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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 11 de março de 2022

PARTIDO LIBERAL —PF faz operação de busca e apreensão contra três deputados do partido de Jair Bolsonaro

Sexta, 11 de março de 2022

Presidente Jair Bolsonaro ao lado do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, alvo da operação da PF, também do Partido Liberal - Reprodução/Redes Sociais

A suspeita é de desvio de emendas parlamentares

Caroline Oliveira
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 11 de Março de 2022

Três deputados federais do Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, são alvos de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (11). A suspeita é de desvio de recursos de emendas parlamentares.

Os deputados em questão são Josimar de Maranhãozinho (PL-MA), presidente da sigla no estado, Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gildenemir (PL-MA). Todos, de acordo com as investigações da PF, usariam os valores desviados por Maranhãozinho envolvendo empresas de fachada.


A operação, um desdobramento da investigação Ágio Final, deflagrada em dezembro de 2020, faz buscas nas residências dos parlamentares e em escritórios nos respectivos estados, autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, relator do caso.

Esta é a terceira vez que Maranhãozinho é alvo de uma investigação da PF. Em outra, denominada Descalabro, o parlamentar foi associado a um esquema de desvio também de emendas parlamentares destinadas a municípios do Maranhão. Na ocasião, ele foi flagrado em vídeo manuseando uma grande quantidade de maços de dinheiro, em seu escritório, em São Luís.

Segundo as investigações da PF, prefeituras beneficiadas com as emendas mantinham contratos com empresas ligadas ao deputado. Os investigadores atribuíram a Maranhãozinho os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Agora, a suspeita é que Bosco Costa e Pastor Gildenemir utilizem o esquema de desvio de emendas para empresas de fachada.

Nas eleições de 2018, quando Maranhãozinho se tornou deputado federal, seu patrimônio declarado foi de R$ 14,5 milhões. Dez anos antes, no entanto, o parlamentar havia declarado R$ 464 mil à Justiça Eleitoral.

Edição: Vivian Virissimo