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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Guedes chama ministro Marcos Pontes de burro e diz que no Brasil não falta dinheiro, e sim, gestão


Quarta, 27 de outubro de 2021
© FOTO / DIVULGAÇÃO/MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÕES
Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, em Lisboa, em 1º de junho de 2021

Da Agência Sputnik

Titular da Economia critica gestão do ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, a quem se referiu como "o astronauta". Segundo mídia, Guedes também teria feito um autoquestionamento sobre o que ele próprio estava fazendo no governo.

Em uma reunião fechada no final da tarde de ontem (26), o ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou colegas do próprio governo de incompetentes, e se referiu ao ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, como burro, afirmando em seguida que "às vezes eu mesmo me pergunto o que estou fazendo aqui", segundo a Folha de São Paulo.

Na visão de Guedes, o que falta para o Brasil não é dinheiro, e sim, gestão.

De acordo com a mídia, o titular da Economia considera que há muita incompetência na gestão do dinheiro público, que ministros não executam os recursos que estão disponíveis e deixam valores parados, sem utilização.

A menção de Guedes a Marcos Pontes origina de uma reclamação feita por Pontes sobre o corte nos valores da pasta, sob o qual cerca de 50% da execução orçamentária até agora não foi executada, segundo o ministério da Ciência e Tecnologia.

Durante a reunião, Guedes teria se queixado do ministério da Ciência e Tecnologia, mencionando que sempre defendeu investimentos na área da ciência, entretanto, o dinheiro teria parado em "foguetes", e foi neste momento, segundo a mídia, que o chefe da Economia chamou Pontes de "burro".
O ministro ainda declarou que poderia conversar para devolver o dinheiro cortado da pasta, mas especificou que não negociará com o "astronauta", termo utilizado por Guedes para se referir a Marcos Pontes.

O setor da Economia do governo Bolsonaro vem passando por pressões e muitas críticas, não só pela alta dos preços, como pela ampliação de programas de auxílio sobre os quais não se sabe de onde sairá orçamento para bancá-los.