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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ação para defesa cibernética recebeu apenas 31% do previsto ano passado

Segunda, 15 de julho de 201
Dyelle Menezes
Do Contas Abertas

Em reunião do Mercosul em Montevidéu, os presidentes dos países-membros do bloco (Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela) rechaçaram as atividades de espionagem realizadas pelo governo dos Estados Unidos e defenderam o asilo político ao ex-técnico da CIA Edward Snowden. Em resolução contundente, os membros do bloco anunciaram sua decisão de convocar para consultas os embaixadores acreditados junto aos países europeus envolvidos para que informem sobre os fatos ocorridos.

Enquanto cobra explicações dos EUA, o Brasil não faz o dever de casa. Entre as ações do programa “Política Nacional de Defesa”, está a rubrica denominada "Implantação do sistema de defesa cibernética". No orçamento da União de 2012, a iniciativa ação teve dotação autorizada de R$ 111,0 milhões, dos quais R$ 61,6 milhões foram empenhados, mas apenas R$ 34,4 milhões foram efetivamente pagos, o equivalente 31% do total. Vale ressaltar, que R$ 49,4 milhões constituíram crédito orçamentário perdido, visto que sequer foi empenhado.

O objetivo da iniciativa é implementar na esfera da Força Terrestre da capacidade operacional de pronta resposta de defesa em áreas sensíveis nos campos civil, industrial e militar. A intenção é que as estruturas possibilitem a atuação em cenários de ataques de natureza cibernética, de forma coerente com a Estratégia Nacional de Defesa.

A ação é implementada pela infraestrutura de ciência e tecnologia do Exército, por execução própria, parcerias ou contratações, sob a supervisão do Departamento de Ciência e Tecnologia e do Estado-Maior do Exército, e as auditorias realizadas pelo Centro de Controle Interno do Exército (CCIEx) e demais órgãos de controle.