Sábado, 12 de janeiro de 2013
VEJA desta semana revela
que o favorito para vencer a disputa pela presidência da Câmara gasta
verba do gabinete com uma empresa-fantasma
Adriano Ceolin
DESCOMBINADOS - Alves escalou um assessor para dar
explicações, e sua situação piorou. “Foi o deputado quem mandou
contratar”, disse o assessor
(José Cruz/ ABR)
Favorito para vencer a disputa pela presidência da Câmara dos
Deputados, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, deputado federal há
42 anos, se apresenta como um profundo conhecedor dos meandros do
Parlamento. Trata-se da mais pura verdade, como se verá a seguir.
Como todo deputado, o potiguar Alves recebe, além do salário, uma ajuda
de custo de 32 000 reais para bancar as despesas do mandato. No seu
caso, mais de um quarto desse dinheiro (8 300 reais) é gasto a cada mês
com aluguel de veículos, segundo sua prestação de contas. Ocorre que as
notas fiscais que Alves apresenta para comprovar essas despesas são
emitidas por uma empresa registrada em nome de uma laranja - ligada a um
conhecido ex-assessor de seu partido.