Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
Mostrando postagens com marcador odebrecht. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador odebrecht. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Brasil, qual é o teu negócio? O nome do seu sócio? Odebrecht

Quarta, 19 de abril de 2017
Correndo pelo WhatsApp
Brasil, qual é o teu negócio?
O nome do seu sócio?
Odebrecht

Cazuza

 

Brasil

Não me convidaram pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer
Não me ofereceram nenhum cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha
Brasil, mostra a tua cara
Quero ver quem paga pra gente ficar assim
Brasil, qual é teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim


Não me convidaram pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
Apagar sem ver toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer
Não me elegeram a garota do fantástico
Não me subornaram, será que é meu fim
Ver tv a cores na taba de um índio
Programada pra só dizer sim
Brasil mostra tua cara
Quero ver quem paga pra agente ficar assim
Brasil qual e teu negocio
O nome do teu sócio confie em mim.
Grande pátria desimportante
Em nenhum instante eu vou te trair
Brasil mostra a tua cara quero ver quem paga
Pra gente ficar assim.
Brasil, qual é teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim
Brasil mostra a tua cara quero ver quem paga
Pra gente ficar assim.
Brasil, qual é teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim
O meu Brasil!

terça-feira, 18 de abril de 2017

Segurança nacional: Deboche e arrogância de um septuagenário grupo desmoralizam Brasil

Terça, 18 de abril de 2017
Nesses 70 anos em que dizem ter cometido essas delinquências, este grupo se enriqueceu de uma forma geometricamente proporcional ao empobrecimento do povo.

Do JB e Blog do Sombra

O que espera a Justiça brasileira para punir exemplarmente estes homens com o rigor da lei? Espera o povo?

Jornal do Brasil


O deboche, a ironia, a prepotência, a arrogância, somadas à descaracterização de patriotismo de um septuagenário grupo, no qual todos os integrantes parecem delinquentes, desmoralizam o Brasil e tornam a segurança pública brasileira vulnerável.

sábado, 18 de março de 2017

Negócios, Política e Corrupção: Três gerações da Odebrecht (Norberto, Emilio e Marcelo) e a face oculta de um império revelada em três anos da Lava Jato

Sábado, 18 de março de 2017
Do Blog Bahia em Pauta

Depoimento de Emílio Odebrecht
ao juiz Sergio Moro…

…respinga na memória de Norberto.
ARTIGO DA SEMANA
Odebrecht: “escola de corrupção da Bahia para o mundo”
Vitor Hugo Soares
“Ninguém vê, ninguém fala nem impugna,/ e é que quem o dinheiro nos arranca,/ Nos arranca as mãos, a língua, os olhos.// Esta mãe universal,/ Esta célebre Bahia/ que a seus peitos toma e cria,/ os que enjeita Portugal”… (Versos do soneto “Senhora Dona Bahia”, de Gregório de Matos Guerra, o poeta lírico, religioso e satírico do Sec. XVII em Salvador, apelidado de Boca do Inferno.

==========================

Desculpem o mau jeito, mas é inevitável a recordação de Gregório de Matos, nestes dias infernais de março de 2017. Mais ainda, na sexta-feira, 17, em que a Operação Lava Jato completa três anos de vida e atravessa situação crucial em seu desempenho e para sua indispensável continuidade. No meio do furdunço político causado pela lista de Janot, com os frutos da delação premiada dos donos do grupo Odebrecht (e de alguns dos principais ex-executivos do “polvo insaciável”) .

Conteúdo que o Procurador Geral da República mandou despejar – irônica e simbolicamente conduzidos em carrinhos de mão – na sala com estrutura da caixa – forte do Supremo Tribunal Federal, sob as vistas e vigilância da ministra presidente da Corte, Cármen Lúcia. Símbolos referenciais para todos os lados e para todos os gostos, já se vê. E a sátira do século XVII, ferina, bem humorada e atual, para nos ajudar a entender o lugar onde aportou a “máquina mercante”, agora governado pelo petista Rui Costa ( apontado no noticiário das últimas horas como um dos mandatários regionais citados na lista de Janot), e o País sob o comando de Michel Temer e seu PMDB, nos dias que correm.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Janio Ferreira Soares: Auto de Natal no reino da Odebrecht e um Viva a Sergio Moro antes de 2016 acabar

