Quinta, 31 de maio de 2012
Procuradores de Goiás e do Distrito Federal se debruçaram
sobre o processo que corre na Justiça Federal em Goiás contra o
empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Nesta
quinta-feira (31), eles estudaram a melhor forma de reverter a decisão
judicial que suspendeu audiências relativas ao processo, que ocorreriam
hoje e amanhã (1º), mas ainda não decidiram que estratégia irão adotar.
Os depoimentos de 14 testemunhas e oito réus, entre eles Cachoeira,
foram suspensos por decisão liminar do desembargador Fernando Tourinho
Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Concedida ontem
(30) à noite, a liminar atendeu ao pedido dos advogados de Cachoeira,
que alegaram cerceamento de defesa.
Para o procurador Carlos Alberto Vilhena, recorrer ao TRF1 contra a
decisão do desembargador não terá efeitos práticos agora, já que o
plenário só deve analisar o pedido daqui a pelo menos uma semana. “Não
há mais a possibilidade de os depoimentos marcados para hoje e amanhã
acontecerem”, resumiu Vilhena, em nota da Procuradoria Regional da
República da Primeira Região (PRR1).
Enquanto o Ministério Público ainda estuda estratégias, a defesa de
Cachoeira definiu que a libertação dele é prioridade neste momento. Ele
está preso desde o dia 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte
Carlo, da Polícia Federal, que apurou esquema de corrupção e de
exploração ilegal de jogos em Goiás. “Vamos continuar trabalhando para
revogar a prisão preventiva. Nos próximos dias, vamos entrar com novos
pedidos de habeas corpus na Justiça”, informou a advogada Dora Cavalcanti à Agência Brasil.
Fonte: Agência Brasil — Débora Zampier, repórter