Quinta, 25 de julho de 2013
No início da noite desta
quarta-feira, dia 24, as promotoras de Justiça de Defesa da Educação,
Amanda Tuma e Márcia Pereira da Rocha, reuniram-se com o secretário de
Educação, Denilson Bento da Costa, e o procurador-geral do DF, Marcelo
Castello Branco. O resultado do encontro foi a assinatura de um acordo
judicial sobre a implementação do regime de ciclos e semestralidade nas
instituições da rede pública de ensino da Capital Federal. Há uma
semana, houve uma tentativa de se chegar a um consenso, entretanto, o
GDF pediu mais tempo para analisar as cláusulas do documento.
Ficou acertado, em razão da
necessidade de se preservar o direito educacional dos alunos da rede
pública, que as cerca de 300 escolas que já implementaram o novo projeto
poderão continuar com a metodologia durante este ano, mediante o
cumprimento de cláusulas específicas, sendo vedada à Secretaria de
Educação aumentar o quantitativo de instituições abarcadas. O acordo
(clique aqui) será encaminhado à Justiça para que seja homologado nos
autos da Ação Civil Pública n.º 2013.01.1.017478-7, ajuizada pelo
Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), em trâmite na 5ª Vara da
Fazenda Pública do DF.
Ainda pelo acordo, para que o Governo
possa utilizar o regime de ciclos e semestralidade em 2014, a
Secretaria de Educação deverá cumprir com diversos requisitos, dentre
eles: promover ampla discussão com a comunidade escolar, por meio de
audiências públicas, em respeito à Lei de Gestão Democrática; submeter o
projeto à aprovação do Conselho de Educação do DF; efetivar a devida
capacitação dos professores; editar ato normativo específico; e realizar
avaliações periódicas, inclusive com aferição do desempenho dos alunos.
O pacto firmado visa evitar qualquer
tipo de prejuízo pedagógico aos alunos que já estão inseridos na
política implementada desde o início do presente ano letivo, bem como
propiciar à população acesso às informações sobre a nova metodologia,
com possibilidade de participação ativa na elaboração de eventual novo
regime. Caso a comunidade escolar discorde da continuação do regime de
ciclos e semestralidades, poderá requerer a reversão imediata à
Secretaria de Educação ou ao próprio MP. “Queremos dar transparência
sobre o sistema à comunidade escolar, dando voz aos alunos, pais e
professores”, afirmou a promotora de Justiça Márcia Pereira da Rocha.
A multa diária no valor de R$ 10 mil,
que incide sobre a Secretaria desde o dia 15 de julho, continua válida
até a homologação do acordo pelo juiz da 5ª Vara.
Clique aqui para ler o acordo judicial.
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Fonte: MPDF