Terça, 2 de
junho de 2015
Vitor
Abdala – Repórter da Agência Brasil
A Auditoria de Justiça Militar revogou a prisão do major da
Polícia Militar Edson Santos, ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora
(UPP) da Rocinha acusado de participar da tortura e morte do pedreiro Amarildo
de Souza, em 2013.
O oficial é acusado, com mais dois policiais, de corrupção
ativa de testemunhas no caso Amarildo.
Além do major, tiveram a prisão revogada o tenente Luiz
Felipe de Medeiros e o soldado Newland de Oliveira e Silva Júnior. No entanto,
tanto o major Edson Santos quanto o tenente Luiz Felipe de Medeiros continuarão
presos, porque eles ainda têm um mandado de prisão pela tortura e morte de
Amarildo, em processo que corre na 35ª Vara Criminal.
Amarildo de Souza desapareceu no dia 14 de julho de 2013,
durante uma operação conjunta da Polícia Militar e da Polícia Civil na Rocinha,
na zona sul da cidade. Apesar de o corpo nunca ter sido encontrado, o
Ministério Público (MP) denunciou mais de 20 policiais militares da UPP pela
tortura e morte do morador da comunidade.
De acordo com a Polícia Civil e o MP, Amarildo teria sido
levado à base da UPP, no alto da comunidade e morrido depois de uma sessão de
tortura.
A pena, no entanto, foi suspensa por dois anos, em condições
a serem fixadas pelo juízo da execução penal.