Domingo, 22 de fevereiro de 2015
Do Sinpro/DF
No fim de semana que avizinha a data do início do
ano letivo deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) divulga novas
informações erradas pela imprensa. Em vez de pagar os direitos
trabalhistas atrasados da categoria docente e negociar com as lideranças
sindicais em reuniões e mesas de negociações, o novo governo usa a
mídia para alardear inverdades, repassar “recados” às categorias de
servidores públicos do GDF e desinformar a população do DF com notícias
erradas.
Na antevéspera da segunda-feira (23), data que dará início ao ano
letivo e marcará a primeira assembleia geral da categoria dos(as)
professores(as) em 2015, o GDF diz, em matéria publicada na edição deste
sábado (21) do Correio Braziliense, que “a situação lastimável das
escolas públicas do DF motivou o adiamento do início do ano letivo de 9
de fevereiro para esta segunda-feira” e que “o atraso de 14 dias não foi
suficiente para a reforma de 148 unidade de ensino”.
Essa matéria, intitulada “Retorno em meio a obras e publicada na
página 19 do caderno de Cidades, não revela a verdadeira razão pela qual
o GDF prorrogou o início das aulas para o dia 23 de fevereiro e que
nenhuma obra foi realizada. Propositadamente, as obras foram definidas
como “invisíveis”. Os(as) professores retornaram ao trabalho na
quinta-feira (19) e não viram as obras invisíveis anunciadas pelo
secretário de Educação, Júlio Gregório.
O que viram foi apenas uma faxina. As escolas estão sendo faxinadas e
não reformadas. Além da faxina, o fato inédito que marcou o retorno das
aulas da rede pública de ensino deste ano é que, pela primeira vez na
história da Educação da capital do país, professores(as) voltam das
férias sem ter recebido o pagamento do um terço de férias.
Nem que todas as escolas da rede estivessem realmente sendo
reformadas, o GDF não precisava de ter mexido no calendário construído
democraticamente pela comunidade escolar e as aulas poderiam ter sido
iniciadas no dia 9 de fevereiro. Desde o momento em que o novo governo
instituiu arbitrariamente o novo calendário escolar, a diretoria
colegiada do Sinpro-DF tem se antecipado e denunciado os vários
equívocos que isso tem causado e ainda irá causar à educação pública do
DF.
Um deles é esse adiamento do início das aulas do dia 9 para o dia 23
de fevereiro e a redução dos recessos de meio e de fim de ano. Com isso,
os estudantes da rede pública terão aula até a véspera do Natal de 2015
e concluirão o ano letivo na véspera do Ano Novo, dia 29 de dezembro. É
por essas e outras que a categoria docente precisa se reunir em
assembleia geral logo no primeiro dia do ano letivo. A assembleia está
prevista para começar às 10h, na Praça do Buriti, nesta segunda-feira
(23).