Sábado, 7 de fevereiro de 2015
Confira a íntegra da nota do Sindipetro-RJ sobre o novo presidente da Petrobrás
A indicação de Aldemir Bendine para
presidente da Petrobrás não mudará em nada os rumos da empresa.
Queríamos que a direção da empresa fosse mais sintonizada com o povo
brasileiro, com a defesa de seu caráter público, com a garantia de
transparência e de combate rigoroso à corrupção. Bendine é um nome de
confiança da Dilma que irá dar continuidade a atual política encaminhada
pela Petrobrás. Continuará o jogo de interesses políticos, a
privatização da empresa, as terceirizações, o apoio aos leilões do
petróleo, o desinvestimento, a discriminação com os trabalhadores, em
especial, os aposentados. Queremos um presidente e uma direção da
Petrobrás sintonizados com a população e que fosse eleita pelos próprios
trabalhadores.
A Petrobrás acabou de ganhar o “Oscar”
da indústria do petróleo. O prêmio OTC (Offshore Tecnology Conference
2015), concorrendo com as principais petroleiras do mundo. Os
trabalhadores petroleiros, muitos que trabalham em áreas complexas como
em refinarias, terminais, plataformas, outros em centros de pesquisa,
setores administrativos, alguns em turnos ininterruptos que incluem
trabalho no carnaval, natal, ano novo. Quando a maioria da população
está de folga com a família, lá está o petroleiro trabalhando. A
sociedade tem que saber que o petroleiro durante a operação “Lava a
Jato” que investiga a corrupção na Petrobrás aumentou a capacidade de
refino, levou a Petrobrás ao primeiro lugar na produção de óleo,
passando a americana Exxon Mobil, e é a quarta do mundo na produção de
óleo e gás. E o pré-sal cuja a tecnologia foi desenvolvida por esses
próprios petroleiros e que já produz 715 mil barris por dia é o
suficiente para abastecer países como Uruguai, Paraguai, Bolívia e Peru.
É desses petroleiros, homens e mulheres
que vestem a camisa da Petrobrás, que o Sindipetro-RJ e a Federação
Nacional dos Petroleiros defende que saia o presidente e a diretoria da
Petrobrás. E que fossem escolhidos pelos próprios trabalhadores, para
evitar os esquemas políticos de corrupção e jogos de interesses escusos.
Emanuel Cancella
Secretário Geral do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros