Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Entrevista: especialistas explicam como as OSs enganam a população e roubam o dinheiro da saúde

Sexta, 11 de setembro de 2020
Do Ataque aos Cofres Públicos
Confira no Programa Vez&Voz a entrevista do jornalista Carlos Ratton com o presidente do Sindicato dos Servidores de Santos, Flávio Saraiva, e o especialista em administração pública, Rogério Rizzo.
Vídeo essencial para aprofundar o debate sobre a falácia da eficiência das organizações sociais (OSs) no serviço público.
“Já virou prática nas administrações municipais a troca de concursos públicos por contratação de Organizações Sociais para gerir e contratar pessoas para o serviço público. Para falar sobre as vantagens e desvantagens dessa iniciativa o Vez & Voz conversa com o especialista em Administração Pública, Rogério Rizzo, e Flávio Saraiva, presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Santos”, introduz o jornalista.
Veja o vídeo e entenda os prejuízos que esse modelo de gestão traz e como a população é enganada pelos governos que terceirizam setores essenciais, entregando milhões em recursos públicos para verdadeiras organizações criminosas.
Os males da Terceirização
Os contratos de terceirização ou concessão na Saúde e demais áreas, por meio de organizações sociais (OSs) ou via organizações da sociedade civil (OSCs), são grandes oportunidades para falcatruas.

Seja por meio de fraudes trabalhistas e precarização das condições de trabalho, seja pelo encontro de intenções entre administradores dispostos a se corromper e prestadores que montam organizações de fachada para estruturar esquemas de ganhos ilegais para ambas as partes.
As fraudes proliferam pela existência de corruptos e corruptores, em comunhão de objetivos, mas também pela facilidade que esta modalidade administrativa propicia para a roubalheira. Gestões compartilhadas com OSs e termos de parceria com OSCs não exigem licitações para compras de insumos. As contratações de pessoal também tem critérios frouxos, favorecendo o apadrinhamento político.
A corrupção, seja de que tipo for, é duplamente criminosa, tanto pelo desvio de recursos públicos já escassos quanto pela desestruturação de serviços essenciais como o da saúde, fragilizando o atendimento da população em pleno período de emergência sanitária.
Todos estes anos de subfinanciamento do SUS, de desmantelamento dos demais direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores.
O modelo de gestão da Saúde por meio das Organizações Sociais é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.
Não à Terceirização e Privatização da Saúde Pública! Em defesa do SUS 100% Estatal e de Qualidade!