Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 16 de março de 2013

Sem críticas a Feliciano, evangélicos divulgam nota de repúdio contra indicação na CDH

Sábado, 16 de março de 2013
Do Congresso em Foco
Marco Feliciano/Divulgação
Pastor, cantor e empresário: deputado vê crescerem pressões contra sua indicação na CDH

Sem qualquer crítica ao presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da Câmara, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), a Aliança Cristã Evangélica Brasileira (AEvB) divulgou nota em que condena a disputa política que resultou na concessão do comando do colegiado a um parlamentar evangélico. Desde que foi eleito para o comando da comissão, em 7 de março, Feliciano tem provocado crescente rejeição de movimentos sociais ligados aos direitos humanos e representantes de minorias em todo o Brasil, com protestos se multiplicando em diversas cidades brasileiras.

Demonstrando sua “inconformidade” com a situação, a AEvB condenou os caminhos que levaram à posse de Feliciano na CDH. “Ela [a indicação do deputado] reproduziu as velhas práticas da cultura política brasileira quanto à distribuição de cargos e benefícios, sem necessariamente representar os interesses e as necessidades da sociedade brasileira. Práticas que se verificaram também no que se refere a outras comissões, gerando as suas próprias contradições”, diz trecho da nota.

Na Câmara, as reuniões da CDH, quando não são fechadas ao público, são realizadas em meio a ofensas, gritaria e nenhum avanço na pauta legislativa. Deputados quase saíram no tapa em uma dessas ocasiões. Os deputados Domingos Dutra (PT-MA) e Takaiama (PSC-PR) chegaram a trocar empurrões – o petista, em momento de maior exasperação, chegou a pular uma bancada para alcançar o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), alinhado aos ideais religiosos de Feliciano, mas foi contido por colegas.