Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

No Gama, cidadão pede socorro na porta do COSE (Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos)

Quarta, 28 de fevereiro de 2018
Do Portal Gama Cidadão
Por Lucas Lieggio

A quem interessa esse empobrecimento?

É mais que um pedido de socorro. É uma súplica

Um homem desvalido acampou na frente do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (COSE), órgão da secretaria do Desenvolvimento Social no Setor Sul do Gama. Ali ele dorme come bebe e faz suas necessidades é comum as pessoas vê-lo andando nu pelo local. A portaria do COSE está a menos de 20m de onde este homem está acampado e ninguém toma providência. Até parece que eles gostam de assistir o sofrimento daquele homem e o padecimento da comunidade que observa sem poder fazer nada.

O uberlandense, Paulo Alberto, 40 anos, está vivendo na rua em frente ao COSE no Gama. Ele vem passando por situação muito difícil e não recebe nenhum tipo de assistência, principalmente do Governo local. A equipe do Gama Cidadão foi lá conferir e pode-se observar como Paulo vive em condições precárias. No momento da nossa “visita” ele estava passando mal.

A secretaria do Desenvolvimento Social não tem mostrado serviço, principalmente no que tange a questão de moradores de rua. Qualquer proposta política do governo local para que esta secretaria não tem mostrado resultados positivos.


Só aqui no COSE, em frente à quadra 13, tem mais de três pessoas vivendo na rua. O COSE não faz absolutamente nada para ajudar. O local onde está instalado tem 19 salas ociosas, banheiros, cozinha e área de convivência. Mas não são capazes de atravessar a rua e estender a mão para quem mais precisam.
 

Outro cidadão na frente da secretaria do Desenvolvimento Social na Rodoviária do Plano Piloto. Foto: Marco Gomes

A situação de vida nas ruas da cidade é alarmante.

Os moradores de rua são um grupo heterogêneo, isto é, pessoas que vêm de diferentes vivências e que estão nessa situação pelas mais variadas razões. Há fatores, porém, que os unem: a falta de uma moradia fixa, de um lugar para dormir temporária ou permanentemente e vínculos familiares que foram interrompidos ou fragilizados.

Até quando teremos que conviver com isso?!

Da redação do Gama Cidadão