Sábado, 5 de janeiro de 2013
Fernando Fialho favoreceu negócios de empresário no Porto
de Santos quando comandava a Antaq, órgão regulador dos transportes
aquaviários do País que agora está na berlinda por causa da Operação
Porto Seguro da Polícia Federal
Fábio Fabrini e Fausto Macedo - O Estado de S. Paulo
Apadrinhado político do presidente do Congresso, José
Sarney (PMDB-AP), e atual secretário do governo Roseana Sarney (PMDB) no
Maranhão, o ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (Antaq) Fernando Fialho favoreceu um empresário ligado ao
senador com a extensão, por um ano e meio, de um contrato de exploração
do Porto de Santos.
Resolução assinada por ele evitou que o Grupo Rodrimar disputasse
licitação para se manter em área do terminal, cujo arrendamento venceria
em 2011. O contrato prestes a caducar foi unificado a outro, com
vencimento previsto para 2013, sem que nova concorrência fosse feita.
Além disso, a área usada pela empresa para movimentação de cargas
cresceu.
As investigações da Polícia Federal na Operação Porto Seguro
desmantelaram um esquema que atuava em favor de empresários com
interesses, entre outros, no Porto de Santos. Diretores de agências
reguladoras, como Paulo Vieira (ex-Agência Nacional de Águas), foram
denunciados. Fialho não está na lista.
O dono da Rodrimar é Antônio Celso Grecco, que tem ligações com o clã
Sarney e é amigo pessoal de Fialho, que conheceu no mercado portuário. O
grupo costuma se encontrar nos gabinetes de órgãos públicos e em festas
em Brasília e no Maranhão.
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