Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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quinta-feira, 24 de março de 2016

Lava Jato: Moro envia ao Supremo investigação sobre Lula

Quinta, 24 de março de 2016
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro determinou o envio ao Supremo Tribunal Federal (STF) de parte da investigação da Operação Lava Jato que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parentes e pessoas ligadas a ele. Moro cumpriu determinação do ministro Teori Zavascki. Na última terça-feira (22), o ministro mandou suspender a apuração e cobrou explicações de Moro sobre a decisão que retirou o sigilo das interceptações envolvendo Lula e a presidenta Dilma Rousseff.

Em despacho proferido ontem (23), Moro determinou remessa de todos os procedimentos investigatórios que envolvem o ex-presidente e decidiu que o material colhido nas buscas e apreensões realizadas pela Operação Aletheia, que investiga Lula, continue armazenado na Polícia Federal para que fique à disposição da Corte.

segunda-feira, 21 de março de 2016

O combate à corrupção e os grampos legais: Força-tarefa da Lava Jato em Curitiba divulga nota à imprensa

Segunda, 21 de março de 2016
Do MPF no Paraná

Leia a nota

Os procuradores da República do caso Lava Jato em Curitiba esclarecem que as interceptações telefônicas foram legalmente determinadas pelo Juízo da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba
Força-tarefa da Lava Jato em Curitiba divulga nota à imprensa
Força-tarefa da Lava Jato em Curitiba divulga nota à imprensa:

"Os procuradores da República do caso Lava Jato em Curitiba têm o dever de esclarecer que as interceptações telefônicas foram legalmente determinadas pelo Juízo da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba.

As tentativas de amedrontar policiais federais, auditores da Receita Federal, procuradores da República e o juiz federal Sérgio Moro devem ser repudiadas. Os atentados à investigação revelam a extensão do abuso de poder e do descaso com o Estado Democrático de Direito na República.

As conversas telefônicas constituem evidências de obstrução à investigação, em uma guerra subterrânea e desleal travada nas sombras, longe dos tribunais. O Estado Democrático não existe sem o Direito. Não há Direito sem um Poder Judiciário independente. Não há independência do Poder Judiciário se não forem respeitadas as suas decisões.

A força das investigações na Lava Jato deriva da busca da verdade e da Justiça, com base em princípios e regras compartilhados com a sociedade e estabelecidos na Constituição. O Ministério Público Brasileiro e a Justiça não se amedrontarão e darão fiel cumprimento à lei.
Todos os atos processuais da investigação Lava Jato são submetidos a diversas instâncias do Poder Judiciário, conforme o devido processo legal, e é essa a forma própria de discussão das investigações e das decisões.

Ressaltamos que as decisões judiciais foram proferidas a pedido do Ministério Público Federal, por seus procuradores da República, os quais assumem publicamente a sua responsabilidade pela condução das investigações.
Por fim, reafirmamos nossa confiança nas instituições democráticas, no funcionamento do Poder Judiciário, no princípio Republicano e, sobretudo, no primado de que todos são iguais perante a Lei."

Procuradores da República da força-tarefa do caso Lava Jato:
Antonio Carlos Welter
Athayde Ribeiro Costa
Carlos Fernando dos Santos Lima
Deltan Martinazzo Dallagnol
Diogo Castor de Mattos
Isabel Cristina Groba Vieira
Januário Paludo
Jerusa Burmann Viecili
Julio Carlos Motta Noronha
Laura Gonçalves Tessler
Orlando Martello Junior
Paulo Roberto Galvão de Carvalho
Roberson Henrique Pozzobon

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Justiça concede liminar pra impedir acesso às conversas de advogados grampeados na Operação Firewall 2, onde ativistas foram presos

Quarta, 17 de setembro de 2014
Do DDH
Instituto de Defensores de Direitos Humanos


O desembargador Siro Darlan, da Sétima Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, concedeu liminar, em mandado de segurança impetrado pela Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro contra ato do Juízo da 27ª Vara Criminal, para vetar o acesso às transcrições e áudios de conversas gravadas em que figurem como interlocutor qualquer dos advogados no exercício de sua função, bem como de todas as interceptações telefônicas do telefone fixo e celulares utilizados pelos advogados membros do DDH.

sábado, 16 de agosto de 2014

EDWARD SNOWDEN: Capa da ‘Wired’, ex-técnico faz novas revelações sobre a NSA

Sábado, 16 de agosto de 2014
Tradução: Fernanda Lizardo, edição de Leticia Nunes. Com informações de Jack Mirkinson [“Wired's Edward Snowden Cover Shows Him Holding The American Flag”, The Huffington Post, 13/8/14], Jody Serrano [“Edward Snowden divulges more NSA secrets”, Politico, 13/8/14] e Lily Hay Newman [“Snowden: NSA, Not Assad Regime, to Blame for Two-Day Syrian Internet Outage”, Slate, 13/8/14]
Edward Snowden está na capa da edição de setembro de 2014 da revista Wired, na qual posa de maneira provocativa, aninhado a uma bandeira dos Estados Unidos. Recentemente, o ex-funcionário da NSA acusado de traição pelo governo americano conseguiu autorização para permanecer na Rússia por mais três anos.

Scott Dadich, editor da Wired, disse que Snowden hesitou antes de posar com a bandeira. “Ele temia que posar com a bandeira pudesse irritar as pessoas, mas disse que o gesto significava muito, pois amava seu país”, afirmou ao Huffington Post.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Romper os acordos militares com os EUA e suspender o leilão do Campo de Libra

Quarta, 25 de setembro de 2013
(Nota Política do PCB)
Como já é de conhecimento da população, após denúncias feitas pelo ex-agente do governo dos EUA, Edward Snowden, a espionagem digital - através de telefones, e-mails e redes sociais - das agências norte-americanas no Brasil atinge agentes do governo – incluindo a presidente da República, Dilma Rousseff -, as empresas estratégicas, como a Petrobras, além da população de forma geral - e dentre ela - não duvidamos que sejam alvos os militantes à esquerda do espectro político.

