Quinta, 10 de agosto de 2017
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin decidiu hoje (10) não incluir o presidente Michel Temer no
inquérito que investiga integrantes do PMDB da Câmara dos Deputados no
âmbito da Operação Lava Jato. O pedido foi feito pelo procurador-geral
da República, Rodrigo Janot.
Na decisão, Fachin entendeu que o presidente já é investigado pelo
crime de organização criminosa no inquérito que foi aberto pelo Supremo a
partir das delações da JBS, sendo “desnecessária” a inclusão de Temer
em outro inquérito.
O pedido para incluir o presidente no
inquérito que investiga o PMDB havia sido feito pela Polícia Federal
(PF), o que levou Fachin a solicitar a manifestação de Janot sobre o
assunto. O procurador-geral da República disse que a organização
criminosa que permitiu ao presidente cometer os crimes pelo qual foi
denunciado no Inquérito 4.483 (em que Temer foi denunciado por corrupção
passiva e está suspenso após a continuidade do processo não ter sido
aprovada na Câmara dos Deputados), na verdade, estaria inserida no
contexto maior da Lava Jato.
O inquérito sobre o PMDB tem, no
momento, 15 investigados, entre eles, o deputado cassado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves.