Terça, 15 de maio de 2012
Da Agência Brasil
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
O governador do estado de Chubut, Martin Buzzi, no qual
está localizada a sede da empresa petrolífera YPF – expropriada no mês
passado pela presidenta argentina, Cristina Kirchner -, disse que a
iniciativa vai ser “um grande organizador na área da Patagônia”. Ele
lembrou que o pai e o avô trabalharam na empresa. Segundo Buzzi, a
iniciativa seguiu o caminho natural e foi correta.
"Para o território, o mais importante era administrar e governar a
YPF. Está na genética [da região] e no DNA de nosso povo", disse Buzzi.
"Essas coisas são decididas com o coração, mas são resolvidas pela
cabeça.”
Em 16 de abril, Cristina Kirchner surpreendeu o mundo ao anunciar a
expropriação da YPF. A iniciativa gerou críticas na Europa, na Ásia e
nos Estados Unidos, mas obteve o apoio dos argentinos. O governo alegou
que a administração espanhola da empresa era inadequada e não estava
promovendo os lucros esperados.
A decisão provocou receios em investidores estrangeiros. A
presidenta argentina enviou uma comitiva ao Brasil para se reunir com
autoridades, afastar os receios e dizer que os investidores podem
continuar a aplicar no território argentino.
De acordo com Buzzi, a privatização, há 20 anos, da YPF foi um golpe
para a região de Chubut. "Depois de 1991, passamos a ter maior taxa de
desemprego no país. [Na área de] Comodoro Rivadavia, há desemprego
recorde de 14%”, disse ele.
*Com informações da agência pública da Argentina, Telam//Edição: Graça Adjuto