Segunda, 10 de outubro de 2011
Da Pública
Nossa repórter foi até o centro financeiro dos EUA para ouvir o que os ocupantes de Wall Street querem. Eles querem diálogo.
Por Mariana Simões, especial para a Pública
Orlando Jones, um pedreiro de 52 anos do Bronx, agora tem o seu
próprio cantinho na Liberty Square, em Wall Street. Ele montou uma
cadeira dessas de praia perto dos degraus de pedra que levam à entrada
do parque, e conversa com quem estiver a fim de sentar e prosear um
pouco.Para ele, as pessoas estão se juntando em Wall Street para trocar
idéias.
“Há uma necessidade de comunicação hoje em dia. Quando eu venho para
cá, não vejo as pessoas falando freneticamente nos seus celulares. Agora
elas estão conversando”.
Orlando conta que foi levado a montar sua cadeirinha de praia em Wall
Street porque já não via outra solução. “Eu nunca estudei. Aprendi a
ler aos 21 anos de idade, e sempre trabalhei. Mas agora, você tem ideia
de quanto está difícil achar um emprego? Eu sempre dei um jeito de
ganhar a vida. Mas não agora”.
Milhares de norte-americanos têm histórias semelhantes. Mas aqui no
movimento Occupy Wall Street, nem todo mundo está na mesma situação.