aeroporto e a Estação Sul do Metrô, bem como para a ampliação em 7 quilômetros da linha do metrô, fazendo-o chegar ao Setor O, da Ceilândia, a Expansão de Samambaia e ao início da Asa Norte, cerca de R$ 1,2 bilhão foram aportados pela União. As verbas chegaram a ser disponibilizadas no Programa de Aceleramento do Crescimento – PAC, no governo Lula, depois no PAC da Mobilidade e por fim, no Legado da Copa, governo Dilma Rousseff, mas nem as gestões de Agnelo Queiroz (PT), Rogério Rosso (na época no PMDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB) produziram os projetos técnicos necessários para a liberação dos repasses. Com a chegada do governo Temer e agora o de Bolsonaro, os recursos para esses fins deixaram de existir.