Quarta, 11 de março de 2015
Do site do PSTU
Um chamado às direções da CUT, MST e UNE: É necessária uma ampla
unidade de ação das centrais e dos movimentos populares para derrotar
essa politica econômica perversa
Na próxima sexta-feira, 13 de março, a CUT, o MST e a UNE estão
convocando uma manifestação que, em seus materiais de divulgação, se
colocam contra o ajuste fiscal do Governo Federal, em defesa da
Petrobras e pela reforma política.
Diante da evidente polarização com a manifestação pelo impeachment de
Dilma, convocada por setores de direita e apoiadas pelo PSDB e o DEM e
marcadas para o próximo domingo, essas entidades denunciam que está a
caminho um golpe dos conservadores contra um governo eleito.
O pronunciamento de Dilma, exibido na noite de domingo em cadeia
nacional de rádio e televisão, mostrou a presidente petista defendendo
firmemente o ajuste fiscal de seu governo. Ajuste este que, como
sabemos, ataca direitos trabalhistas e busca jogar nas costas do povo
trabalhador todo o peso da péssima situação da economia capitalista,
enquanto as grandes empresas, bancos e o agronegócio seguem lucrando
como nunca.
O pronunciamento de Dilma só demonstra que é necessária uma ampla
unidade de ação das centrais sindicais e dos movimentos populares para
derrotar esse ajuste perverso e a atual politica econômica, que só
beneficia o grande capital.
Mas para que essa unidade seja de fato uma realidade e seja levada a
cabo em direção à construção de um dia de paralisação pela derrubada do
ajuste fiscal, rumo a uma greve geral, é mais que necessário e urgente
que as direções da CUT, do MST e da UNE rompam com o apoio político que
seguem dando ao governo Dilma do PT.
Só assim todos estarão de fato atuando na mesma direção, ou seja, a
de apostar na mobilização direta da nossa classe para derrotar a
política econômica e os ataques desferidos pelo governo do PT, do PCdoB,
do PMDB e da sua famigerada base aliada.
Não será atrelando o futuro de nossas lutas ao destino desse governo
corrupto e pró-patronal que vamos evitar que a direita se fortaleça. Por
isso, apoiamos com toda a força as manifestações do ultimo dia 6
convocadas pela CSP-Conlutas e diversas outras entidades.
Se realmente o governo Dilma estivesse preocupado com o
fortalecimento da direita, em primeiro lugar não nomearia um banqueiro
para ministro da Fazenda, em segundo lugar adotaria medidas que
atacassem o grande capital, como a suspensão do pagamento da dívida aos
banqueiros, a proibição da remessa de lucros das multinacionais para o
exterior, além de sobretaxar os bancos, as grandes empresas e as grandes
fortunas. A opção do governo do PT já foi feita e, infelizmente, foi
por atacar a nossa classe e a maioria do povo.
Poderíamos e deveríamos estar juntos na construção de um processo de
lutas para derrotar a política econômica do governo do PT, do Congresso e
da oposição de direita? Sim, mas desde que fossem manifestações para
enfrentar Dilma e o Congresso e não para proteger o governo.
Infelizmente, não é essa a realidade se apresenta. E isso não interessa
em nada a luta em defesa de nossos direitos.
Na verdade, a CUT, o MST e a UNE tem mais uma boa oportunidade essa
semana para finalmente romperem com seu apoio a esse governo.
Aguardemos os desdobramentos dessa semana decisiva e renovamos nosso
chamado a uma luta comum desde que não sirva a uma manobra para defender
um governo que já mostrou ao que veio.