Nesta semana, não para nossa surpresa, foi revelado em matéria da Folha de S. Paulo (não contestada, seja pela Polícia Federal, pela chancelaria brasileira ou pela diplomacia dos EUA), que agentes da CIA atuam livremente no Brasil, dentro de unidades da Polícia Federal em Brasília, tendo influência direta sobre o trabalho da Divisão Antiterrorismo (DAT) da PF brasileira.

A matéria cita ainda que, em 2004, durante o governo Lula, agentes da CIA participaram de ação policial “Operação Vampiro” e, em 2005, também durante o período Lula, estiveram diretamente envolvidos no rastreamento do lutador de jiu-jítsu Gouram Abdel Hakim, suspeito de pertencer a uma célula da rede terrorista Al Qaeda.

A suposição de existência de células da Al Qaeda – a mesma que é apoiada financeira e logisticamente pelo governo Obama na Síria, diga-se de passagem -, aliás, é usada como uma pretensa justificativa para a atuação de agências de espionagem e militares dos EUA na Tríplice Fronteira (região entre Brasil, Paraguai e Argentina riquíssima em reservas de água potável).

A matéria da Folha não deixa margem para dúvidas: não é surpresa para o governo - a não ser que ocorra sistemática quebra de comando na Polícia Federal -, que agentes da inteligência norte-americana se envolvam em assuntos internos brasileiros, chegando ao ponto de atuar em ações de nossa Polícia Federal.

Agora, com as revelações de Edward Snowden jogando luz num assunto que a maioria do governo gostaria de ver escondido, a despeito da verborragia cínica para consumo interno, Dilma Rousseff se viu obrigada a tomar alguma atitude – e joga para a platéia ao cancelar uma visita aos EUA, depois de combinar o gesto com o próprio Obama.

Para o PCB, pouco resultado prático existe nesse cancelamento de viagem para a recuperação da soberania brasileira. Necessitamos sim, em primeiro lugar, é do completo rompimento dos acordos militares com os EUA, que permitem a ocorrência diária de situações como as descritas pela imprensa.

E que, por conseguinte, envolvem sob cortina de fumaça todo o verdadeiro conjunto de motivos que levam o Brasil a assinar acordos de cooperação militar com estados terroristas como a Colômbia e Israel.

Desde 2010 o PCB vem denunciando a inconveniência e a irresponsabilidade de tais acordos. Em artigo de maio daquele ano, assinado pelo secretário-geral Ivan Pinheiro, já denunciávamos o tipo de situações a que poderíamos ser submetidos pela assinatura de tais acordos:

“Através desse acordo, os EUA concedem ao Brasil o total de 5,44 milhões de dólares para treinamento da Polícia Federal brasileira em projetos que vão desde “Técnicas de vigilância e agentes disfarçados”, “Coleta, processamento e disseminação de dados e inteligência”, “Combate ao crime urbano”e , o mais grave, “Treinamento em ações Transfronteiriças”, ou seja, as partes se declaram no direito de invadir países limítrofes ao Brasil. Além do Brasil abrir mão de sua soberania ainda ameaça a de nossos vizinhos.”

A abrangência de itens como “Coleta, processamento e disseminação de dados e inteligência” e “Combate ao crime urbano” pode estar por trás, por exemplo, da pressão de setores empresariais e de extrema-direita para a criação e manutenção de legislação restritiva que institui o crime de “terrorismo” no Brasil, sob a desculpa de garantir a “segurança” dos mega eventos esportivos.

Através desses acordos, todo e qualquer brasileiro que se levante contra os odiosos interesses imperiais dos EUA pode se tornar alvo. É o que denunciávamos em 2010, quando mesmo setores da esquerda (e todo o governo) se calaram diante de nossa denúncia.

Cancelar viagens, jantares e rapapés não soluciona a situação, presidente Dilma. A senhora deve romper o acordo militar com os EUA e suspender imediatamente o leilão do Campo de Libra que, se já era vergonhoso, agora é mais ainda, com a descoberta da espionagem à Petrobras.

Comitê Central do PCB

*Leia as denúncias que fizemos em 2010:

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Documentos indicam que Petrobrás é espionada por agência americana

Segunda, 9 de setembro de 203
Papéis revelados pelo ex-agente Edward Snowden, mostrados pelo Fantástico, indicam que rede de computadores da empresa foi invadida pela NSA

Gabriel Manzano - O Estado de S. Paulo
Documentos secretos em poder do ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden indicam que a rede privada de computadores da Petrobrás é espionada pela Agencia Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. A informação foi publicada na noite deste domingo, 8, pelo Fantástico, da TV Globo.
 
A emissora disse ter tido acesso a documentos obtidos pelo agente - atualmente asilado na Rússia - entre os milhares vazados em junho passado. Os dados, concluiu a Globo, desmentem a alegação da NSA de que não faz espionagem com objetivos econômicos.

A reportagem traz dados, fichas e textos de aulas dadas pela NSA, em maio passado, no treinamento de agentes encarregados de espionar redes privadas de computadores. O nome da Petrobrás é um dos primeiros a aparecer nos slides mostrados nessas aulas - e reaparece outras vezes, à medida que o treinamento vai avançando. Nâo foram divulgados detalhes sobre que tipo de dados foram capturados pela agência americana. Leia a íntegra

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ação para defesa cibernética recebeu apenas 31% do previsto ano passado

Segunda, 15 de julho de 201
Dyelle Menezes
Do Contas Abertas

Em reunião do Mercosul em Montevidéu, os presidentes dos países-membros do bloco (Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela) rechaçaram as atividades de espionagem realizadas pelo governo dos Estados Unidos e defenderam o asilo político ao ex-técnico da CIA Edward Snowden. Em resolução contundente, os membros do bloco anunciaram sua decisão de convocar para consultas os embaixadores acreditados junto aos países europeus envolvidos para que informem sobre os fatos ocorridos.

Enquanto cobra explicações dos EUA, o Brasil não faz o dever de casa. Entre as ações do programa “Política Nacional de Defesa”, está a rubrica denominada "Implantação do sistema de defesa cibernética". No orçamento da União de 2012, a iniciativa ação teve dotação autorizada de R$ 111,0 milhões, dos quais R$ 61,6 milhões foram empenhados, mas apenas R$ 34,4 milhões foram efetivamente pagos, o equivalente 31% do total. Vale ressaltar, que R$ 49,4 milhões constituíram crédito orçamentário perdido, visto que sequer foi empenhado.

O objetivo da iniciativa é implementar na esfera da Força Terrestre da capacidade operacional de pronta resposta de defesa em áreas sensíveis nos campos civil, industrial e militar. A intenção é que as estruturas possibilitem a atuação em cenários de ataques de natureza cibernética, de forma coerente com a Estratégia Nacional de Defesa.

A ação é implementada pela infraestrutura de ciência e tecnologia do Exército, por execução própria, parcerias ou contratações, sob a supervisão do Departamento de Ciência e Tecnologia e do Estado-Maior do Exército, e as auditorias realizadas pelo Centro de Controle Interno do Exército (CCIEx) e demais órgãos de controle.

Jornalista que revelou espionagem americana falará ao Senado na terça

Segunda, 15 de julho de 2013
Paola Lima
Agência Senado

As denúncias sobre a existência de uma rede de espionagem montada no Brasil pelo governo dos Estados Unidos serão discutidas nesta terça-feira (16) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). A comissão vai receber em audiência pública o colunista Glenn Greenwald, do jornal britânico The Guardian, responsável por expor os programas secretos americanos de interceptação de dados vazados pelo ex-técnico da agência de segurança americana (NSA) Edward Snowden.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da CRE e um dos autores do requerimento de audiência, disse que espera ouvir de Greenwald informações mais precisas sobre o monitoramento feito pelos americanos no país. A CRE deve elaborar um relatório detalhado a respeito do assunto, incluindo falhas dos sistemas de segurança brasileiros, e cobrar uma atitude firme do governo.

Snowden é mantido sob vigilância permanente em área de trânsito em Moscou

Segunda, 15 de julho de 2013
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
O ex-consultor norte-americano Edward Snowden, que denunciou o esquema de espionagem pelos Estados Unidos a cidadãos do seu país e estrangeiros, é mantido sob vigilância permanente no hotel de trânsito em que está hospedado, no aeroporto Sheremetievo, em Moscou, na Rússia. As informações são da agência de notícias não governamental Interfax.

Segundo relatos, o norte-americano tem um quarto reservado, mas ele pode escolher entre ficar no local ou ir para a área destinada ao descanso dos funcionários que trabalham na zona de trânsito. No aeroporto, foram tomadas medidas especiais, como uma guarda constante ao local onde está Snowden.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Alta comissária da ONU critica espionagem e defende proteção para Snowden

Sexta, 12 de julho de 2013
Marcelo Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A alta comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Navi Pillay, criticou nesta sexta-feira (12) casos em que os Estados Unidos teriam monitorado cidadãos de diversos países, esquema que foi denunciado pelo ex-prestador de serviço da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), Edward Snowden.

“Tanto o Artigo 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Artigo 17 do Pacto Internacional sobre o Estado dos Direitos Civis e Políticos afirmam que ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, familiar, em domicílio ou entre correspondências, e que todos têm o direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques”, diz Navi Pillay. Ela também alertou que o excesso de monitoramento com a justificativa de garantir a segurança nacional traz um risco de ferir os direitos humanos e as liberdades fundamentais.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Espionagem: Norte-americanos preparam manifestações em apoio a Snowden

Quinta, 11 de julho de 2013
Renata Giraldi* 
Repórter da Agência Brasil
Representantes de movimentos civis norte-americanos prometem para hoje (11) manifestações nas principais ruas de Washington (capital dos Estados Unidos) em apoio ao consultor Edward Snowden, que denunciou o monitoramento de dados de cidadãos – norte-americanos e estrangeiros - pelos Estados Unidos. Houve reações no Brasil e em vários países da América Latina e da Europa às denúncias e pedidos de informações às autoridades norte-americanas.

Os manifestantes organizaram marchas passando em frente às embaixadas da Bolívia, Nicarágua e Venezuela, seguindo depois para a sede do Departamento de Justiça norte-americano para protestar contra o que chamam de campanha de perseguição a Snowden e exigir o fim da espionagem.

Em comunicado, eles disseram que o objetivo dos atos é “agradecer” aos países da América Latina que ofereceram asilo político a Snowden e exigir que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (cuja sigla em inglês é NSA) acabe com a “espionagem ilegal”.

Media Benjamin, um dos responsáveis pelos protestos, elogiou a disposição dos latino-americanos de reagir aos Estados Unidos. Michael Bochenek, da organização não governamental Anistia Internacional classificou de “deplorável” a pressão dos Estados Unidos para que os governos não concedam asilo político a Snowden.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Valentia oportuna

Quarta, 10 de julho de 2013
Por Ivan de Carvalho
O governo brasileiro inicialmente não deu um pio sobre a denúncia de Edward Snowden – muito menos em defesa dele, apontado pelo governo dos Estados Unidos como um delator bandido (a palavra delator foi adotada por quase toda a grande mídia brasileira, papagaiando o discurso das autoridades americanas).

