Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Direitos Humanos: Relatório mostra que mortes por ação policial em SP quase dobraram em 2014


Quinta, 29 de janeiro de 2015
Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil
Embora os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro tenham adotado medidas para combater o uso indevido da força letal por parte da polícia, o número de pessoas mortas nessas circunstâncias aumentou “drasticamente” no ano passado. As mortes provocadas pela polícia paulista cresceram 97% e pela carioca, 40%.

Em disputa o Prêmio Pinóquio

Quinta, 29 de janeiro de 2015
"
Evidencia-se continuarmos a viver dois Brasís, um das autoridades, outro da população. Que o Pai Gepetto nos salve, sob a perplexidade dos 39 ministros agora transformados em 40, dada a presença de Marco Aurélio Garcia na mesa das reuniões. Significativo o número, definindo a Granja do Torto também como uma certa caverna citada no folclore árabe." (Trecho de artigo de hoje, 29 de janeiro, de Carlos Chagas)

Eleições diretas para administrador regional: Prometeu tem que cumprir, ou a palha vai voar

Quinta, 29 de janeiro de 2015
O candidato ao Buriti Rodrigo Rollemberg prometeu que, se eleito, os administradores regionais do DF seriam escolhidos em processo de eleições diretas. Agora, já como governador, a coisa começa a esquentar, pois os nomeados foram indicados por parlamentares e por outros políticos, e há um arrefecimento do discurso pela ideia.
Em Ceilândia, percebendo que a coisa parece que será jogada muito para a frente, ou para nunca, começa a inquietação dos moradores. Hoje (29/1) houve manifestação em frente à sede da Administração Regional da cidade. Teve até queima de pneus na cobrança das eleições. Se o movimento se estende por outras regionais...eu quero ver a palha voar.
Os padrinhos dos administradores, claro, não vão muito com a ideia das eleições diretas. Tentam ganhar tempo para que seus afilhados, pelo menos, ‘façam os nomes’ junto à comunidade, o que facilitaria serem eleitos no futuro. Até lá...promessa não cumprida.

Exército Islâmico dos EUA

Quinta, 29 de janeiro de 2015
Da Tribuna da Imprensa / Tijolaço
Por Fernando Brito
Recebo, do meu velho professor Nílson Lage, um interessante resumo das práticas do governo da Arábia Saudita, maior aliado (militar, inclusive) dos EUA no Oriente Médio.
 
Apenas sete pontos, que não causam escândalo na mídia mundial.
 
Todos práticas oficiais do Rei Abdullah, pranteado pelo Ocidente como grande governante.
 
1. Nada de eleições, nada de partidos, nada de oposição.
 
2. Decapitação, amputação de membros ou chicoteamento público de acusados de crimes, “infiéis” ou opositores políticos e religiosos.
 
3. Nepotismo oficial, com bons empregos e renda garantidos para os 7.000 parentes da dinastia Saud.
 
4. O poder passa de pai para filho ou de irmão para irmão e as brigas de família levaram até a uma revolta de sobrinho e um assassinato real “familiar”.
 
5. A tortura é legal, na polícia e na Justiça. Tanto que, em 2013, um homem foi condenado a ficar paraplégico como punição.
 
6. As mulheres não têm direitos, até pouco tempo eram “legalmente” espancadas e até dirigir um automóvel lhes é proibido.
 
7. Financia, nas palavras de ninguém menos que Hillary Clinton, o terrorismo internacional: “Al Qaeda, Taleban, LeT [o grupo Lashkar-e-Taiba, sediado no Paquistão] e outros grupos terroristas”, disse ela.
 
Alguma diferença com o “Estado Islâmico” que os EUA e a Europa bombardeiam, literalmente, nas areias da Síria?
 
Só o fato de serem os melhores amigos dos EUA.

Os 23 ativistas do RJ serão julgados amanhã por "associação criminosa armada", embora não haja arma, nem crime, nem associação

Quinta, 29 de janeiro de 2015
Do Blogue Náufrago da Utopia
Por Celso Lungaretti
Confesso que nunca havia ouvido o nome de Gregório Duvivier até a Folha de S. Paulo publicar nesta 5ª feira (29), na seção Tendências/Debates, seu emocionante artigo Eles lutavam por todos nós. Foi o título, claro, que chamou minha atenção.
 
