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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

BOLSOTERRORISMO —Operação Nero: PF prende bolsonaristas suspeitos de ato golpista com vandalismo em Brasília

Quinta, 29 de dezembro de 2022

Investigações tiveram início depois da tentativa de invasão à sede da Polícia Federal por bolsonaristas - Divulgação/PF

Operação foi chamada de "Nero" em referência ao imperador romano do primeiro século que ateou fogo em Roma

Redação
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 29 de Dezembro de 2022

A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal deflagraram, nesta quinta-feira (29), uma operação contra suspeitos de participarem de uma tentativa de invasão à sede da Polícia Federal e de realizarem atos de vandalismo em Brasília (DF), em 12 de dezembro.

Ao todo, as corporações cumprem 32 ordens judiciais de busca e apreensão e de prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e nos seguintes estados: Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.


Os crimes investigados são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.

A operação ganhou o nome de Nero, em referência ao imperador romano do primeiro século que ateou fogo em Roma.


Segundo a PF, as investigações tiveram início depois da tentativa de invasão à sede da PF. À ocasião, bolsonaristas tentaram resgatar um homem preso pela instituição, no dia 12 de dezembro. Sem sucesso, iniciaram ataques de vandalismo na capital.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, 8 veículos, entre carros e ônibus, foram incendiados pelo grupo. Eles também quebraram vidros de automóveis, depredaram equipamentos públicos e a 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.

De acordo com a Polícia Federal, "o conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo".

Edição: Glauco Faria