Embora seja óbvio que Snowden é, não um delator bandido, mas um denunciante herói, que deixou namorada, vida muito confortável e invejável remuneração como analista de informática de uma empresa que presta serviços à NSA (sigla, em inglês, da Agência Nacional de Segurança, a mais secreta e poderosa das agências de espionagem e segurança norte-americanas, com segredos que até o presidente dos Estados Unidos talvez desconheça, dentro da filosofia de que “ele não precisa saber”. Nem querem que ele saiba, claro).

Pois Snowden denunciou que a NSA (em colaboração com a CIA e certamente, dentro dos Estados Unidos, o FBI) – estava espionando as comunicações, em larga escala, de moradores nos EUA e de pessoas residentes em um número grande de outros países, por meio de dados obtidos (com ordem judicial para moradores nos EUA) ou sem ela, para moradores no exterior, de empresas de telefonia e da Internet, com a participação preponderante da segunda maior empresa de telefonia dos Estados Unidos e do Google, Facebook, Microsoft, Apple e Skype.

Antes de denúncia começar a ser publicada pelos jornais Washington Post, The Guardian e pelo site Wiki Leaks, Snowden, sabedor que passaria a ser perseguido, deixou o território americano. Ontem, estava numa área de trânsito de um aeroporto de Moscou. Pediu asilo político a 27 países. A Rússia disse daria o asilo se Snowden parasse com as denúncias sobre o monitoramente dos Estados Unidos sobre as comunicações internas e mundiais, mas afirmou saber que ele não estava disposto a isso.

O Brasil nem se dignou responder ao pedido de asilo que lhe foi feito pelo denunciante, o que, na “linguagem” diplomática, significa negativa. Mas ontem, o próprio ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, se encarregou de declarar que o asilo não será concedido. Dos 27 países, somente a Bolívia, a Nicarágua e a Venezuela comunicaram que concederiam o asilo. Ontem, o chefe do Comitê de Relações Exteriores do Parlamento russo, Alexei Pushkov, colocou no Twitter que Snowden aceitou a oferta do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Depois, corrigiu, afirmando que ouvira a informação assistindo a televisão estatal russa Vesti 24.

No começo da noite, o caso, no âmbito internacional, estava nesse pé. No âmbito brasileiro, estava provocando – aliás, desde a véspera – o maior remelexo. Quando o jornal inglês The Guardian noticiou que, pelos documentos fornecidos por Snowden, a NSA e a CIA mantiveram em Brasília uma base de monitoramento de comunicações que espionou o conteúdo de bilhões de telefonemas e e-mails no país, um dos principais alvos desse monitoramento no mundo, segundo Edward Snowden.

Os documentos mostravam a existência da “base” – operada por especialistas da NSA e CIA sob o disfarce de diplomatas – somente até o início da década, mas você pode apostar tudo que tiver, sem medo de perder, que com a persistência desta base ou sem ela (a tecnologia evolui, o governo dos EUA tem acesso direto aos cabos de fibra ótica em seu território, dos quais pode, tecnicamente, captar os dados que quiser).

Quando o governo brasileiro “soube” desse segredo de polichinelo (recentemente li dois livros, um sobre o Google, outro, a transcrição de uma conversa gravada com Julian Assange e mais três conhecidos especialistas em Internet e críticos do rumo que a rede vem tomando com a interferência dos governos) todo ele foi assaltado por uma babreza de arrepiar. Arrepiaram a presidente Dilma Rousseff, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o da Justiça, José Eduardo Cardoso. A presidente convocou o embaixador americano para pedir explicações e mandou criar um grupo de investigação, pois o tal monitoramento fere, como ela bem disse, a soberania e a cidadania, esta por quebrar a privacidade dos cidadãos. Valentia vi aí. Tanta que é capaz de ser comemorada nas manifestações de amanhã programadas pelas centrais sindicais governistas, o PT e alguns partidos afiliados, tudo sob estímulo oficial.
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Este artigo foi publicado originariamente na Tribuna da Bahia desta quarta.
Ivan de Carvalho é jornalista baiano.
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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Obama e EUA devassam a vida de milhões, o Brasil é contra protesto

Segunda, 8 de julho de 2013
O desgaste, desprestígio e desastre diplomático dos EUA aumentam diariamente. Devassou a vida particular de milhões de pessoas, chama de traidor o jovem que denunciou tudo. Os países do Mercosul e do Unasul, constrangidíssimos, “protestaram” a respeito do que o presidente dos EUA fez contra o presidente da Bolívia. Alguns “protestaram pedindo desculpas”.

O Brasil lidera “o não protesto”, afirma que o caso não tem tanta importância. Pois ontem, em manchete de primeira página, O Globo informa: “Os EUA devassaram a privacidade de milhões de brasileiros”.

E Dona Dilma, derrotada em tudo que se mete, nem assim resolve intervir e apoiar os países da América do Sul. Até quando? Será necessário que até isso entre na pauta dos protestos e reivindicações das ruas? E o prestígio do Brasil?