Acabo de dar uma olhada na Wikipedia. Fiquei sabendo que se trata de "ator, humorista, escritor, roteirista e poeta brasileiro", "um dos criadores do canal Porta dos Fundos" (que não tenho a mínima ideia do que seja) e filho da cantora Olívia Byington (agora, sim!).
 
Em 1974, quando o cenário musical brasileiro (e tudo o mais...) parecia terra arrasada, fiquei sabendo de um grupo de rock acústico (!) carioca que tinha pontos de contato com o trabalho de Egberto Gismonti (!!) e acabara de lançar o disco de estréia. Apesar da capa ridícula, parecendo desenho de criança, comprei, escutei, gostei. Ouvi a faixa "Brilho da noite" até riscar o vinil.

Quatro anos mais tarde, A Barca do Sol lançou um excelente LP em conjunto com a Olívia. Seus trinados de soprano casaram-se às mil maravilhas com as canções sofisticadas dos barqueiros. É um cult para mim.
 
Mas, não foi só esta a lembrança que o texto do Duviviem me evocou. Sua indignação sincera e algo ingênua me fez recordar o primeiro artigo político que escrevi na vida.
 
Muito inferior ao do Duvivier, até porque ele tem 28 anos e eu tinha 16. Mas, com forte simbolismo para mim, por ser o passo inicial nas duas linhas-mestras da minha trajetória: a militância revolucionária e a profissão de jornalista.
 
Saudosismo à parte, sua publicação na íntegra se justifica por estar protestando contra uma terrível injustiça das otoridades policiais e judiciais do Rio de Janeiro, que são a negação viva dos brasileiros cordiais e tudo fazem para tornar horrorosa aquela que o mundo inteiro via como cidade maravilhosa.
 
Trata-se de mais uma grotesquerie da extemporânea caça às bruxas que desencadearam quando a mocidade voltou em junho/2013 à praça que era do povo como o céu é do condor, mas agora é dos repressores do povo e os condores estão ameaçados de extinção.

Last but not least, CONCLAMO OS COMPANHEIROS DO RIO DE JANEIRO E OS CIDADÃOS COM ESPÍRITO DE JUSTIÇA A COMPARECEREM EM PESO AO JULGAMENTO, LEVANDO SUA SOLIDARIEDADE AOS PERSEGUIDOS POLÍTICOS E DEIXANDO CLARO QUE A CIDADANIA SE IMPORTA, SIM, COM O CERCEAMENTO DO DIREITO DE LIVRE MANIFESTAÇÃO.
 
Será nesta sexta-feira (30), provavelmente a partir das 13 horas, na av. Erasmo Braga, 115 - sobreloja 712 - lam II, no Centro. Maiores detalhes com a Secretaria, pelo fone (21) 3133-3453, ramal 3453; ou pelo e-mail cap27vcri@tj.rj.gov.br.
 
Eis o artigo do Duvivier, que tem minha total aprovação:
 
Ninguém está falando sobre isso, mas 23 ativistas estão sendo processados por associação criminosa armada –embora não haja arma, nem crime, nem associação. Além da ausência de antecedentes criminais, os ativistas têm em comum apenas o fato de terem participado das manifestações de junho e, no ano seguinte, dos protestos contra a Copa. Só. A maioria se conheceu na cadeia.
Duvivier qualifica o juiz Itabiana de "notável reacionário" 
Não se sabe qual o critério escolhido para prendê-los, já que milhões de pessoas protestaram entre junho de 2013 e junho de 2014 (dentre as quais eu), mas o critério parece ter sido o fato de serem, em sua maioria, professores.
 
Depois de meses de escuta telefônica em que até os advogados de defesa foram grampeados (isso, sim, é crime, senhor juiz) nada pode ser dito, de fato, contra os manifestantes.
 
Em um dos telefonemas, Camila Jourdan, professora da UERJ, pergunta se o amigo vai levar os "livros" e as "canetas". O código poderia ter passado desapercebido, mas a polícia fluminense, que anda vendo "Sherlock" demais na HBO, descobriu se tratar de uma mensagem cifrada. "Livros" seriam bombas e "canetas", armas.
 
