Sábado, 2 de março de 2013
Da Revista IstoÉ, edição 2259
Presidente da Câmara e mais quatro
parlamentares são questionados pelo Tribunal de Contas da União por
participarem de empresas contratadas pelo governo. Esses negócios teriam
propiciado a eles polpudos rendimentos
OUTRO LADO
Henrique Alves diz que criou empresa para ajudar a um amigo e não recebeu benefícios
Durante dois anos o Tribunal de Contas da
União investigou a atuação de parlamentares suspeitos de valer-se de
seus cargos para obter contratos com órgãos públicos e empresas
estatais. Na última semana, ISTOÉ teve acesso ao resultado da apuração.
Nos anexos 14 e 15, ambos de caráter sigiloso, de um relatório com 600
páginas, cinco parlamentares são mencionados por descumprir o artigo 54
da Constituição. Segundo o artigo, deputados e senadores estão proibidos
de exercer cargo executivo em empresas contratadas pelo governo. Entre
os envolvidos estão o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), o ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB-CE), o
ex-governador e deputado Paulo Maluf (PP-SP) e o deputado Felipe Maia
(DEM-RN), filho de Agripino Maia, um dos principais porta-vozes da
oposição em Brasília. O quinto mencionado, José Gerardo, perdeu o
mandato em 2010, condenado por corrupção.
CERCO
TCU incluiu Maluf e Eunício Oliveira no
relatório depois de cruzar dados da Receita