(Da coluna de Helio Fernandes na Tribuna da Imprensa desta segunda)

domingo, 7 de julho de 2013

Comprovado: EUA espionaram milhões de e-mails e ligações de brasileiros

Domingo, 7 de julho de 2013
Fonte: Tribuna da Imprensa
Glenn Greenwald, Roberto Kaz e José Casado
(O Globo)

Na última década, pessoas residentes ou em trânsito no Brasil, assim como empresas instaladas no país, se tornaram alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency – NSA, na sigla em inglês). Não há números precisos, mas em janeiro passado o Brasil ficou pouco atrás dos Estados Unidos, que teve 2,3 bilhões de telefonemas e mensagens espionados.

É o que demonstram documentos aos quais O GLOBO teve acesso. Eles foram coletados por Edward Joseph Snowden, técnico em redes de computação que nos últimos quatro anos trabalhou em programas da NSA entre cerca de 54 mil funcionários de empresas privadas subcontratadas – como a Booz Allen Hamilton e a Dell Corporation. 

sábado, 6 de julho de 2013

A ilegalidade é a nova normalidade

Sábado, 6 de julho de 2013
De resistir.info
por Paul Craig Roberts [*]



Em vários artigos e no meu último livro, The Failure of Laissez Faire Capitalism And Economic Dissolution Of The West , tenho destacado que a crise de dívida soberana europeia está a ser utilizada para acabar com a soberania dos países que são membros da UE.

Não há dúvida de que isto é verdadeiro, mas a soberania dos estados membros da UE é apenas nominal. Embora os países individuais ainda retenham alguma soberania em relação ao governo da UE, eles estão todos sob o polegar de Washington, como se demonstrou com a recente ação ilegal e hostil imposta pelas ordens de Washington à França, Itália, Espanha, Portugal e Áustria contra o avião que transportava o Presidente da Bolívia, Evo Morales.


Retornando à Bolívia desde Moscovo, ao avião de Morales foi negada autorização de sobrevoo e reabastecimento pelos fantoches franceses, italianos, espanhóis e portugueses de Washington. Foi obrigado a aterrar na Áustria, onde o avião foi vasculhado em busca de Edward Snowden. Era um jogo de poder por parte de Washington sequestrar Snowden do avião presidencial da Bolívia em desafio ao direito internacional e ensinar a reformadores surgidos do nada, como Morales, que não é permitida independência às ordens de Washington.


Os estados fantoches europeus cooperaram com esta extraordinária violação da diplomacia e do direito internacional apesar do facto de cada um dos países estar raivoso por Washington espionar seus governos, diplomatas e cidadãos. Os seus agradecimentos a Snowden, cujas revelações os fizeram conscientes de que Washington estava a registar todas as suas comunicações, foi ajudar Washington a capturar Snowden.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Brasil recusa asilo a Snowden. Voltamos a ser quintal dos EUA?

Quarta, 3 de julho de 2013
 
A notícia é da Folha de S. Paulo e tem como título Brasil ignora solicitação de asilo de delator americano.

Começa errada, pois rotular Edward Snowden de delator é alinhar-se com a infame posição do governo estadunidense, colaborando com a estigmatização de um justo.

Se um governo comete flagrantes ilegalidades, como a de espionar em massa seus próprios cidadãos, qualquer homem digno que disto tome conhecimento, funcionário ou não, tem o direito e até o dever de denunciar tal prática ilícita. Snowden, portanto, é DENUNCIANTE, não delator. Nada fez que justificasse prisão; merecia, isto sim, medalhas, porque HERÓI ele é. 

Assim como Julian Assange e Bradley Manning são incontestáveis HERÓIS da luta pela transparência das ações governamentais. Os três colocaram sua liberdade e sua sanidade em risco para exporem os terríveis abusos de poder cometidos por altas autoridades dos EUA. 

Quem deveria ser processado é, para começar, o diretor da Agência de Segurança Nacional dos EUA, general Keith Alexander. E todos os funcionários que obedeceram a suas ordens arbitrárias. E o próprio presidente Barack Obama, se ficar provado que tinha conhecimento desta arapongagem em larga escala e a autorizou.

Em fuga pelo mundo, Snowden ora se encontra num aeroporto de Moscou. A Rússia se recusa a entregá-lo aos EUA e até admite sua permanência, desde que se sujeite a uma imposição para ele inaceitável: nada mais fazer para  prejudicar  o governo estadunidense. Ou seja, que aceite ser manietado em benefício da tranquilidade de terroristas de estado.

Tentando conseguir um asilo sem tal condicionante, ele mandou carta a 21 países, inclusive o nosso.

Segundo a Folha, o porta-voz do Itamaraty, Tovar Mendes declarou o seguinte:
"O Brasil não vai reagir à carta com pedido de asilo. Nem sequer considerará seu mérito, pois ele circulou em carta genérica. A concessão de asilo não é feita de modo automático. O cidadão sequer está em uma embaixada do Brasil".
Trata-se de uma repulsiva evasiva burocrática para não honrar a tradição brasileira de acolher perseguidos políticos de todos os quadrantes e de todas as ideologias. Conforme lembrou o combativo jornalista Laerte Braga, alguns dos piores vilões da extrema-direita, como George Bidault, Marcelo Caetano e Alfredo Stroessner, "foram recebidos com loas e protegidos enquanto viveram".

Para o Laerte, "a diferença entre Dilma Roussef e FHC é apenas a saia". Eu não iria tão longe, mas deixo registrada minha mais profunda indignação com esta  saída pela tangente, uma maneira enviesada de fugir às responsabilidades que nossa dignidade nacional impõe. Teremos voltado, em pleno governo do PT, a ser quintal dos EUA?!
Fonte: Náufrago da Utopia

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Espionagem e o cinismo de Barack Obama

Sexta, 14 de junho de 2013

(JB)- O mundo não conseguiu ainda sair do espanto causado pelas revelações do soldado Bradley Manning — cujo julgamento por traição começou há dias — e uma denúncia ainda mais grave foi encaminhada ao Guardian pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden. O denunciante era, até o dia 20 de maio, um dos maiores especialistas em segurança de informações da Booz Allen, contratada pelo governo norte-americano para assessorar a NSA (Agência Nacional de Segurança). 