Quinta, 29 de dezembro de 2016
Do Blog Bahia em Pauta

CRÔNICA

Auto de Natal no reino da Odebrecht

Janio Ferreira Soares*
Cena 1 – O Início. Narrador: “Nossa história começa em 1856, quando o jovem alemão Emil Odebrecht deixa o norte da Prússia e chega à região de Santa Catarina. Lá ele se casa com Bertha Bichels, que ao contrário de Maria não recebeu nenhum anjo profetizando o nascimento de seus 15 filhos, 77 netos e dezenas de bisnetos, entre eles Norberto Odebrecht, aquele que veio ao mundo com o destino traçado por betoneiras de grosso calibre.
Nascido em 1920 num Recife cortado de pontes e fontes coloniais, ainda criança Norbertinho deixaria a terra de Dora, rainha do frevo e do maracatu e se mudaria para Salvador, Bahia de São Salvador, a terra do branco mulato, a terra do preto doutor. E sob as bênçãos do Nosso Senhor do Bonfim (e de São Caymmi), em 1944 ele fundou uma empresa que logo aderiu ao é dando que se recebe que reina em Pindorama desde os espelhinhos aos índios, fato que gerou uma nova versão da Oração de São Francisco (entra um coral de executivos com maletas na mão e canta: ‘Governador, fazei de mim um instrumento de vossas licitações; onde houver obras lhe darei 10 milhões; se for hidroelétrica, 50 milhões; e se for Copa do Mundo chegaremos ao bilhão, pois futebol é o ópio da nação’)”.
Cena 2 – O Meio. Narrador: “E enquanto fortunas surgiam a reboque de rapinagens e políticos eram eleitos com dinheiro vadio, 116 anos após o início da saga odebrechtiana, uma jovem paranaense chamada Odete sonha com o Arcanjo Gabriel lhe dizendo que de seu ventre nascerá um enviado que um dia usará uma capa preta e será guiado pela força de sua espada flamejante para fazer valer a lei e a justiça na terra que nunca as teve. E assim, em 1972 veio ao mundo um varão de nome Moro, desde sempre protegido por anjos guerreiros da Capadócia para que seus inimigos tenham pés, mas não lhe alcancem e facas e espadas se quebrem sem o seu corpo tocar, e nem mesmo em pensamento eles possam lhe fazer o mal (todos cantam: ‘Moro é da Capadócia, salve, Moro!’)”.
Cena 3 – O Quase Fim. Narrador: “E munido com a paciência de Jó, passo a passo o enviado curitibano detona o mito de que algemas não combinam com Rolex e depois de orbitar por satélites de pouco facho, finalmente chega ao núcleo da estrela guia, aquela que há 72 anos brilha nos céus do Brasil atraindo Bitelos, Decrépitos e Angorás que, como Reis Magos ao contrário, chegavam sem ouro nem mirra e saíam cheios de dólares e de geniais apelidos inspirados nas suas feições e mungangas (nessa hora um coral de crianças encerra a apresentação cantando Que País É Esse?, enquanto num presépio vivo uma jararaca toda latanhada deseja boas-vindas a emplumados tucanos convenientemente pousados num poleiro todo sujo de Jucá)”. Bom Natal e, por favor, não excomungue o autor.

*Janio Ferreira Soares, cronista, é secretário de Cultura de Paulo Afonso, na beirada baiana do Rio São Francisco.

sábado, 3 de dezembro de 2016

“Pedido de desculpas” da Odebrecht está envolto numa desfaçatez inaceitável

Sábado, 3 de dezembro de 2016
Da Tribuna da Internet
Jorge Béja
A nota de duas páginas “Desculpe, a Odebrecht errou”, que a empresa estampa hoje nos jornais, é uma lástima. A nota é dirigida a quem? A pergunta faz sentido, porque a nota não tem destinatário. E acima deste título está escrito “Expressão de Opinião”, o que estraga e desmerece ainda mais a nota. É mera “Expressão de Opinião”, e não um Ato de Contrição. E a primeira frase desta nota sem destinatário contém uma mentira que não tem mais tamanho. Uma mentira tão gigantesca quanto o tamanho da empresa e o estrago que ela cometeu por causa da corrupção.

