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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Sinpro e concursados realizam dia de luta e exigem nomeação já

Sexta, 26 de janeiro de 2018

Do Sinpro
Por Luis Ricardo 
Professores(as) e orientadores(as) educacionais concursados e efetivos(as), além de servidores da carreira assistência, participaram nessa quinta-feira (25) do Dia de Luta em Defesa da Nomeação de Profissionais Concursados do Magistério Público, na Praça do Buriti, e mostraram que uma educação pública de qualidade se faz com a nomeação de concursados. O ato público também foi uma resposta ao governador Rollemberg (PSB), que anunciou, por redes sociais, a nomeação de 648 professores(as) durante a primeira semana de fevereiro de 2018.

Diretores do Sinpro e concursados presentes do ato evidenciaram que o número anunciado pelo GDF é insuficiente para a demanda registrada pela rede pública de ensino do Distrito Federal, e exigiram que o governo trate a educação como prioridade. A defasagem de profissionais existente hoje na rede se demonstra pelo número de aposentadorias. Nos últimos três anos 3.383 professores(as) e orientadores(as) se aposentaram. Somente este ano, até o dia 23 de janeiro de 2018, o número de aposentadorias chega a 91.
Durante o ato a Comissão de Negociação do Sinpro foi chamada para uma reunião com o governo, momento que os representantes do GDF informaram que nesta sexta-feira (26) vão discriminar o número de convocados por disciplina. O governo, porém, não informou o horário que este anúncio deve ser feito. Assim que tivermos informação publicaremos na página do Sinpro.
A diretora do Sinpro Rosilene Corrêa disse que o ato público de hoje foi extremamente positivo, “porque lutar é manter viva a esperança e a busca por justiça”. “Infelizmente a educação não é prioridade neste país e o GDF tem lido a cartilha do governo federal. Durante a reunião com o governo mostramos que o número anunciado por Rollemberg é insuficiente e que temos, hoje, mais de 4 mil professores e orientadores aprovados em concurso público aguardando nomeação”, enfatizou a diretora. Rosilene ainda falou sobre a importância da união de cada um neste processo que o Sinpro e os concursados têm travado pelas nomeações. “Precisamos da união de cada um para que todas as nomeações sejam feitas. Somente assim conseguiremos ter uma educação pública de qualidade”, ressaltou.

Sentimento de luta
Glice Felipe de Carvalho é uma das professoras que aguardam nomeação. Aprovada no concurso de 2015 para Atividades, Glice afirma que o sentimento dela é de frustração. “Todos que estão aqui batalharam muito para passar neste concurso. Mesmo tendo direito de assumir este cargo, que é nosso por lei, agora temos que lutar pela nomeação. Você quer ajudar a sociedade, ajudar na busca pela melhoria da educação pública e é impedida pelo governo, que deveria lutar por isto”, lamenta a professora.
O orientador educacional Ezequiel, aprovado no concurso de 2013, também lamenta o pouco caso mostrado pelo GDF. “Desde 2014 o Sinpro tem feito atos, manifestações e dado apoio à nossa luta, que também é uma luta da educação. O Distrito Federal tem condições de ser referência na educação do país, mas não é pela falta de compromisso do GDF. Já passou da hora do governador Rollemberg dar mais atenção à educação da capital federal”, finalizou.
Fotos: Deva Garcia