Sexta, 12 de março de 2021
Dois ex-funcionários estão foragidos da justiça e dois já foram detidos; todos são acusados de terrorismo e conspiração
O Ministério Público da Bolívia emitiu nesta sexta-feira (12) ordem de prisão contra a ex-presidenta golpista, Jeanine Áñez e quatro dos seus ex-ministros, acusados de crimes de terrorismo, conspiração e separatismo.
Os ex-ministros de governo Arturo Murillo, e de defesa Fernando López, estão foragidos da justiça, depois de fugir do país, passando pelo Brasil, em novembro de 2020, logo depois da vitória eleitoral do Movimento Ao Socialismo.
Diante do precedente, na decisão, o MP boliviano destacou a necessidade da detenção imediata dos acusados para evitar novas fugas.
Yerko Núñez, ex-ministro da Presidência, está sendo buscado pelas autoridades, enquanto o ex- chefe da pasta de Energia, Rodrigo Guzmán, e Álvaro Coimbra, ex-ministro de Justiça, já foram detidos em Beni, norte do país.
Jeanine Áñez assumiu a presidência depois de um movimento golpista opositor, aliado às Forças Armadas, que levou à renúncia forçada de Evo Morales e Álvaro García Linera, logo depois de terem vencido sua quarta reeleição, em outubro de 2019.
Agora, Áñez, que foi candidata à governadora pelo estado de Beni, nas eleições regionais do último domingo (7), acusa ser perseguida pelo Estado. "A perseguição política começou. O MAS decidiu voltar ao estilo da ditadura. Uma pena, porque a Bolívia não precisa de ditadores, necessita de liberdade e soluções", publicou na sua conta no Twitter.
Edição: Leandro Melito
Fonte: Brasil de Fato