Sábado, 27 de julho de 2013
Nota de esclarecimento a respeito a saques e depredações de
estabelecimentos comerciais. Pedimos que leiam para que se esclareça de
uma vez por todas nosso posicionamento a respeito.
Nós não concordamos com saques e ataques a estabelecimentos
comerciais, isso porque é necessário diferenciar o oprimido do opressor
por diversas vezes confundido, afinal, reconhecemos que todo ser
necessita sobreviver e esses estabelecimentos que muitas vezes tem
sofrido ataques representam a fonte de sustento de muitas pessoas. E não
estamos só nos referindo ao caso da Toulon, que ao menos sofrerá menos
as consequências, afinal uma loja no Leblon, do nível da Toulon conta
com seguros e também seu dono possui renda suficientemente alta para
superar o caso, mas principalmente a bancas de jornal, lojinhas e etc.
Porém, fomos claros ao dizer que, não seremos hipócritas em
deslegitimar tal ação popular, porque nesse caso, especificamente, teve
um adendo: a distribuição das roupas de uma loja de acesso caro, a
moradores de rua.
Deixamos claro, frisando mais uma vez que com isso, não estamos
dizendo que esse fato se justifique por isso, apenas estamos fazendo uma
análise, que acreditamos que qualquer um se parar para pensar, faria:
Por que não roubaram a loja e levaram as roupas para si? Por que a
distribuição a moradores de rua? Por que a escolha de uma loja tão
elitista? Sabemos que provavelmente muitas pessoas usaram a situação
para benefício próprio, sabemos que essa possibilidade é clara e óbvia,
mas estamos tentando levar o debate a frieza da análise, assim como no
dia 11 de julho, uma senhora, dona de uma banca de jornal que foi
depredada, fez ao dizer que não culpava os manifestantes, ela estava
presente ao ver o ataque desmedido da polícia e disse que sabe que toda
ação corresponde a uma reação.
Repetindo “Nós não concordamos com saques e ataques a
estabelecimentos comerciais, isso porque é necessário diferenciar o
oprimido do opressor por diversas vezes confundido, afinal, reconhecemos
que todo ser necessita sobreviver e esses estabelecimentos representam a
fonte de sustento de muitas pessoas. “
Terminamos com uma publicação que vimos na nossa time line pessoal, não é nossa:
“Dez dias. Foi o tempo que Sergio Cabral levou para lamentar as mortes na Maré.
Seis horas. Foi o tempo que Cabral precisou para convocar uma
reunião de emergência sobre a Toulon saqueada e as vidraças de banco
quebradas no Leblon.”