Imediatamente após decriptar a intrincada linguagem anarquista, a polícia, sem mandado de busca e apreensão, invadiu e revistou a casa dos ativistas. Não encontrou nada.
 
Aliás, encontrou. Livros e canetas. Mas não só. As casas tinham uma quantidade suspeita de camisetas pretas. Em algumas, máscaras de gás e, em uma delas, encontraram uma garrafa de gasolina (aquele líquido usado para abastecer carros e geradores). Mesmo assim, sem flagrante, foram presos –para, algumas semanas depois, serem soltos.
Sininho, que os reaças do Rio adoram perseguir, é ré.
A mesma sorte não teve o único preso que é analfabeto, Rafael Braga. Ele está preso até hoje por ter sido encontrado portando uma garrafa de desinfetante Pinho Sol. Mesmo soltos, os manifestantes tiveram seus direitos políticos cassados. Enquanto aguardam julgamento, não podem participar de nenhuma reunião pública nem abandonar sua comarca.
 
O julgamento ocorre nesta sexta (30) e, apesar de não terem cometido crime algum previsto no Código Penal, tudo indica que os manifestantes serão condenados pelo juiz Flávio Itabaiana. Notável reacionário que se orgulha de nunca ter absolvido alguém, Itabaiana tem em mãos um processo de 7.000 páginas.
 
A grande peça no tabuleiro de Itabaiana é a opinião pública. A mesma mídia que condenou as manifestações e que logo depois passou a festejá-las, voltou-se novamente contra elas quando da morte trágica do cinegrafista Santiago Andrade. (Não há qualquer ligação entre os 23 processados e a morte de Santiago.)
 
Graças ao investimento de parte da mídia que queria a reeleição de um governador, manifestar virou sinônimo de matar cinegrafistas e eis que o gigante adormeceu –a golpes de reportagens tendenciosas e manchetes repulsivas. Resultado: a polícia desceu o pau, a classe média aplaudiu e o Brasil voltou a ser aquele país sem revolta.
 
A muita gente interessa a calmaria: na calada da noite de Ano Novo, aumentaram a passagem de ônibus em R$ 0,40. Se houve uma guerra, a máfia do ônibus saiu vitoriosa.
 
Vale tentar conscientizar de novo essa mesma opinião pública e lembrar que os 23 ativistas processados estavam lutando por nós. E querem continuar lutando –dando aulas, lendo livros, usando canetas. O aumento vertiginoso das passagens prova que a gente precisa deles, mais do que nunca.

Justiça determina quebra de sigilo de ex-presidente da Petrobras

Quinta, 29 de janeiro de 2015
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
A 5ª Vara de Fazenda Pública da Justiça do Rio de Janeiro determinou ontem (28) o arresto (bloqueio) de bens do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli e do ex-diretor da estatal Renato de Souza Duque, bem como a quebra de seus sigilos bancário e fiscal. A medida também atinge a construtora Andrade Gutierrez e outros executivos da Petrobras: Pedro José Barusco Filho, José Carlos Villar Amigo, Sérgio dos Santos Arantes, Alexandre Carvalho da Silva, Antônio Perrota Neto e Guilherme Neri.

O pedido foi feito pela 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, do Ministério Público Estadual. A solicitação também se estendia à própria Petrobras, mas isso foi negado pela Justiça.

Segundo a decisão da Justiça, há indícios de “sucessivas e superpostas contratações em benefício da Andrade Gutierrez”, pela Petrobras, com sobrepreço e superfaturamento em contratos para ampliação e modernização do Centro de Pesquisas da estatal, o Cenpes. Além disso, segundo a Justiça, houve falta de transparência na seleção da Andrade Gutierrez para os contratos.

Ainda de acordo com o despacho da juíza Roseli Nalin, auditorias do Tribunal de Contas da União encontraram indícios de superfaturamento de R$ 31,5 milhões.

Mutirão da limpeza no Gama

Quinta, 29 de janeiro de 2015
 
Parte do lixão do Cemitério do Gama, dezembro de 2014. Foto Gama Livre. 
 
