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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Chiquinho é pop! O papa disse que freiras fofoqueiras são piores do que terroristas

Segunda, 22 de janeiro de 2018

"O melhor remédio para não fofocar é morder a língua. A enfermeira vai ter trabalho, porque a língua de vocês vai inflamar".

Por Jornal O Sul / Foto: aica.org
e Portal ContextoExato

O papa Francisco comparou, neste domingo (21), freiras que espalham fofocas a “terroristas”, assegurando que a prática é “pior que a de Ayacucho anos atrás”, em referência aos anos de atividade do grupo guerrilheiro Sendero Luminoso no Peru. No último de seus quatros dias de visita ao país andino, o pontífice se reuniu com quinhentas freiras contemplativas no Santuário das Nazarenas, no Centro de Lima, antes de partir para a Catedral para rezar perante as relíquias dos santos peruanos e encerrar a viagem com missa para uma multidão.


Em um encontro descontraído, no qual o religioso argentino não teve dúvidas ao intercalar piadas em meio a seu discurso sobre a unidade da igreja e a vocação das freiras para a oração, o papa afirmou que as fofocas devem ser evitadas no convento, pois são inspiradas pelo demônio.

“Sabem o que é uma freira fofoqueira? Terrorista. Pior que Ayacucho anos atrás. Porque a fofoca é como uma bomba (…), como o demônio. Atira a bomba, destrói tudo e vai embora tranquila. Freiras terroristas, não. Sem fofocas”, afirmou.

“Já sabem que o melhor remédio para não fofocar é morder a língua. A enfermeira vai ter trabalho, porque a língua de vocês vai inflamar, porém não vão atirar a bomba. E lembrem-se dos terroristas de Ayacucho quando quiserem fazer uma fofoca”, disse, em meio ao riso das pessoas presentes.

Ayacucho foi o berço da luta do grupo maoísta do Sendero Luminoso contra as forças de segurança do Peru, que deixou ao menos 69 mil mortos e desaparecidos durante uma guerra que durou duas décadas no fim do século passado, segundo dados oficiais.

Idosa

Francisco desceu neste sábado (20) do papamóvel em seu trajeto pelas ruas de Trujillo, no Peru, para cumprimentar Trinidad, uma mulher que carregava um cartaz no qual dizia estar completando 99 anos, que era cega e queria tocar a mão do pontífice.

“Sou Trinidad e faço 99 anos. Não posso ver. Quero tocar sua mãozinha”, dizia o cartaz com os desejos da idosa que foi levantado por uma pessoa, com a esperança de que o papa o visse em sua passagem pelas ruas de Trujillo.

O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, explicou que Francisco viu a idosa e mandou parar o veículo para abençoá-la no dia de seu aniversário. Em várias ocasiões durante as suas viagens o pontífice mandou o papamóvel parar seu percurso após ver pessoas que lhe pediam uma bênção ou uma saudação.

Durante uma celebração dedicada à Virgem Maria na Praça de Armas de Trujillo, o papa Francisco convidou as pessoas de toda a América Latina a “lutarem contra uma praga” que afeta o continente: “os numerosos casos de feminicídio”.

O discurso dedicado à Virgem diante de milhares de pessoas reunidas na Praça de Trujillo se transformou em uma homenagem às mulheres, quando Francisco louvou todas as mães e avós desta Nação que, segundo ele, “são a verdadeira força motriz da vida e das famílias do Peru”.