De acordo com os documentos oficiais, filtrados por Snowden, e não desmentidos, Obama determinou a invasão dos sistemas de comunicação eletrônicos do mundo inteiro — também no próprio território norte-americano. Os meios técnicos permitem aos invasores capturar mensagens e documentos, apagar, reescrever, reendereçar e-mails. Mais ainda: os hackers oficiais poderão intervir no sistema de comandos dos computadores. Em tese, e de acordo com a tecnologia disponível, serão capazes de alterar a rota dos aviões, provocar incidentes militares nas fronteiras, falsificar telegramas diplomáticos, de forma a intrigar governos contra governos.

Atos de espionagem e de provocação são comuns na História, mas os meios tecnológicos de hoje os tornam catastróficos. A única esperança de que planos como o do presidente Obama sejam divulgados está nos cidadãos dos próprios países agressores que, os conhecendo, como é o caso de Bradley Manning e de Edward Snowden, se disponham a denunciá-los ao mundo.

Snowden, como Manning, é um homem ainda jovem. Aos 29 anos, ganhando um bom salário, de 200 mil dólares brutos por ano, vivia com conforto no Havaí, com sua jovem namorada, quando, ao tomar conhecimento das 18 páginas das diretivas de Obama aos serviços de segurança, resolveu revelá-los.

O governo norte-americano tenta minimizar a gravidade da denúncia, ao afirmar que um tribunal criado para supervisionar os serviços de informação e segurança aprovou a medida, da qual, também as comissões especiais do Congresso tomaram conhecimento e lhe deram endosso.

Há várias questões postas, que devem ser examinadas com serenidade. Em primeiro lugar, aquela velha presunção norte-americana de que eles foram predestinados ao domínio universal, e foi definida pelo senador Fullbright como "a arrogância do poder". Sentindo-se os mais poderosos, assim como os soberanos, julgam-se irresponsáveis pelos seus atos e inimputáveis. Não consideram que haja acima deles nenhum poder punitivo. Seus fundamentalistas protestantes, entre eles Bush II, acreditam agir com a cumplicidade de Deus. Foi assim que o então presidente justificou a segunda guerra contra o Iraque: — em conversa com o Todo-Poderoso, dele ouviu a ordem de caçar Saddam Hussein e eliminá-lo.

Outra lição do fato é a de que não há mais segredos no mundo, principalmente quando o rege a lógica do mercado. Há, de acordo com as informações oficiais, 25 mil pessoas envolvidas no sistema nacional de segurança dos Estados Unidos, a maior parte delas funcionárias de empresas privadas, como a Booz Allen, cujo faturamento, em 98%, é obtido em contratos com a Agência Nacional de Segurança. É impossível, assim, manter essas operações em sigilo.

Outra grande surpresa é o cinismo do presidente Barack Obama, que irrompeu no cenário norte-americano como aquele predestinado a recuperar os mais altos valores dos "pais fundadores" da grande república. Na campanha eleitoral de 2008, ele qualificou os vazamentos do mau comportamento do governo como "atos de coragem e patriotismo, que podem, muitas vezes, salvar vidas e, com frequência, poupar dólares dos contribuintes, e devem ser encorajados, em lugar de combatidos", como ocorria durante a administração Bush.

Na reação contra Manning e Assange, Obama absolve o "guerreiro" Bush. Snowden, em entrevista ao Guardian, diz que se sente mais ou menos seguro em Hong Kong, aonde chegou há três semanas. Mas os republicanos do Congresso pediram ao governo que exija a sua extradição. Como se sabe, a autonomia da antiga colônia britânica é limitada: o território está sob a soberania estatal chinesa. Será interessante verificar se o governo chinês decidirá acatar um pedido de extradição que um pequeno país, como o Equador, se nega a atender, no caso de Julián Assange.

Os observadores se dividem, na previsão do que virá a ocorrer, diante desse novo escândalo mundial. A maioria, com a mente já colonizada pela hegemonia norte-americana, acha que nada há a fazer. Em suma, é inevitável aceitar o mando norte-americano, para que nos salvemos do "terrorismo islamita", assim como foi melhor aceitar as inconveniências da Guerra Fria, para que nos livrássemos do comunismo ateu.

Há, no entanto, os que sabem ser necessária uma aliança da inteligência e da dignidade dos homens, a fim de reagir, enquanto há tempo, contra essa tirania universal.

Fonte: www.maurosantayana.com

Leia também: O império da hipocrisia

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Funcionário de Belo Monte é flagrado espionando reunião do Xingu Vivo para informar ABIN

Segunda, 25 de fevereiro de 2013
Na manhã deste domingo, 24, quando finalizava seu planejamento anual em Altamira (PA), o Movimento Xingu Vivo para Sempre detectou que um dos participantes, Antonio, recém integrado ao movimento, estava gravando a reunião com uma caneta espiã.

Na caneta, o advogado do Xingu Vivo, Marco Apolo Santana Leão, encontrou arquivos de falas da reunião, bem como áudios de Antonio sendo instruído sobre o uso do equipamento. Confrontado, ele a principio negou qualquer má intenção, mas logo depois procurou o advogado para confessar sua atividade de espião contratado pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da usina, para levantar informações sobre lideranças e atividades do Xingu vivo.