Iniciado na segunda feira passada (26/1), o mutirão de limpeza pública no Gama tem muito trabalho pela frente. A cidade está suja, imunda, com o descarte de lixo de todo tipo em várias praças e em outros locais.
Prometem que a cidade ficará limpa em poucos dias. Mas o que preocupa é se depois do mutirão a limpeza diária ocorrerá. Em governos passados vemos estardalhaço propagandístico sobre os mutirões de limpeza, mas depois o lixo volta com toda a força, feiura...e transmitindo doenças.
Por falar em lixo, que tal o governo acabar de vez (mas de vez mesmo) com a vergonha que é o lixão que fica, e cresce a cada dia, a apenas 25 metros do portão do cemitério do Gama? Aquilo não é descarte de material de construção. É lixão mesmo. Pura vergonha!
Que o Gama seja limpo agora e permaneça limpo.

TJDF rejeita denúncia de Agnelo Queiroz contra deputada distrital

Quinta, 29 de janeiro de 2015
Do TJDF
Em sessão realizada nesta terça-feira, 27/1, o Conselho Especial do TJDFT, por unanimidade, decidiu rejeitar e arquivar a queixa-crime apresentada pelo ex-governador Agnelo Queiroz contra a deputada Celina Leão.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A Seletividade do Sistema Penal como Instrumento de Controle Social: uma análise a partir do caso Rafael Braga Vieira

Quarta, 28 de janeiro de 2015
Do DDH
Instituto de Defensores de Direitos Humanos

Kelly Ribeiro Felix de Souza*
Laíze Gabriela Benevides Pinheiro**
O presente artigo objetiva analisar a seletividade do poder punitivo enquanto instrumento de controle social, isto a partir do caso do Rafael Braga Vieira, negro, pobre e morador de rua preso em junho de 2013 e condenado meses depois acusado de portar material supostamente explosivo para a prática de atos violentos durante as manifestações que tomam as ruas da cidade do Rio de Janeiro desde então. Este caso, pelas suas particularidades e pelas circunstâncias probatórias do processo que se desenvolveu, mostra-se emblemático para a avaliação crítica do poder punitivo do Estado a partir das práticas do sistema penal.
O sistema penal, enquanto grupo de instituições – policial, judiciária e penitenciária – que possuem a incumbência de realizar o direito penal conforme as regras jurídicas vigentes, pretende ser um “sistema garantidor de uma ordem social justa” (BATISTA, 2007, p. 25), apresentando-se, assim, como igualitário, justo e comprometido com a dignidade da pessoa humana. No entanto, o sistema penal, se analisado do ponto de vista de sua realidade e práxis cotidiana, revela-se seletivo, repressivo e estigmatizante. Para Alessandro Baratta, não só a práxis, mas a própria natureza do sistema penal é desigual e seletiva (BARATTA, 2002).
Assim, a partir desde último ponto de vista, o sistema penal pode ser entendido como “o controle social punitivo institucionalizado” (ZAFFARONI, 1984 apud por BATISTA, 2007, p. 25). Dessa forma, pretende-se reunir elementos que permitam analisar o sistema penal enquanto um instrumento de controle social seletivo e de viés higienista, abordando-se, inicialmente, a seletividade do sistema penal a partir da criminalização secundária e como essa seleção dos indivíduos que ingressarão no sistema carcerário representa um processo de deslegitimação do discurso jurídico-penal. Posteriormente, esse processo de seleção será abordado como um instrumento de controle social, o que será feito a partir do caso de Rafael, e como tal processo está relacionado ao discurso histórico do medo enquanto componente de uma demanda por ordem pelas classes dominantes sobre as classes consideradas perigosas.