Começa assim: “A Odebrecht reconhece que participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial”. E desde quando crimes reiterados contra o erário nacional, contra o dinheiro do povo brasileiro, contra a Nação Brasileira podem ser etiquetados como “práticas impróprias”? Ou seja, a empresa demonstra querer abrandar o que não pode ser abrandado. Tornar leve, suave e suportável o que é monstruosamente pesado e insuportável.
PRESSÕES EXTERNAS? – E prossegue: “Não importa se cedemos a pressões externas, tampouco se há vícios que precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público”.
Importa, sim. E como importa! Ou vocês da Odebrecht acham que o povo não sabe o que é cidadania, que o povo brasileiro detesta a desonestidade, sabe o que é decência e não aceita a corrupção? E mais: “Vícios”? Quer dizer então que os crimes que a empresa e seus dirigentes cometeram contra o povo foram meros “vícios”? Vício é prática repetida de mau hábito. É conduta imprópria.
É de se reconhecer que os senhores usaram um substantivo suave para se referir aos hediondos crimes de lesa-pátria que cometeram, sejam como corruptores e/ou corrompidos ou as duas coisas juntas.
AGRESSÃO A VALORES – “Foi um grande erro, uma violação dos nossos princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética. Não admitiremos que isso se repita”.
Que saiba esta empresa, que apesar de sua inegável tradição e dos relevantes serviços prestados, os crimes cometidos jamais poderiam ter ocorrido, no passado, no presente e no futuro. Logo, prometer que daqui para frente os crimes não mais se repetirão não é uma virtude, mas comezinho dever no relacionamento da empresa com o setor público, relacionamento que a empresa desprezou e deu no que deu.
E essa frase “Por isso, a Odebrecht pede desculpas, inclusive por não ter tomado antes esta iniciativa” não externa arrependimento. Muito menos arrependimento eficaz. O pedido era para ser de perdão. Pedir desculpas é muito pouco. Desculpas se pede quando alguém, sem querer esbarra na outra pessoa, na rua, no ônibus, quando dá um encontrão no outro… Para se redimir da reiterada prática de atos criminosos contra o povo, o mínimo que se espera é pedir perdão. Pedir perdão por toda a vida. E pedido de perdão tendo o povo brasileiro como destinatário.
VÁRIAS LIÇÕES – E acrescenta a nota: “A Odebreccht aprendeu várias lições com os seus erros. E está evoluindo. Estamos comprometidos, por convicção, a virar essa página”.
Se vê que do início ao fim a empresa rotula os crimes que cometeu como meros “erros”. E garante que está evoluindo, que está comprometida, por convicção a “virar essa página”. Não, senhores, não foram “erros”, mas crimes hediondos. E nem era preciso dizer que está evoluindo… que está comprometida, por convicção, a virar essa página. São garantias que não precisam ser prometidas.
E aqueles 10 compromissos que os senhores assumem no verso da página da nota nem precisavam estar escritas. “Não tolerar a corrupção”, “dizer não à desonestidade”… e os demais compromissos deveriam ter sido sempre rotineiramente praticados. É obrigatório. É civilidade. É ordem. É da lei. É da moral.
Por fim, o pior da nota: “A sociedade quer elevar a qualidade das relações entre o poder público e as empresas privadas”. Que barbaridade afirmar isso! Deixa a impressão que nós, a sociedade, o povo brasileiro, é que baixamos a qualidade das relações, quando, na verdade, quem as tornaram promíscuas e imundas foram os senhores e os administradores públicos. Não fomos nós, o povo brasileiro.

terça-feira, 22 de março de 2016

Olha a Odebrecht aí, gente!! MPDFT ajuíza ação por irregularidades no empreendimento Led Águas Claras

Terça, 22 de março de 2016
Do MPDF
Para a Prodecon, contrato de adesão das empresas Led Águas Claras Empreendimentos Imobiliários LTDA. e Odebrecht Realizações Imobiliárias S/A afrontam os direitos garantidos aos consumidores

A 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) ajuizou, nesta terça, 22 de março, ação civil pública (ACP) contra as empresas Led Águas Claras Empreendimentos Imobiliários LTDA. e Odebrecht Realizações Imobiliárias S/A, referente ao empreendimento Led Águas Claras, localizado em Taguatinga. As empresas são acusadas de impor aos consumidores, em seu contrato de adesão, dispositivos considerados lesivos ao consumidor como a cláusula penal, a cláusula mandato e a cláusula ad corpus.

