Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

TCDF: a pedra no sapato de Ibaneis

Sexta, 21 de outubro de 2022
Privatização da gestão do metrô está dentre os projetos do GDF que o TCDF apontou "inconsistências". Foto de André Borges/Agência Brasília.

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Projetos de PPP do GDF não passam pelo crivo do TCDF. Análises técnicas apontam incosnistências e até sobrepreço. Tribunal aguarda posicionamento do governo para uma série de questionamentos feitos.

Chico Sant’Anna

A guerra está declarada.
Ibaneis joga na conta do Tribunal de Contas o não avanço de seus projetos.
Metrô, VLT, Rodoviária, Interbairros…, são diversos e bastante lucrativos os projetos que o GDF deseja repassar para a iniciativa privada. Desde o início do governo – e agora também para o segundo mandato – Ibaneis Rocha aposta nas Parcerias Público Privadas (PPPs) para tocar importantes projetos e, principalmente, aqueles que envolvem as maiores cifras, algumas delas bilionárias. Entretanto, os projetos e editais tem sido sistematicamente barrados no TCDF. Alguns deles com erros graves e outros até com suspeita de superfaturamento.
Publicado simultaneamente na coluna Brasília, por Chico Sant'Anna, do semanário Brasília Capital.

Logo após as eleições, Ibaneis resolveu terceirizar a culpa da ineficiência de seu governo, jogando-a nas contas do TCDF, responsável pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial dos órgãos e entidades públicas. A resposta não demorou. Presidente daquela Corte, Inácio Magalhães, negou que ela atrapalhe o GDF. Segundo ele, todo projeto encaminhado, se estiver em ordem, será liberado.

Pelo visto, pouca coisa “está em ordem”. O próprio TCDF enumera, um a um, os projetos prioritários do GDF, cujas “irregularidades”, esperam há meses para que sejam sanadas pelo governo. Muito deles são de responsabilidade da secretaria de Mobilidade de Brasília – Semob.

Falhas nos projetos de privatização do Metrô e do VLT, inclusive com suspeita de superfaturamento, foram apontadas pelo TCDF.