Sexta, 22 de março de 2013
Do Congresso em Foco
Ex-líder dos “caras-pintadas”
responde a mais de 15 investigações no Supremo, mais do que qualquer
outro senador. Como Lindbergh Farias, outros três presidentes de
comissão no Senado também são alvo do tribunal
Duas décadas após liderar o movimento dos “caras-pintadas”, que pressionou pelo
do então presidente Fernando Collor, o ex-líder estudantil Lindbergh
Farias (PT-RJ) tornou-se o senador com maior número de investigações no
Supremo Tribunal Federal (STF). Pré-candidato ao governo do Rio de
Janeiro, o da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) – uma das mais poderosas e de maior visibilidade da
– responde a 15 inquéritos (fase preliminar de investigação) e uma ação
penal na mais alta corte do país. Quatro dessas investigações chegaram
ao Supremo neste ano.
Pedro França/Agência Senado
Lindbergh afirma que todos as investigações serão arquivadas porque são improcedentes
Réu em processo em que é acusado de reter dados técnicos para
propositura de ação civil pública, ele responde a inquérito por crimes
de responsabilidade, contra o sistema financeiro, quadrilha e corrupção.
Mas são as infrações à Lei de Licitações as suspeitas mais recorrentes
contra o senador. Elas se repetem em 11 inquéritos. Todos os casos
remetem à passagem de seis anos de Lindbergh pela prefeitura de Nova
Iguaçu (RJ), município da Baixa Fluminense com 800 mil habitantes.
Dos 11 senadores que presidem comissões
permanentes no Senado, quatro devem explicações ao Supremo. Além de
Lindbergh, também são investigados no tribunal Zezé Perrella (PDT-MG),
da Comissão de Ciência e Tecnologia; Blairo Maggi (PR-MT), da Comissão
de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor, e Fernando Collor (PTB-AL), da
Comissão de Serviços de Infraestrutura.