Domingo, 22 de julho de 2012
Bruno Bocchini, repórter da Agência Brasil
São Paulo - Dezenas de pessoas, movimentos sociais e partidos políticos
fizeram hoje (22) na Praça Nicolau Moraes Barros, conhecida pela
comunidade como Praça dos Paraguaios, na zona oeste da capital, um ato
contra o impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que ontem (21) completou um mês.
“Queremos a volta da democracia. Chegamos à conclusão que temos de
lutar pela volta do [presidente Fernando] Lugo”, disse Porfilio Leonor
Ramirez, paraguaio e membro da Associação Japayke (despertar, na língua
guarani), e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos em Luta pela
Paz.
Ramirez criticou a forma como o ex-presidente foi destituído e também o
regime de governo do Paraguai. “A democracia no Paraguai só funciona
para o lado de quem tem dinheiro. Pessoa que não tem dinheiro não tem
direitos no Paraguai”, acrescentou.
Igor Felippe Santos, da coordenação nacional do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), disse que o ocorreu no Paraguai
foi um golpe de Estado. “E os responsáveis pelo golpe de estado tem
nome: é o latifúndio, é o imperialismo, e são os partidos de direita
corruptos, que dominam há anos e anos a política do Paraguai”, disse.