Ministério Público investiga desaparecimento de selos de autenticação da Administração de Ceilândia

Quarta, 28 de janeiro de 2015
Do MPDF
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio de sua Promotoria de Justiça de Ordem Urbanística (Prourb), expediu ofício nesta quarta-feira, dia 28, para a Administração Regional de Ceilândia a fim de apurar o desaparecimento de selos de autenticidade utilizados em cartas de habite-se, alvarás e licenças.
A Prourb requisitou informações visando identificar quantidade e numeração dos selos desaparecidos, bem como sua eventual utilização de maneira irregular por empresas interessadas em empreendimentos em Ceilândia. Os selos de autenticidade são numerados, impressos em papel moeda e ficavam armazenados em um cofre na Administração.
A unidade administrativa terá o prazo de dez dias úteis para enviar as informações ao Ministério Público.

Direitos Humanos: Em duas décadas, fiscais resgataram do trabalho escravo quase 50 mil pessoas

Quarta, 28 de janeiro de 2015
Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil
Disminuye el número de trabajadores eslavos
Em 1995, o Brasil reconheceu a existência e a gravidade do trabalho análogo à escravidão e implantou medidas estruturais de combate ao problema — Portal/MTe
As operações de fiscalização para combater o trabalho escravo ou análogo à escravidão resgataram, em duas décadas, mais de 47 mil trabalhadores submetidos a condições degradantes e a jornadas exaustivas em propriedade rurais e em empresas localizadas nos centros urbanos.

“A Funai está sendo desvalorizada e sua autonomia totalmente desconsiderada”, diz ex-presidente

Quarta, 28 de janeiro de 2015
Da Pública
Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo
Na primeira entrevista desde que deixou o cargo, Maria Augusta Assirati fala sobre a interferência política no órgão indigenista, liderada pela Casa Civil e pelo Ministério da Justiça. E revela a manobra do governo para licenciar a usina de São Luiz do Tapajós
Maria Augusta Assirati foi presidente interina da Fundação Nacional do Índio (Funai) por um 1 ano e 4 meses, tempo em que ela diz ter vivido com “grande descontentamento e constrangimento”. Na gestão que menos demarcou terras desde José Sarney, ela aponta a interferência política do governo Dilma Rousseff como a maior responsável pela paralisação do trabalho técnico do órgão indigenista. “A orientação é no sentido de que nenhum processo de demarcação em nenhum estágio, delimitação, declaração, ou homologação, tramite sem a avaliação do Ministério da Justiça e da Casa Civil”.
imagem agencia brasil
Assirati ao lado do ministro José
Eduardo Cardozo, do Ministério da
Justiça, ao qual a Funai responde.
Ela descreve como a interferência política
segura o trabalho técnico do órgão
indigenista: “nada mais, nesse momento,
depende apenas da Funai”.
Foto: Agência Brasil
Na primeira entrevista desde que saiu, em outubro, ela fala sobre o estopim para o seu pedido de exoneração: uma manobra para licenciar a usina de São Luiz do Tapajós, que pode alagar terra Munduruku (leia mais na nossa reportagem). Depois de analisar o caso e se comprometer com os indígenas a publicar o relatório que delimita a terra, Assirati diz que foi obrigada a voltar atrás. “Nós tivemos que descumprir esse compromisso em razão da prioridade que o governo deu ao empreendimento. Isso é grave”.
A ex-presidente da Funai fala sobre como tentou apresentar uma alternativa, propondo que se selecionasse outro local para a obra. Mas o governo não teria considerado a solução satisfatória, pois o setor elétrico indicava que o leilão precisava ser lançado ainda em 2014.

Dilma, respeite o direito à data-base dos servidores públicos

Quarta, 28 de janeiro de 2015
Por Júnior Alves, técnico judiciário do TJDFT.
 
Quando os integrantes do atual governo do Partido dos “Trabalhadores” estavam na oposição, época do governo FHC, ajuizaram uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) por Omissão nº 2.061, julgada procedente em 25 de abril de 2001 pelo Supremo Tribunal Federal - STF, e agora que estão no governo descumprem o direito dos servidores públicos. Nessa ADIN, o STF considerou necessária a observância do disposto no art. 37, inciso X da Constituição Federal - CF pelo Presidente da República. A decisão unânime julgou procedente, em parte, a referida ADIN para assentar a mora do Poder Executivo no encaminhamento do projeto previsto no inciso X do artigo 37 da Constituição Federal, e determinar a ciência àquele a quem cabe a iniciativa do projeto, ou seja, ao Chefe do Poder Executivo.

As lições da Grécia (ou: Dilma escolheu a hora errada para ser Thatcher na vida)

Quarta, 28 de janeiro de 2015
Por Celso Lungaretti

Uma boa entrevista para entendemos o que ocorre na Grécia é a do novo ministro da Educação, Cultura e Religião, o septuagenário filósofo Aristides Baltas, um dos fundadores do Syriza --o qual, segundo ele, constitui-se numa "coalizão de várias organizações de esquerda, parte vinda do tradicional eurocomunismo".
Ele próprio se inclui nesse grupo, pois provém do Partido Comunista, "que teve grande atuação em 1968". A diferença é que, lá, a esquerda optou pela união, ao invés da competição canibalesca por nacos de poder:

"E se juntaram a isso trotskistas, maoistas e novas forças, como grupos feministas, de meio ambiente e antiglobalização. São grupos que sempre perderam eleições e reconheceram a necessidade de unir forças".
Sobre o temor que o exemplo grego inspira à Europa, ele explica:

"As principais forças, com a Alemanha capitalizando isso, empurram alguns países em direção à esquerda, como aqui, na Espanha e na Itália. Há uma atmosfera diferente na Europa. Forças estão se aliando em busca de uma negociação mais efetiva, com chances de implementar o que querem para seus países. 

Símbolo: Tsipras adota a saudação do Poder Negro...

Chico Alencar defende veto a citados na Lava Jato

Quarta, 28 de janeiro de 2015
Candidato do Psol à Presidência da Câmara dá recado a Eduardo Cunha e cobra mudança de postura do Legislativo. Ele garante ter representatividade para comandar a Casa e diz que Randolfe Rodrigues, único senador do partido, não deixará a sigla

Clique aqui e leia a íntegra

A oposição da bancada do PT na CLDF ao pacotão do governo Rollemberg

Quarta, 27 de janeiro de 2015
Triste do povo que tenha um governo sem oposição, ou que essa oposição seja insignificante.
Um governo sem oposição normalmente entra pelos descaminhos da administração, se perde no definir quais as prioridades que deve afirmar e por elas lutar e se entrega aos vampiros dos recursos públicos, como megaempresários, banqueiros, quando não a ladrões. Assim tem sido normalmente. No caso recente do DF, com Agnelo que, sem oposição na Câmara Legislativa, pois essa era composta, na verdade, por um ou dois parlamentares (e veja lá), meteu os pés pelas mãos, fez um governo catastrófico e saiu escorraçado do Buriti.
Por isso, ao invés de estrilar contra a oposição do PT ao pacote (não sei porque sempre lembro dos pacotões) anunciado esta semana (veja postagem anterior), o governo Rollemberg pode se dar por sortudo. Terá uma oposição, pequena é verdade, mas terá.
Assim, se errar não vai errar nas mesmas condições que o governo Agnelo errou. Saberá, certamente, que está errando ou, no mínimo, que há críticas ao que estará fazendo. O que permitirá rediscutir medidas tomadas, corrigir erros,  redefinir prioridades, governar para o povo. Enfim, acertar.
A bancada do PT na Câmara Legislativa divulgou ontem uma nota em que critica as medidas anunciadas no pacote do governo Rollemberg. Aqui não se discute a responsabilidade (que foi enorme) da bancada do partido no desgoverno Agnelo. Pretende-se, simplesmente, tratar da postura dos distritais petistas frente a essa coisa que foi colocada como salvadora do DF, eliminadora de um caos que atingiu o governo do Distrito Federal. Um caos, que sejamos sinceros, não teve início no governo Agnelo. É coisa antiga. Mais recentemente com o caos administrativo e ético que se aprofundou com o desgoverno de Roberto Arruda, o da Pandora, que teve como sucessor o caos também no governo Rogério Rosso, o Tampão. Rosso, por sinal, baluarte do governo Rollemberg.
Agora uma coisa é certa. O governo Rollemberg deve explicar melhor essa história de rombos nas contas. Quais são os rombos e como ele está fechando, se é que está, cada um desses rombos. Tanto os de salários, que vemos divulgados cada vez que se paga uma parte, a uma categoria de servidores. Mas quando se paga aos empresários, nem um pio sobre os nome deles. A quem estou, como contribuinte, pagando? Quais os critérios usados para se pagar primeiro ao credor A e deixar o B (servidores) para pagar no “picadinho”?
Voltando às vacas magras (pois magras são as finanças do trabalhador comum), acerta a bancada do PT quando diz que “A maior parte dessas medidas vão direto ao bolso do cidadão brasiliense, mediante aumento nos impostos que todos teremos de pagar.” É o pacotão do Rollemberg para aumento do IPTU, da tal TLP, do IPVA, do ICMS do telefone e da gasolina. É o aumento do imposto quando se compra/vende uma casa, qualquer imóvel.
Parece até que, nesse ponto, o governo Rollemberg anda copiando as más ideias do governo Dilma, do ministério da Fazenda e seu maioral Joaquim Levy. A ideia do arrocho, da falsa e nefasta ‘austeridade’, está ganhando as cabeças dos governadores.
Te cuida, Rollemberg!
Ps.: Para manter coerência com a nota de oposição ao pacotão do Rollemberg, a bancada petista na Câmara Legislatva do DF teria, pelo menos, de soltar também uma nota contra o pacotão da Dilma, do Joaquim Levy, dos banqueiros. Um pacotão que retira inúmeros direitos do brasileiro, arrasa as pensões, aumenta impostos, reduz os ganhos do trabalhador e deixa com um sorriso de orelha a orelha a banqueirada brasileira e mundial.
Vamos lá, bancada do PT?