quarta-feira, 16 de março de 2016

O processo interno de privatização da Petrobrás e a corrupção

Quarta, 16 de março de 2016
* por José Menezes Gomes
O processo de privatização interna da Petrobras teve um grande impulso no governo FHC, quando em 1997, logo após a quebra do monopólio, com Joel Rennó na presidência1, se realizou um acordo dando exclusividade a Oderbrecht em futuras parcerias2. Este processo teve continuidade nos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff, tendo como consequência o aprofundamento do processo de terceirização de funções antes exercidas pela estatal. A quebra do monopólio, definida pela lei 9.478 de 1997, visava criar um ambiente propício aos investimentos privados em exploração e produção. Tal processo foi acompanhado por iniciativa de dentro do governo de preparar o terreno para o surgimento de empresas privadas que passassem a ocupar o espaço até então exclusivo da estatal. Nesta direção a Petrobras foi liberada de procedimentos rigorosos de contratação com flexibilização de regras para supostamente poder concorrer com as grandes do setor. Em seguida FHC mudou o estatuto da empresa em 1999, permitindo a venda de parte das suas ações diretamente na bolsa de nova Iorque, nos chamados ADRs, o que facilitou a aquisição das ações por estrangeiros. Além disso, a Petrobras passou a contratar empresas terceiras para desempenhar funções antes exercidas por ela.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Braskem, empresa envolvida na Lava Jato, recebe crédito de mais de R$ 188 milhões de Fundo

Quarta, 17 de fevereiro de 2016

Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Resolução nº 241, que disponibiliza mais de R$ 188 bilhões em crédito para a empresa Braskem, envolvida no escândalo da Lava Jato.

===============
Parece que a Media Provisória nº 703 – conhecida como MP do acordo de leniência -, publicada em dezembro do ano passado, está fazendo efeito. A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – Sudene publicou hoje, 17, no Diário Oficial da União, a Resolução nº 241, que aprova financiamento de projeto da empresa Braskem S/A – envolvida no escândalo da Lava Jato – que objetiva a modernização e melhoria da confiabilidade operacional da Central de Petroquímicos Básicos no município de Camaçari/BA, com o apoio financeiro do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste – FDNE, no valor de mais de R$ 188 milhões.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Moro aceita documentos suíços em ação contra Odebrecht

Quarta, 10 de fevereiro de 2016
Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil
O juiz Federal Sérgio Moro negou nesta quarta-feira (10) o pedido da defesa de Márcio Faria para que fossem excluídos, de uma ação penal da Lava Jato, documentos enviados pela Suíça ao Brasil.

No último dia 2, Moro tinha suspendido a tramitação da ação penal na qual ex-executivos da Empreiteira Odebrecht são investigados na Operação Lava Jato. A decisão foi motivada pelo entendimento da Justiça da Suíça de que houve ilegalidade no compartilhamento de documentos entre o Ministério Público suíço e o Ministério Público Federal (MPF), sobre o suposto pagamento de propina a ex-funcionários da Petrobras. 

A empreiteira recorreu para impedir que o Ministério Público brasileiro utilize os dados financeiros para sustentar as investigações da Lava Jato. De acordo com as investigações, o dinheiro era depositado em contas operadas pelo ex-diretores da estatal na Suíça, por meio de empresas offshore controladas pela Odebrecht.

Segundo a decisão de Moro tomada hoje, a defesa de Márcio Faria apresentou uma petição informando que o Tribunal Suíço “teria reconhecido a ilegalidade na remessa de tais documentos ao Brasil.

De acordo com Moro, a Corte suíça se pronunciou com relação a um recurso da off-shore Havinsur, uma das off-shores que, de acordo com a acusação, teriam sido utilizadas pela Odebrecht para fazer os pagamentos. A Corte suíça reconheceu apenas erros procedimentais na transmissão dos documentos.

“Como o erro procedimental é suprível e sanável, a Corte denegou expressamente o pedido da Havinsur de que fosse proibida a utilização da prova ou que fosse solicitada a devolução imediata dos documentos”, diz a decisão de Moro.

“Portanto, considerando os próprios termos expressos da Corte Suíça, reconhecendo erro procedimental sanável e denegando a moção de proibição de utilização da prova no Brasil ou de solicitação de retorno dos documentos, indefiro o pedido da Defesa de Márcio Faria de exclusão das provas”, afirma o juiz.

