Terça, 25 de outubro de 2011
Da Agência Brasil
Débora Zampier - Repórter
Os ex-governadores do Amapá Waldez Góes (PDT) e Pedro Paulo
Dias (PP) responderão na Justiça a uma ação de improbidade proposta pelo
Ministério Público do estado. Os políticos e três ex-secretários de
Planejamento são acusados de reter R$ 68 milhões de valores descontados
no contracheque de servidores públicos que deveriam ser pagos a
instituições financeiras onde eles fizeram empréstimos.
O esquema ocorreu entre 2009 e 2010 e causou prejuízo de R$ 6 milhões
apenas em juros. Essa dívida foi assumida pelo atual governo do estado,
que também negocia como pagar o restante do valor.
De acordo com promotor Afonso Guimarães, existem na Justiça muitas
ações por danos morais envolvendo pessoas que não repassarem dinheiro do
empréstimo. Os bens dos envolvidos no desvio foram requeridos
liminarmente pelo ministério público para garantir o ressarcimento ao
estado.
Waldez Góes e Pedro Paulo Dias foram presos no ano passado durante a
Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, que revelou desvio milionário
de verbas federais no Amapá.