Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 17 de agosto de 2013

Amarildos e Murilos acendem discussão sobre militarização da polícia

Sábado, 17 de agosto de 2013 

ONGs de Direitos Humanos abordam o tema e investigam existência de cemitérios clandestinos


Jornal do Brasil — Claudia Freitas
No dia 16 de julho, enquanto a população do Rio de Janeiro tomava as ruas do Centro da cidade pedindo o fim da corrupção, um pequeno grupo de manifestantes se concentrava na entrada da favela da Rocinha, na Zona Sul, com cartazes improvisados em cartolina, com a pergunta: Cadê o Amarildo?. A cena foi registrada por curiosos e postada nas redes sociais. Em poucos dias, o suposto assassinato do pedreiro Amarildo de Souza, por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, onde ele morava, ganhou repercussão internacional. 

Já em Goiânia, a dona de casa Maria das Graças Soares investiga quase que sozinha, há oito anos, o sumiço do seu filho, Murilo Soares, uma das 39 pessoas que desapareceram após serem abordadas por policiais militares na região metropolitana da cidade. Após incontáveis relatos como os citados agora, Organizações de Direitos Humanos buscam nas lembranças da ditadura militar um termo para expressar o preocupante e atual retrato da violência no Brasil: a militarização da polícia, relacionada diretamente com os casos de desaparecimento de pessoas.

Protesto da família de Amarildo começou timidamente, mas ganhou repercussão
Protesto da família de Amarildo começou timidamente, mas ganhou repercussão
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