Com a decisão, foi retomada a fase das alegações finais. O prazo para a defesa será encerrado em sete dias.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Odebrecht sofre derrota na Justiça suíça

Terça, 2 de fevereiro de 2016
Do MPF
Empresa tentava impedir o Ministério Público Federal de usar provas suíças que demonstram que pagou propinas a funcionários da Petrobras
Odebrecht sofre derrota na Justiça suíça
A empresa Odebrecht, por meio de uma das offshores que controla no exterior, recorreu, na Suíça, contra a remessa de documentos bancários ao Brasil em pedido de cooperação internacional formulado por aquele país. Este pedido objetivava a colaboração das autoridades brasileiras para a apuração conduzida pelo Ministério Público da Suíça, que também investiga a empresa e seus funcionários pela prática de corrupção e lavagem de dinheiro.

Com o recurso, a Odebrecht almejava impedir o uso, no Brasil, dos documentos bancários suíços que comprovam que ela pagou propinas multimilionárias, mediante depósitos diretamente feitos nas contas controladas por funcionários da Petrobras. Contudo, o Tribunal suíço concedeu à empresa apenas o direito a um recurso interno, tal qual ocorreria caso o pedido de cooperação tivesse partido do Brasil para a Suíça.

Com relação ao uso dos documentos já enviados ao Brasil, o Tribunal suíço decidiu que os documentos não precisam ser devolvidos. Assim, a decisão não tem qualquer efeito sobre a acusação criminal contra executivos da empresa, amparada em amplas provas de pagamentos de propinas no Brasil e no exterior e do desvio de bilhões de reais dos cofres públicos. 

Confira aqui a íntegra da decisão.

Lava Jato – Acompanhe todas as informações oficiais do MPF sobre a Operação Lava Jato no site www.lavajato.mpf.mp.br.

10 Medidas – O combate à corrupção é um compromisso do Ministério Público Federal. Por isso, o MPF apresentou ao Congresso Nacional um conjunto de dez medidas distribuídas em três frentes: prevenir a corrupção (implementação de controles internos, transparência, auditorias, estudos e pesquisas de percepção, educação, conscientização e marketing); sancionar os corruptos com penas apropriadas e acabar com a impunidade; criar instrumentos para a recuperação satisfatória do dinheiro desviado. Saiba mais em www.dezmedidas.mpf.mp.br.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Bomba! Bomba! Bomba!: Mensagens gravadas no celular de Léo Pinheiro revelam como Geddel Vieira Lima atuou para a OAS, diz O Globo

Quarta, 20 de janeiro de 2016
Do Blog Bahia em Pauta e G1/ O Globo

Geddel: tia (da gravação) é a presidente da República, diz Geddel

DO G1/ O GLOBO
BRASÍLIA – Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa e ex-ministro, atuou no banco, na Secretaria da Aviação Civil da Presidência e junto à prefeitura de Salvador para atender a diferentes interesses da construtora OAS. Em outra frente, Geddel fez pedidos de recursos à empreiteira para campanhas de aliados no interior da Bahia e para sua própria candidatura ao Senado em 2014 pelo PMDB, quando foi derrotado na disputa. Além do lobby dentro do governo, Geddel pediu emprego na OAS para um diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) — autarquia do Ministério da Integração Nacional — que havia sido demitido três meses antes.


Numa intensa troca de mensagens com Léo Pinheiro, então presidente da OAS, Geddel fez referências como “a solução nos contempla” (a respeito do aumento das chances da OAS de participar de concessões de aeroportos). A dobradinha de Geddel e Pinheiro aparece com detalhes em relatório da Polícia Federal que relata as mensagens de celular encontradas em dois celulares do empreiteiro apreendidos num mandado de busca. O documento detalha torpedos e menções a 29 políticos.
Leia a íntegra no Bahia em Pauta

Quatro dias após manifesto: Moro reage a advogados e diz que ‘processo marcha para frente’

Quarta, 20 de janeiro de 2016
Sérgio Moro comanda as ações da Lava Jato na 1ª instância

Estadão Conteúdo e Blog do Sombra
Quatro dias após manifesto de criminalistas contra a Lava Jato, juiz federal afirma nos autos que defesa de Marcelo Odebrecht e Marcio Faria 'enquanto busca retardar o julgamento, reclama nas instâncias superiores pela revogação da prisão preventiva alegando excesso de prazo'.
 