De livre e espontânea vontade, Antonio se dispôs a relatar os fatos em depoimento gravado em vídeo. Segundo ele, depois de ser demitido pelo CCBM em meados do segundo semestre de 2012, ele foi readmitido em outubro como vigilante, recebendo a proposta de trabalhar como agente infiltrado, primeiramente nos canteiros de obra para detectar lideranças operárias que poderiam organizar greves.
 
Em decorrência de seu trabalho, foram presos cinco acusados de ter comandado a última revolta de trabalhadores nos canteiros de Belo Monte, em novembro do ano passado. Sua atuação também levou à demissão de cerca de 80 trabalhadores.

Em dezembro, segundo o depoente, ele passou a espionar o Xingu Vivo, onde se infiltrou em função da amizade de sua família com a coordenadora do movimento, Antonia Melo. Neste período, acompanhou reuniões e monitorou participantes do movimento, enviando fotos e relatos para o funcionário do CCBM, Peter Tavares.

Foi Tavares que, segundo Antonio, lhe deu a caneta para gravar as discussões do planejamento do movimento Xingu Vivo. O espião também relatou que este material seria analisado pela inteligência da CCBM, e que, para isso, contaria com a participação da ABIN (Agencia Brasileira de Inteligência), que estaria mandando um agente para Altamira esta semana.

Após gravar este depoimento, Antonio pediu para falar com todos os participantes do encontro do Xingu Vivo, onde voltou a relatar suas atividades de espião, pedindo desculpas e prometendo ir a público para denunciar o Consórcio Construtor Belo Monte.

Em seguida, solicitou ao advogado e à jornalista do movimento que o acompanhassem até sua casa, onde queria acertar os detalhes da delação com a esposa. No local, ele se ofereceu e apresentou seus crachás do CCBM, bem como a carteira profissional onde consta a contratação pela empresa, que foram fotografados.

Posteriormente, porém, a esposa comunicou ao advogado do movimento que Antonio tinha mudado de ideia e que não se apresentaria no Ministério Público Federal, como combinado. Mais tarde, ainda enviou um torpedo ameaçador a um membro do Xingu Vivo. No texto, ele disse que “vocês me ameaçaram, fizeram eu entrar no carro, invadiram minha casa sem ordem judicial. Isso é que é crime. Vou processar todos do Xingu vivo. Minha filha menor e minha mulher são minhas testemunhas. Sofri danos morais e violência física. E vocês vão se arrepender do que fizeram comigo”.

Em função de sua desistência de cooperar e assumir seu crime, e principalmente em função da ameaça ao movimento, o Xingu Vivo tomou a decisão de divulgar o depoimento gravado em vídeo, inclusive como forma de proteção de seus membros.

Apesar da atitude criminosa de Antonio ao se infiltrar no movimento, e apesar de não eximi-lo de sua responsabilidade, o Movimento Xingu Vivo para Sempre entende que o maior criminoso neste caso é o Consórcio Construtor Belo Monte, que usou de seu poder coercitivo e financeiro para transformar um de seus funcionários em alcaguete.

Também denunciamos que este esquema é responsabilidade direta do governo federal, maior acionista de Belo Monte. Mais execrável, porém, é a colaboração de agentes da ABIN no ato de espionagem.

O Movimento Xingu Vivo para Sempre, violado em seus direitos constitucionais e em sua privacidade, acusa diretamente o governo e o Consórcio de Belo Monte por estes crime, e exige do poder público que sejam tomadas as medidas cabíveis. É inadmissível que estas práticas ocorram em um estado democrático de direito. Exigimos justiça, já!
Fonte: Xingu Vivo Para Sempre
 

Dadá, a arapongagem, a Câmara Legislativa e a verdade que todos querem saber

Segunda, 25 de fevereiro de 2013

O mundo político do Distrito Federal calou diante das revelações feitas por Idalberto Matias em entrevista ao "jornal Folha de São Paulo” na edição da última sexta- feira

Por Edson Sombra
Após ler e reler por  inúmeras vezes o conteúdo da entrevista, constatamos algumas inverdades reveladas pelo hoje réu confesso, conhecido como Dadá,  já condenado pela Justiça   Federal a 19 anos e seis meses de cadeia pelo envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira na Operação Monte Carlo.
 

Diante das respostas dadas por Idalberto ao repórter Rubens Valente lhe fizemos um desafio, e hoje  voltamos a reiterá-lo, que Dadá exponha toda a verdade, mas  o faça com provas, caso contrário, passará a impressão de que há a tentativa de extorquir alguém que  protegeu durante o tempo que esteve preso. ...
 

Que ele foi pago pra quebrar os sigilos do titular deste blog, isso não é novidade,  está provado nas gravações realizadas pela Policia Federal, isso está muito bem explicado.
 

Muitos comentaram a postura do blog diante das revelações do réu confesso na entrevista à Folha, alguns com posicionamentos contrários, outros com elogios.
 

Na entrevista, Dadá faz algumas acusações ao secretário Claudio Monteiro, outras revelações são sabidamente inverídicas. Sem provas, não há verdade, isso diz a lei.
 

O blog adotou a postura que há muito norteia a prática de nossa conduta "o que vale para nós, também deve valer para os outros", por esse motivo não entendemos quais os critérios que adotaram alguns integrantes do GDF para diante do nosso posicionamento postado publicamente, fazerem juízo de valor tentando diminuir a importância do conteúdo da matéria da Folha de São Paulo.
 

Tentar induzir, como se estivéssemos condenando o já condenado, que agora confessou outros crimes que cometeu Idalberto Matias, e absolver das acusações feitas por Dadá o secretario Cláudio Monteiro não nos cabe. Se Dadá tem provas da verdade, que as apresente, não cabe aqui acreditar em suas palavras lançadas ao vento, pois delas o titular deste blog já foi vítima.
 

