Sexta, 11 de abril de 2014
Vinícius
Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
Saiba Mais
"A OAB avisou para que essa
reintegração fosse feita com cautela. Posso garantir que o melhor era o diálogo
entre as pessoas. Deveríamos sentar, conversar, ver quem realmente é
necessitado ali e fazer um cadastramento", afirma Cairo: "Não podemos
aceitar o vandalismo, nem a irregularidade, mas também não aceitamos
truculência e a situação de perigo a que estas pessoas estão sendo
expostas".
Representante dos moradores da
ocupação, Maria José Silva, também criticou a ação: "Estamos sendo
tratados como bichos. A solução que eles deram é um massacre. Fomos até eles e
pedimos para acompanhar a reintegração, mas eles não aceitaram e o que estamos
vendo é esta violência, com ônibus queimado, policial ferido e criança
ferida".
"Muitas pessoas saíram
desesperadas e deixaram as coisas lá dentro. Teve gente que saiu para trabalhar
e agora não está conseguindo voltar nem para pegar os documentos", conta
Maria José, que não mora na comunidade, mas vinha acompanhando a ocupação de
perto por morar em uma favela próxima. "Estão falando que lá tem
traficantes, mas são pessoas humildes que precisam de uma moradia",
observou.