Apenas quatro dias depois que mais de uma centena de advogados penalistas e constitucionalistas publicaram manifesto contra a Operação Lava Jato – com pesadas críticas à investigação que desmontou esquema de corrupção e propinas na Petrobrás -, o juiz federal Sérgio Moro afirmou nesta terça-feira, 19, nos autos em que são réus executivos da Odebrecht, que ‘a defesa, enquanto busca retardar o julgamento com novos e intempestivos requerimentos probatórios, reclama nas instâncias superiores pela revogação da prisão preventiva alegando excesso de prazo’.
 
“O processo é uma marcha para frente. Não se retornam às fases já superadas”, adverte o juiz que conduz a Lava Jato na primeira instância.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Odebrecht: O preço da água

Quinta, 19 de novembro de 2015
Da Pública
Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo
No sudeste do Pará, a concessão do abastecimento para a Odebrecht Ambiental veio acompanhada de tarifas altas; moradores de baixa renda têm de decidir entre pagar a conta ou garantir a alimentação das crianças
por Sarah Fernandes | 13 de novembro de 2015
A água, tão central na cultura amazônica, tem se transformado em um bem caro e até mesmo perigoso em São João do Araguaia, São Geraldo do Araguaia e Xinguara, no sudeste do Pará. O líquido que chega às torneiras das casas está sob a responsabilidade da Odebrecht Ambiental, que detém as concessões do serviço de abastecimento nas três cidades e em outros sete municípios paraenses. Moradores de baixa renda, que precisam do Bolsa Família para sobreviver, têm sentido dificuldade para pagar as contas todo mês. Também existem reclamações de que a empresa usa cloro em excesso no tratamento, o que traz mal-estar às crianças.
Alguns pais enfrentam o dilema entre deixar as contas em dia ou manter a família, o que pode resultar em cortes até na alimentação. Há moradores que viram a fatura alcançar metade do orçamento, chegando a valores próximos de R$ 200. Nos três municípios, 4.107 pessoas vivem com até um quarto do salário mínimo por mês (o equivalente a R$ 197), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A saída é gerenciar a economia doméstica, em uma eterna corda bamba, que onera sobretudo as crianças.
Muitos recorrem a fontes alternativas de água, como poços artesianos e rios da região, que podem estar contaminados. Isso expõe as crianças ao risco de ter diarreia e doenças como febre tifoide, hepatite A e parasitoses. “A tarifa da água aperta demais o orçamento. Muitas vezes tive que deixar de comprar coisas para as meninas, como comida ou material de escola. Houve meses em que tive que pedir dinheiro para a minha sogra para colocar comida na mesa”, afirma a dona de casa Ana Carolina Dias Palone, de Xinguara, que tem duas filhas, de 5 e 7 anos. “Muitas vezes tenho que deixar uma conta pendente para o próximo mês, para dar tempo de sobrar um dinheirinho e conseguir comprar o que elas precisam comer.”
Veja a nota da Odebrecht Ambiental sobre o fornecimento de água no Pará

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Operação Lava Jato: TRF4 mantém prisão preventiva de Marcelo Odebrecht

Quinta,  8 de outubro de 2015
Foto: EBC
=========
A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julgou hoje (7/10) o mérito do segundo habeas corpus (HC) impetrado pela defesa de Marcelo Bahia Odebrecht e manteve a prisão preventiva do empresário. Marcelo, que é presidente da holding Odebrecht, foi preso dia 19 de junho, durante a 14ª fase da Operação Lava Jato.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Lava Jato: Negada liminar em Habeas Corpus de Alexandrino Salles de Alencar, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht

Terça, 6 de outubro de 20
Do STF
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liminar em habeas corpus (HC 130254) que pede a liberdade de Alexandrino Salles de Alencar, ex-diretor de Relações Institucionais da construtora Odebrecht. O executivo está preso preventivamente desde junho em decorrência da operação Lava-Jato.
Segundo a defesa, quando a prisão preventiva era questionada por meio de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba comunicou a decretação de nova prisão preventiva a partir de fatos novos. Por essa razão, a corte regional julgou prejudicado o pedido, levando a defesa a apresentar novo HC, ao Superior Tribunal de Justiça, que também foi rejeitado ao ser considerado prejudicado.
Ao impetrar habeas corpus no STF, os advogados afirmam que a decisão que decretou a segunda prisão preventiva não apresentou fatos novos e teve o único propósito de prejudicar o primeiro habeas corpus, sem apresentar justa causa. Para o ministro Teori Zavascki, no entanto, a concessão de liminar supõe a demonstração de inequívoca plausibilidade do direito invocado, o que não foi identificado no caso.
“As razões invocadas, embora relevantes, não configuram hipótese que autorize, liminarmente, a revogação da prisão preventiva, notadamente em face das circunstâncias da causa”, destacou o ministro. O relator abriu vista dos autos para a Procuradoria Geral da República apresentar parecer sobre o caso, e em seguida, prosseguir com a apreciação definitiva do pedido.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

E-mails indicam lobby de Lula em favor da Odebrecht, diz Estadão

Terça, 29 de setembro de 2015
Ex-presidente teria atuado para favorecer negócios da empreiteira em país africano, conforme informações do jornal O Estado de S. Paulo

Do Congresso em Foco
Análise da Polícia Federal (PF), relacionada a uma troca de e-mails entre executivos da Odebrecht e integrantes do governo, indica que o ex-presidente Lula fez lobby em favor da empreiteira no exterior. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a PF, em uma troca de e-mail entre o então ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e o executivo da Odebrecht Marcos Wilson, o ex-ministro afirma que “o PR fez o lobby”, em referência a um projeto de instalação de uma hidrelétrica em Namibia. A troca de e-mail ocorreu em 11 de fevereiro de 2009 e tratava de uma conversa entre Lula e o então presidente do país africano, Namibia Hifikepunye Pohamba. Leia a íntegra

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Odebrecht terá de pagar R$ 50 milhões de indenização por trabalho escravo


Quarta, 2 de setembro de 2015
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Sentença do juiz Carlos Alberto Frigieri, da 2ª Vara do Trabalho de Araraquara (SP), atendendo a ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) do interior paulista, condenou o Grupo Odebrecht ao pagamento de R$ 50 milhões de indenização por danos morais coletivos por trabalho escravo, aliciamento e tráfico internacional de pessoas em obras de construção de uma usina de cana-de-açúcar em Angola, na África. Segundo o MPT, essa é a maior condenação por trabalho escravo feita no Brasil.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Lava Jato: Delatores confirmam à Justiça participação de Odebrecht em cartel de empreiteiras

Segunda, 31 de agosto de 2015

Quatro testemunhas do processo contra empresa prestaram depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira

Quatro delatores da Operação Lava-Jato confirmaram em depoimento à Justiça Federal do Paraná nesta segunda-feira a participação de executivos da Odebrecht no cartel da Petrobras e no pagamento de propinas revelados pela Lava-Jato. Foram ouvidas, na audiência, quatro testemunhas de acusação no processo que investiga a participação da Odebrecht no esquema.
Fonte: Blog do Sombra / O Globo

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Fracassa o golpe de Marcelo Odebrecht para anular a Lava Jato

Sexta, 28 de agosto de 2015
Da Tribuna da Internet

Marcelo Odebrecht parecia ter certeza da impunidade

Carlos Newton
Desde o início da Lava Jato, muitos dos principais envolvidos julgavam que seria possível anular as investigações por vícios de origem, da mesma forma como já aconteceu em outras importantes operações da Polícia Federal, que acabaram sepultadas por erros cometidos por delegados ou agentes, como a Satiagraha e a Castelo de Areia.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Juiz Sérgio Moro abre ação penal contra presidente da Odebrecht

Terça, 28 de julho de 2015 
André Richter — Repórter da Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro abriu hoje (28) ação penal contra o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e mais 12 investigados na Operação Lava Jato, acusados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, cometidos em contratos da Petrobras.
Entre os investigados, que passaram à condição de réus, estão o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, além de Renato Duque, Pedro Barusco e Celso Araripe, ex-dirigentes da estatal. Segundo o juiz, há indícios de que eles eram os destinatários da propina. Alexandrino Ramos de Alencar e Márcio Faria da Silva, ex-executivos da Odebrecht, tiveram também a denúncia aceita.