Terça, 15 de abril de 2014

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Imagem: facebook.com/midiaNINJA

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Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
Cerca de mil pessoas, segundo
estimativa da Polícia Militar (PM), participaram na noite de hoje (15)
do quinto ato Se Não Tiver Direitos, Não Vai Ter Copa. Os manifestantes
se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e
saíram em passeata pela Avenida Paulista, região central da capital.
Carregando
faixas e animados por tambores, os manifestantes seguiram, apesar da
chuva, por toda Avenida Rebouças e em direção ao Butantã. Na Avenida
Vital Brasil, a PM registrou a depredação de duas agências bancárias.
Segundo a PM, 54 pessoas foram detidas "por promoverem a desordem".
No
início no protesto, o major Genivaldo Antônio, comandante do
policiamento que acompanhou o ato, tentou conversar com os manifestantes
para negociar o trajeto e evitar confrontos. De acordo com ele, cerca
de 800 homens foram mobilizados em função da passeata.
Participaram
da manifestação representantes de movimentos sociais, como o Território
Livre e o Fórum Popular de Saúde, e simpatizantes de partidos
políticos, como PSOL e PSTU. A principal crítica são os gastos para o
mundial.
“O Estado brasileiro, mais uma vez submisso ao interesse
internacional, gasta nosso dinheiro para fazer a Copa dos ricos. Ao
invés de hospitais e leitos, construíram estádios e arquibancadas; ao
invés de remédios, fizeram investimentos milionários em hospitais
particulares e empresas privadas”, diz o texto que chamava para o
protesto no Facebook.
Militante do Território Livre, Rafael
Padial disse que o movimento, formado por estudantes, apoiou a
manifestação para que a mobilização ajude a sociedade brasileira a
inverter as prioridades das políticas públicas. “Não é contra o futebol.
Todo mundo gosta de futebol. A questão é: quais são as prioridades do
governo e de quem manda na economia brasileira? É atender aos problemas
das população ou às necessidades lucrativas de grandes empresas?”,
questionou. “A gente é contra a Copa para inverter as prioridades”.
O
confeccionista de jeans Valdemar Silveira, 24 anos, disse que além de
discordar da aplicação de recursos públicos no evento, também protestava
contra as remoções de comunidades em ações ligadas às obras da Copa.
“Principalmente da forma como elas foram removidas”, enfatizou sobre a
violência policial usada nos despejos.