Sexta, 26 de julho de 2013
Tenho 28 anos, sou professora e faço doutorado no Ippur/UFRJ. Acompanho
as manifestações, pois acho importante o momento que estamos vivendo,
no qual inúmeras pessoas saíram da letargia e apatia que caracterizaram
os últimos anos no Brasil.
Mando este relato sobre o que passei na noite de 17 de julho de 2013,
quando fui presa, agredida e acusada de formação de quadrilha junto com
mais seis rapazes. Fomos presos pelo simples fato de termos corrido de
três viaturas que entraram atirando na rua em que estávamos. A polícia
resolveu que éramos uma “quadrilha” simplesmente porque nos abrigamos em
frente a um prédio com fachada de vidro, pois sabíamos que a chance de
os policiais continuarem atirando, em Ipanema/Leblon, em um prédio
daqueles seria menor. ...