Este blog não se vale, e muito menos dá o direito  a qualquer pessoa de forma imprópria e leviana, se socorrer de nossas postagens para com isso tentar constranger a quem quer que seja, e muito menos traduzir a seu bel prazer o nosso pensamento.
 

Durante esses anos praticamos a máxima de que nem tudo que se sabe se fala. Se falado, tem que ser provado, e o que não é provado torna-se crime, é a Lei, e ela é dura com os caluniadores e difamadores.
 

E para os que gostam de se aproveitar por conveniência, principalmente pelo momento político que passa o Distrito Federal, onde segundo algumas pesquisas dão conta que a maioria da população se mostra insatisfeita com a forma como todos estamos sendo governados, faço um alerta, que antes de qualquer ilação pejorativa ao nosso posicionamento profissional, criem coragem, disposição e pesquisem, leiam e ouçam os conteúdos da Operação Monte Carlo, para que  saibam tudo o que a bisbilhotice criminosa causou patrocinada pelo crime, e o que é mais estarrecedor, com insinuações, difamações e mentiras envolvendo o  titular do blog,  tudo registrado na voz dos próprios criminosos, capitadas em grampos realizados pela Policia Federal, com autorização da Justiça Federal.
 

E aqui fazemos um outro apelo público: já que Idalberto Matias, o Dadá, está disposto e seguro de contar e provar tudo que fala na entrevista a Folha de São Paulo; já que o secretario Cláudio Monteiro diz-se seguro e desmente as acusações de Dada; já que é dado como certa a quebra de sigilos telefônicos de diversas autoridades do GDF, e conforme o Jornal Folha de São Paulo publicou, a deputada distrital Celina Leão está disposta a reapresentar o pedido de instalação de uma CPI com a finalidade de descobrir tudo sobre o tema arapongagem, e confirmou a este blog que conta com o número suficiente de assinaturas para apresentar o requerimento;  porque não unir forças, Executivo e Legislativo, ambos deixando de fora as paixões políticas para pedir auxílio a Policia Federal, Ministério Publico Federal, Policia Civil do Distrito Federal e Ministério Público do Distrito Federal  e instalar a CPI trazendo a verdade à tona, limpa e cristalina?
Só assim nos livraremos dessa indústria criminosa que torna também toda sociedade alvo de bandidos sem cara, financiados pelo dinheiro publico?
 

Se isso não acontecer, os bandidos continuarão livres para nos roubar a privacidade, caluniando, difamando, financiados por empresários e servidores públicos inescrupulosos ávidos pelo poder.
 

É sabido que o material coletado na Operação Monte Carlo tem muito ainda a ser divulgado, e que com suporte das Policias Civil, Federal e Ministérios Públicos já seria suficiente para colocar na cadeia financiadores, operadores, arapongas e quem se privilegia desse esgoto criminoso que é a arapongagem.
 

Que se faça isso sem as emoções dos holofotes.
 

Está fácil, é só querer...
Fonte: Blog do  Sombra - 25/02/2013

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O BUNKER DE AGNELO MONITORADO POR LEÃO

Quinta, 10 de maio de 2012
Da Revista Eletrônica Quid Novi

Mino Pedrosa


A história da arapongagem no Distrito Federal  levanta vôo. Com a abertura da CPI do Grampo na Câmara Distrital e com a divulgação da Operação Monte Carlo centenas de milhares de áudios vêm à tona, acompanhados de laudos técnicos. O Quidnovi revela agora com exclusividade documento de um apartamento no Hotel Lake Side, em Brasília, frequentado pelo governador Agnelo Queiroz, que foi monitorado pela turma do Chefe da Casa Militar do Governo do Distrito Federal coronel Rogério Leão.

Ao que tudo indica, Leão está preso ao cargo por um fio. Na Câmara Distrital, a CPI do grampo prepara-se para enjaular os arapongas da Capital. O Jornal de Brasília trouxe como manchete de primeira pagina: “Araponga quebra sigilo telefônico do Palácio do Buriti” e uma entrevista com o coronel Leão dizendo-se vitima de arapongas.

Ora, em 24 de fevereiro de 2012, o Quidnovi publicou com exclusividade o esquema de arapongagem comandado pelo chefe da Casa Militar coronel Leão usando a própria estrutura do GDF. Os alvos foram: secretários, parlamentares, o vice-governador Tadeu Felipeli e até mesmo o governador Agnelo Queiroz. Na ocasião, o chefe da Casa Militar defendeu-se dizendo tratar-se  apenas de varredura.

As fotografias, vídeos e áudios revelam no mínimo quebra de privacidade. O Quidnovi novamente com exclusividade publica as fotografias do momento em que a bisbilhotagem alcançou o vice-governador Tadeu Felipeli.  O coronel Leão registrou todos os documentos em cima das mesas de Filipelli e Agnelo. O curioso é que depois de tantos tropeços o Leão ainda se mantém ao lado do Governador.

Mais curioso ainda é que a Operação Monte Carlo revelou que o diretor da Delta Engenharia, no Centro Oeste, Claudio Abreu, que está preso, tem dois apartamentos no Hotel Lake Side e também mantém negócios com o GDF. Leão também monitora um flat no mesmo hotel frequentado por Agnelo para reuniões de negócios.

O que será que o governador Agnelo tanto conversa e negocia num flat no Lake Side? Será que o apartamento é o mesmo de Cláudio Abreu? O governador precisa explicar melhor à população o que está acontecendo nesse flat monitorado por Leão. Talvez, o fato de Leão ainda estar como chefe da Casa Militar pode ser o resultado das “varreduras” que  andou fazendo , para “proteger” as autoridades e surpreender meio mundo. Leia a íntegra da reportagem