Terça, 18 de outubro de 2011
Da revista eletrônica QuidNovi
A operação das ONGs dentro do
Ministério do Esporte começou pelas mãos do doutor Rafael Barbosa,
mentor intelectual do soldado 4 estrelas João Dias Ferreira e braço
direito do Governador do DF Agnelo Queiroz, desde o início de sua
carreira política como deputado distrital em 1990. Rafael, ao lado de
João Dias, montou todo o esquema para abastecer o Caixa 2 do PC do B. Os
donos do cofre, no escândalo das ONGs, eram Agnelo Queiroz e Orlando
Silva.
Foi do dia 31 de março para 1º de
abril de 2010 que o Delegado Giancarlos Zuliani, prendeu o grupo que
operava a fraude nas ONGs em Brasília, durante a Operação Shaolin. A
data escolhida lembrava a revolução de 64, onde os camaradas eram os
alvos dos militares.
Numa busca e apreensão, no cofre
da casa do soldado João Dias, o delegado Giancarlos Zuliani, encontrou
farta documentação comprovando as fraudes nos convênios entre o
Ministério do Esporte e ONGs montadas por dirigentes do PC do B, dentro
do programa Segundo Tempo. Ali já aparecia o nome do hoje ministro dos
Esportes, Orlando Silva de Jesus Junior, envolvido no desvio de
recursos públicos.
O processo da Operação Shaolin está hoje na 12ª Vara de Justiça Federal sob os cuidados da juíza Pollyanna Kelly
Martins Alves, conhecida como mão de ferro, por ter colhido depoimento
do ex-presidente Lula e do então ministro da Justiça, Marcio Thomaz
Bastos, no escândalo do Mensalão do PT.
Rafael Barbosa, hoje como
secretário de Saúde do GDF, atuava e atua como o principal operador do
Governador de Brasília Agnelo Queiroz em seus esquemas. Como anunciou a
Revista Eletrônca Quidnovi, João Dias cobrou de Rafael a demissão do
dirigente do Banco de Brasília, Manoel Tavares, responsável por
abastecer o policial com R$ 1 milhão todos os meses.
Foi no Sudoeste, bairro nobre da
Capital da República, que se travou um duelo entre o soldado e
financiadores da campanha de Agnelo Queiroz, que se sentiram traídos e
buscavam o espaço dentro do BRB. O episódio, conhecido como Sudoeste
Caboclo revelado com exclusividade pelo Quidnovi, terminou no 3º
Distrito Policial onde João Dias demonstrou seus super-poderes dentro
do Governo Agnelo.
Após a Revista Quidnovi revelar
quem era João Dias, o espaço do soldado foi restringido. O militar,
então, resolveu mandar um recado para Agnelo e Orlando. Montou um blog e
iniciou as ameaças.
O chefe do Caixa 2 de Agnelo,
Rafael Barbosa, pediu que João Dias o poupasse. Prometeu acomodar o
exército de pessoas que o soldado queria colocar dentro do Governo
Agnelo. Novamente, a Revista Quidnovi apresentou com em primeira mão, o
esquema do Ministro do Esporte, Orlando Silva denunciado por João Dias,
na 2ª feira, 11 de outubro.
O soldado revoltado com a demissão
do seu caixa forte no BRB disparou sua metralhadora de recados. Assista
o vídeo que João Dias mostra o seu temperamento explosivo numa ligação
para o Banco.
O soldado tem em suas mãos uma
bala de prata capaz de derrubar o ministro do Esporte Orlando Silva e o
governador do DF Agnelo Queiroz, ao mesmo tempo. Mas não quer que a bala
alcance o Governador do DF. O alvo é apenas Orlando Silva.
