Segunda, 3 de outubro de 2011
Da Agência Pulsar
Organizações e movimentos sociais exigem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a suspensão do financiamento da estrada na Bolívia que deve cortar o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis).
Organizações e movimentos sociais exigem do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a suspensão do financiamento da estrada na Bolívia que deve cortar o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis).
As entidades, brasileiras e internacionais, afirmam que a instituição também é responsável pelos conflitos no território tradicional. Elas denunciam a violação dos direitos indígenas. Além disso, solicitam a revisão dos contratos assinados entre a Agência Boliviana de Carreteras (ABC) e a empresa brasileira OAS Empreendimentos, à frente das obras.
As
organizações e movimentos sociais, reunidos na Plataforma BNDES,
alertam para um possível superfaturamento das obras. Elas cobram a
apuração de denúncias levadas ao Ministério Público da Bolívia que
indicam o sobrepreço de 800 mil dólares nas obras da estrada.
A
denúncia consta em uma carta protocolada na sede do BNDES há mais de um
mês. O documento foi endereçado ao presidente da instituição, Luciano
Coutinho. Nele consta o pedido para que o governo brasileiro se retrate
publicamente, reconhecendo a importância da luta dos povos indígenas
bolivianos na defesa do território e da natureza.
Até
o momento, as cerca de 60 organizações e movimentos sociais brasileiros
e internacionais que assinaram a carta não obtiveram resposta. A
Plataforma BNDES é uma articulação política que busca democratizar o
Banco, pedindo transparência nas contas da instituição. Também luta por
mudanças no padrão de desenvolvimento promovido pelo BNDES. (pulsar)