No DF: Bancada do PT na Câmara Legislativa divulga nota sobre medidas do Governo

Quarta, 28 de janeiro de 2015 

Partido dos Trabalhadores na Câmara Legislativa diz não ser contra a adoção de medidas para equilibrar as contas públicas do DF

Deputados do PT-DF se posicionaram contra o pacote de medidas do Governo Rollemberg e que votarão contra as medidas que aumentem impostos. ...
 
1) O Governo Rollemberg anunciou ontem (27/1/2015) um conjunto de 21 medidas que contrariam integralmente seus compromissos eleitorais.
 
2) A maior parte dessas medidas vão direto ao bolso do cidadão brasiliense, mediante aumento nos impostos que todos teremos de pagar.
 
3) O Governo quer que você pague mais IPTU de sua casa, mais TLP, mais IPVA de seu carro, mais ICMS de seu telefone e da gasolina que você usa, mais imposto do imóvel que você compra, etc.
 
4) Em resumo, suas contas vão ficar mais altas nesse Governo que está há menos de um mês no Palácio do Buriti.
 
5) Medidas para reduzir impostos e diminuir as despesas públicas são sempre bem-vindas.
 
6) No entanto, medidas como reestruturação administrativa, redução de cargos comissionados, redução de aluguéis, revisão de contratos, estratégias de fiscalização representam iniciativas corriqueiras no processo de gestão pública.
 
7) A maioria dos governos adotam isso quando são empossados.
 
8) Estamos esperando, na Câmara Legislativa, que o atual Governo comece a colocar em prática as medidas que cumpram os compromissos de campanha, como educação integral, bilhete único, eleição para administradores regionais, etc.
 
9) Até agora, o Diário Oficial não tem refletido várias das medidas anunciadas na mídia.
 
10) Não vimos até agora redução de uma única Administração Regional, e boa parte das estruturas administrativas das Secretarias traz aumento na despesa com cargos comissionados. Até na PM e Corpo de Bombeiros foram criados cargos para colocar servidor sem concurso público.
 
11) Aguardamos, para uma análise mais aprofundada, os projetos que foram anunciados hoje.
 
12) E informamos que a Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara Legislativa não é contra a adoção de medidas para equilibrar as contas públicas.
 
13) Entretanto, votará CONTRA TODAS as medidas que aumentem impostos.
 
Brasília-DF, 27 de janeiro de 2015.
 
Deputado CHICO VIGILANTE   Deputado CHICO LEITE
Líder
 
Deputado RICARDO VALE   Deputado WASNY DE ROURE
Fontes: Partido dos Trabalhadores na Câmara Legislativa / Blog do Sombra

Marta Suplicy: Apesar da frustração, um diagnóstico perfeito

Quarta, 28 de janeiro de 2015
A pergunta que se faz é se o destempero [de Marta Suplyci] hoje elevado ao climax significa a frustração acumulada de quem um dia imaginou tornar-se candidata do Lula, em vez de Dilma, ou se revela a abertura de uma porta por onde em breve passarão montes de companheiros desiludidos com a ocupação do poder. Escreveu assim por perceber que jamais será candidata do PT à prefeitura de São Paulo no lugar de Fernando Haddad, ou porque o governo dos trabalhadores revelou-se uma das maiores farsas encenadas no país desde a proclamação da República?

Carta escrita no início de janeiro pelo companheiro Igor Mendes diretamente da prisão de Bangu

Quarta, 28 de janeiro de 2015
Da Tribuna da Imprensa
Essa carta chegou até a sede do Jornal A Nova Democracia e fazemos questão de postá-la. Nosso colaborador e ativista político resiste bravamente já a quase dois meses em cárcere e essa é mais uma forma de mantê-lo presente na luta como sempre esteve. Jamais nos calarão!
 
"A todos meus queridos companheiros e companheiras,

Estava ansioso para enviar a todos vocês saudações militantes desde essa prisão que tem sido há 37 dias minha trincheira de combate. Não posso me alongar e também não é a oportunidade para relatar tudo que tenho visto e vivido aqui. Quero apenas ressaltar, desde já, que fui respeitado em minha condição de preso político por todos os presos com os quais convivi até hoje, eles se mostraram solidários com a nossa causa. A vida aqui é muito dura, não temos nada, a não ser uns aos outros.

Me sinto saudável, mas não tive ao longo de todos esses dias nenhum banho de sol e me tem sido sistematicamente negado o acesso a livros, papel e caneta. Recebi suas cartas e os informes da campanha pela nossa liberdade, que me encheu de ânimo e forças, pois tenho que corresponder à altura ao esforço que vocês fazem.

Fiquei muito feliz em saber que estão todos firmes e de cabeça erguida e na verdade não esperava outra coisa. É claro que não vejo a hora de recuperar minha liberdade para me dedicar ainda mais a nossa luta, mas, caso ocorra o pior não se abalem, pois a nossa convicção vale muito mais do que grades e algemas. Sairei daqui mais convencido de que o Brasil precisa de uma grande revolução, que derrube esse velho Estado burguês latifundiário que tanto oprime nosso povo.

Muito obrigado a todos.

Às companheiras Elisa e Karlaine um forte abraço, é uma vitória do movimento popular que essa prisão política e arbitrária não as tenha atingido, sigamos em frente, como diz a bela canção: 'Nada a temer senão o correr da luta'.

Lutar não é crime.

Agora e sempre fascistas não passarão.

Resistir até o final.

Igor Mendes da Silva
09 – 01 – 2015"

Nana Para Un Suspiro

Quarta, 28 de janeiro de 2015
Omara Portuondo e Maria Bethânia

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Polícia Federal vai investigar mais dez empreiteiras na Lava Jato

Quarta, 27 de janeiro de 2015
André Richter - Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) abriu mais dez inquéritos para investigar empresas suspeitas de participar do esquema de corrupção em contratos com a Petrobras. Por determinação do delegado Eduardo Mauat, chefe da investigação da Operação Lava Jato, a PF vai investigar possível envolvimento de diretores e funcionários nos desvios.

De acordo com a PF, serão investigadas as empreiteiras Andrade Gutierrez, Setal Engenharia, MPE Montagens e Projetos Especiais, Alusa Engenharia S/A, Promon Engenharia, Techint Engenharia e Construção S/A, Skanska Brasil, GDK, Schahin Engenharia e a Carioca Christiani Nielsen Engenharia.

Na última fase da Operação Lava Jato, executivos das empreiteiras Engevix, OAS, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Camargo Correa e UTC Engenharia se tornaram réus em ações oriundas das investigações da PF. De acordo com depoimentos de delação premiada, as empresas são acusadas de formação de cartel em contratos com a Petrobras.