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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

SindSaúde: Diretora é instrumento do Buriti para transformar Hospital de Base em OSs

Segunda, 22 de janeiro de 2018


Por SindSaúde
Está claro que a gestão de Rodrigo Rollemberg e secretário Humberto Fonseca quer entregar a saúde pública do Distrito Federal para a iniciativa privada. E as Organizações Sociais não estão descartadas para atuar. Esse tipo de gestão é defendido por uma diretora do Hospital de Base (IHBDF), que acaba de ser institucionalizado.
Em artigo publicado e apresentado em maio de 2015, num Congresso sobre gestão pública, com outros dois autores (veja aqui), a vice-presidente do IHBDF, Dulcilene Claudia Xavier afirma que a OS tem flexibilidade de gestão e, assim, poderia alcançar melhores resultados.
Enquanto se defende a flexibilidade das OSs, os órgãos de fiscalização vêm seguindo rastros de corrupção desse modelo de gestão. No Rio de janeiro, por exemplo, uma investigação do Tribunal de Contas local apontou que das dez organizações sociais (OSs) que administram 108 das 248 unidades de saúde da prefeitura do Rio, oito eram investigadas em procedimentos no Ministério Público (MP) estadual e em ações no Tribunal de Justiça (TJ) do Rio por suspeitas de irregularidades. Entre as irregularidades estão desvio de recursos.
Na gestão Rollemberg
O assunto de OSs sempre foi negado por gestores da saúde durante a gestão de Rodrigo Rollemberg. Todos que passaram pela Secretaria de Saúde, ou se esquivavam, ou diziam que isso não ocorreria no DF. Mas em julho de 2016, o governo fez um chamamento público para qualificar OSs, pavimentando assim, o caminho suspeito de uma possível implantação dessas entidades.
CLDF abre as porteiras
Em dezembro passado, uma ação do deputado distrital Ricardo Vale (PT) passou batido pela imprensa, mas não pelo SindSaúde. Ele retirou de pauta uma proposta de emenda à Lei Orgânica que pretendia proibir o Poder Público do DF de firmar contrato de gestão com entidade qualificada como organização social (OS).
Essa retirada ocorreu depois que quatro deputados recuaram do voto. Ricardo Vale retirou a proposta da pauta quando percebeu que não teria os votos suficientes para aprovação. A previsão é que volte a ser debatida em fevereiro de 2018.
“A tropa é a cara do comando. Não é de se espantar que os gestores de Rollemberg sigam sua linha de pensamento. Desde o início deste governo está clara a intenção de vender e terceirizar os serviços de saúde para favorecer os padrinhos políticos. O Executivo não desistirá e agora que conseguiu colocar em prática o instituto, o cenário está estabelecido. Rollemberg colocou pessoas no HBDF para no futuro transformá-lo em OSs. O SindSaúde não compactua e segue combatendo essas práticas”, garante a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.
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