Segunda, 21 de agosto de 2017
Os problemas, que datam do início do mandato de Rodrigo Rollemberg (PSB), se mantêm até hoje.
Jornal Destak
Blog do Sombra
No depósito do Complexo Penitenciário da Papuda estão parados desde
2013 equipamentos para a instalação de uma fábrica de colchões e uma de
pães na unidade. O projeto foi criado no governo de Agnelo Queiroz (PT) e
tinha como objetivo gerar emprego aos detentos e economia ao GDF, que
ao invés de comprar os materiais para o sistema carcerário, poderia
produzir por conta própria. O plano, no entanto, não foi executado no
governo petista e até hoje não tem prazo para sair do papel.
A falta dos postos de trabalho foi um dos destaques de auditoria da
Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF) divulgada na última
semana. O relatório apurou as atividades da Fundação de Amparo ao
Trabalhador Preso (FUNAP) no ano de 2015.
A fábrica de pães foi anunciada em 2014 com a previsão de empregar 40
internos e produzir cerca de 80 mil pães por dia. O maquinário da obra
custou R$ 2 milhões aos cofres do DF. O alimento seria distribuído no
presídio e também a programas sociais do governo.
Segundo a Funap, a instalação da fábrica está em andamento, mas ainda
sem prazo para inauguração. Um dos maiores impactos na economia
encontrado pela auditoria da CGDF viria da fábrica de colchões. O
projeto previa produção de no mínimo 500 unidades por dia. Enquanto
isso, o sistema carcerário do DF tem demanda de 27 mil colchões por ano.
Os colchões seriam usados também para abastecer hospitais da rede
pública. No mesmo ano em que comprou os equipamentos para a oficina, o
governo adquiriu 40 colchões por R$ 141 cada. Considerando o mesmo
preço, para repor a demanda anual o DF gastaria mais de R$ 3 milhões. Na
fábrica, a CGDF identificou uma dívida no valor de R$ 169 mil da
máquina de espumação.