Sábado, 11 de maio de 2013
O Estádio Mané Garrincha, em Brasília, é um exemplo de como as obras públicas no Brasil são delirantes, demoradas e absurdamente caras
Em ÉPOCA desta semana, duas reportagens abordam nossa
cultura de atrasos em obras públicas. Uma relata por que a construção do
Estádio Mané Garrincha, em Brasília, é uma das empreitadas mais
delirantes já feitas com dinheiro público no Brasil. Outra investiga as
principais causas do não cumprimento de prazos nos projetos públicos no
país.
Leia abaixo um trecho da reportagem sobre o Estádio Mané Garrincha:
CAPÍTULO 1
O projeto
Em dezembro de 2006, o arquiteto Eduardo de Castro Mello descobriu pela TV que o Brasil seria candidato à sede da Copa de 2014. “A candidatura do Brasil é legítima e tem o apoio de todas as Federações da América do Sul”, disse Ricardo Teixeira, então presidente da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. “O presidente Lula já deu repetidas vezes prova de que será um agente fundamental para a realização da Copa do Mundo. E a iniciativa privada dará a resposta, que, tenho certeza, será positiva.” O plano inicial de Teixeira, como vendido ao público, desenhava o melhor dos mundos para o Brasil: o país, se escolhido sede da Copa, receberia um dos maiores eventos esportivos do planeta – e não pagaria nada por isso. “Não vai ter dinheiro público”, disse Teixeira.
O projeto
Em dezembro de 2006, o arquiteto Eduardo de Castro Mello descobriu pela TV que o Brasil seria candidato à sede da Copa de 2014. “A candidatura do Brasil é legítima e tem o apoio de todas as Federações da América do Sul”, disse Ricardo Teixeira, então presidente da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. “O presidente Lula já deu repetidas vezes prova de que será um agente fundamental para a realização da Copa do Mundo. E a iniciativa privada dará a resposta, que, tenho certeza, será positiva.” O plano inicial de Teixeira, como vendido ao público, desenhava o melhor dos mundos para o Brasil: o país, se escolhido sede da Copa, receberia um dos maiores eventos esportivos do planeta – e não pagaria nada por isso. “Não vai ter dinheiro público”, disse Teixeira.