Quarta, 28 de setembro de 2016
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José Romildo - Correspondência da Agência Brasil
Ao
fazer hoje (28) uma análise da economia mundial, a diretora-gerente do
Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, citou o Brasil e a
Rússia como países que estão "mostrando alguns sinais de melhoria após
um período de severa contração". Ela disse que a economia mundial ainda
apresenta uma série de fragilidades, mas acrescentou que as perspectivas
das economias emergentes e em desenvolvimento "merecem um otimismo
cauteloso".
Em palestra na escola Kellogg de Administração, na
Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, ela disse que as
economias emergentes, que lideram a recuperação mundial desde a crise
financeira de 2008, vão continuar contribuindo com mais de três quartos
do crescimento global este ano e também em 2017.
A diretora do
FMI disse que a China, que é um dos sustentáculos desse crescimento das
economias emergentes, vem trabalhando nos últimos anos para equilibrar a
expansão de sua indústria como a área de serviços e tem reorientado o
seu foco para o consumo interno. Isso, de acordo com Lagarde, vai
permitir o desenvolvimento sustentável do país, mesmo com crescimento
mais lento. Lembrou que esse crescimento lento é ainda "robusto" porque
significa uma expansão anual de 6% para o país.
Índia faz reformas significativas
Christine
Lagarde destacou, também, o exemplo da Índia, que "também está
embarcando em reformas significativas" em sua economia, o que permite
que o país cresça a uma taxa de 7% ao ano.
Para a diretora do
FMI, o lado ruim - para as economias em desenvolvimento - é que os
países exportadores de commodities ainda estão sendo duramente atingidos
pelos preços baixos, enquanto os países do Oriente Médio "continuam a
sofrer com os conflitos e com o terrorismo".
Segundo Lagarde,,
levando-se em conta os pontos positivos e negativos da economia mundial,
os países ainda vão enfrentar durante muito tempo os problemas
decorrentes do baixo crescimento. Ela acrescentou que os pontos
positivos hoje beneficiam "muito poucos".
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