Segunda, 19 de setembro de 2016
Direção da Caesb e Rollemberg tentam enganar a população, escondendo os reais problemas do abastecimento de água
A direção da Caesb e o governo Rollemberg estão tentando culpar o clima e a população pelos problemas no abastecimento de água, nos penalizando com racionamento, e afirmando que a população precisa economizar. Assim como seu aliado político Alckmin (PSDB) fez em São Paulo, Rollemberg se aproveita do mal tempo para culpabilizar "São Pedro" e a população, a fim de aumentar as tarifas dos usuarios comuns, e para justificar privatizações, como já anunciado pelo novo presidente Michel Temer (PMDB).
Sabemos que a água é um bem essencial para saúde e vida da população, por isso, não podemos aceitar o descaso com este direito essencial em hipótese alguma.
Rollemberg e Temer têm de forma clara a intenção de privatizar a água, enquanto a tendência mundial é justamente o contrário. Diversas cidades desistiram da privatização, e voltaram a ter saneamento público, a exemplo de Paris (França), Berlim (Alemanha) e Nova York (Estados Unidos).
Não podemos permitir que estes governos ataquem e tentem enganar a população com o discurso da seca, escondendo os graves e verdadeiros problemas.
A mando do governo, a Direção da Caesb já tem privatizado serviços por meio de terceirização ilegal, por exemplo, da manutenção de redes de água. A Caesb, que já foi referência no controle de perda de água, atualmente perde mais de 30% da água produzida no sistema de distribuição devido a essa privatizacao. Os trabalhadores denunciaram tal absurdo ao Ministério Público, já tendo decisão do Tribunal do Trabalho condenando a Caesb, mas mesmo assim essa realidade de terceirização e desperdício se mantém.
Outra grave questão que está comprometendo os recursos hídricos do DF é a política de grilagem de terra combinada com a especulação imobiliária. A legislação atual sobre as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) não é cumprida. A transformação de terras públicas e privadas em condomínios, aliada à gestão pública deficiente, é um dos principais problemas, que comprometem a integridade biológica das áreas verdes do DF, segundo pesquisadora e bióloga Ana Alice Biedzicki Marques. A pesquisadora explica que as APAs devem, conjuntamente, conservar a biodiversidade, disciplinar a ocupação humana e gerenciar o uso dos recursos naturais. No entanto, as APAs do DF, que representam mais de 90% de seu território, não têm mostrado eficácia nos seus propósitos de conservação, a exemplo da APA do Bacia do Rio Descoberto, criada para proteger o Lago que abastece mais de 65% do DF, onde se localizam parcelamentos privados consolidados e em expansão contínua sem qualquer controle do volume de água captado de forma irregular.
A política deliberada da Diretoria da Caesb de cortar custos de serviços essenciais, enquanto aumentam suas proprias relagias, tem agravado os problemas da Bacia do Rio Descoberto. Um outro caso denunciado pelos trabalhadores aos órgãos competentes foi o corte irresponsável de 80% da fiscalizacao da Barragem do Descoberto.
Ressaltamos que a direção da Caesb dispõem de quase R$ 1 bilhão para investir na construção de novas fontes de abastecimento, como o Bananal, Corumbá IV e Paranoá, mas temos sofrido com a incompetência e fortes indícios de corrupção do GDF e Empreiteiras, o que deve ser investigado na CPI por iniciativa popular da Caesb.
Não caia no discurso fácil da privatização, que só visa o lucro. Mesmo em países com forte histórico de fiscalização e regulação dos serviços, a exemplo França, multinacionais que desejam controlar a água no mundo aumentaram muito o preço das tarifas e comprometeram a qualidade da água, com esquemas corruptos. Não nos deixemos enganar! Os empreiteiros e grileiros, verdadeiros responsáveis, nem ao menos são citados nas reportagens e notas da Direção da Caesb. Não vamos pagar essa conta! Nossa luta é em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores!
SINDAGUA-DF
A direção da Caesb e o governo Rollemberg estão tentando culpar o clima e a população pelos problemas no abastecimento de água, nos penalizando com racionamento, e afirmando que a população precisa economizar. Assim como seu aliado político Alckmin (PSDB) fez em São Paulo, Rollemberg se aproveita do mal tempo para culpabilizar "São Pedro" e a população, a fim de aumentar as tarifas dos usuarios comuns, e para justificar privatizações, como já anunciado pelo novo presidente Michel Temer (PMDB).
Sabemos que a água é um bem essencial para saúde e vida da população, por isso, não podemos aceitar o descaso com este direito essencial em hipótese alguma.
Rollemberg e Temer têm de forma clara a intenção de privatizar a água, enquanto a tendência mundial é justamente o contrário. Diversas cidades desistiram da privatização, e voltaram a ter saneamento público, a exemplo de Paris (França), Berlim (Alemanha) e Nova York (Estados Unidos).
Não podemos permitir que estes governos ataquem e tentem enganar a população com o discurso da seca, escondendo os graves e verdadeiros problemas.
A mando do governo, a Direção da Caesb já tem privatizado serviços por meio de terceirização ilegal, por exemplo, da manutenção de redes de água. A Caesb, que já foi referência no controle de perda de água, atualmente perde mais de 30% da água produzida no sistema de distribuição devido a essa privatizacao. Os trabalhadores denunciaram tal absurdo ao Ministério Público, já tendo decisão do Tribunal do Trabalho condenando a Caesb, mas mesmo assim essa realidade de terceirização e desperdício se mantém.
Outra grave questão que está comprometendo os recursos hídricos do DF é a política de grilagem de terra combinada com a especulação imobiliária. A legislação atual sobre as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) não é cumprida. A transformação de terras públicas e privadas em condomínios, aliada à gestão pública deficiente, é um dos principais problemas, que comprometem a integridade biológica das áreas verdes do DF, segundo pesquisadora e bióloga Ana Alice Biedzicki Marques. A pesquisadora explica que as APAs devem, conjuntamente, conservar a biodiversidade, disciplinar a ocupação humana e gerenciar o uso dos recursos naturais. No entanto, as APAs do DF, que representam mais de 90% de seu território, não têm mostrado eficácia nos seus propósitos de conservação, a exemplo da APA do Bacia do Rio Descoberto, criada para proteger o Lago que abastece mais de 65% do DF, onde se localizam parcelamentos privados consolidados e em expansão contínua sem qualquer controle do volume de água captado de forma irregular.
A política deliberada da Diretoria da Caesb de cortar custos de serviços essenciais, enquanto aumentam suas proprias relagias, tem agravado os problemas da Bacia do Rio Descoberto. Um outro caso denunciado pelos trabalhadores aos órgãos competentes foi o corte irresponsável de 80% da fiscalizacao da Barragem do Descoberto.
Ressaltamos que a direção da Caesb dispõem de quase R$ 1 bilhão para investir na construção de novas fontes de abastecimento, como o Bananal, Corumbá IV e Paranoá, mas temos sofrido com a incompetência e fortes indícios de corrupção do GDF e Empreiteiras, o que deve ser investigado na CPI por iniciativa popular da Caesb.
Não caia no discurso fácil da privatização, que só visa o lucro. Mesmo em países com forte histórico de fiscalização e regulação dos serviços, a exemplo França, multinacionais que desejam controlar a água no mundo aumentaram muito o preço das tarifas e comprometeram a qualidade da água, com esquemas corruptos. Não nos deixemos enganar! Os empreiteiros e grileiros, verdadeiros responsáveis, nem ao menos são citados nas reportagens e notas da Direção da Caesb. Não vamos pagar essa conta! Nossa luta é em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores!
SINDAGUA-DF
