Quinta, 24 de novembro de 2011
Da Agência Brasil
Débora Zampier - Repórter
 Brasília – As denúncias envolvendo o projeto de mobilidade urbana a 
ser implantado em Cuiabá para a Copa do Mundo, que atingiram hoje (24) o
 Ministério das Cidades, serão apuradas em duas frentes: em Mato Grosso,
 pelo Ministério Público Federal (MPF/MT) e Estadual (MP-MT), e em 
Brasília, pelo MPF no Distrito Federal (MPF/DF).
O MPF/DF irá apurar se os gestores do Ministério das Cidades 
cometeram improbidade administrativa ao adulterar parecer técnico que 
vetava substituição do projeto de linha rápida de ônibus (BRT) pela 
construção de um veículo leve sobre trilhos (VLT). A alteração elevou o 
gasto do projeto de modernização do transporte em mais de R$ 700 
milhões.
Já o MPF/MT e o MP/MT irão dar prosseguimento às investigações, já 
abertas, sobre as repercussões da mudança de projetos aprovada no 
Ministério das Cidades, como custos, financiamento e impactos, além 
apurar possíveis responsabilidades civis ou criminais que envolvam 
 pessoas de fora da pasta. “Isso [as revelações de supostas fraudes] faz
 com que a gente agora preste mais atenção e busque mais esclarecimentos
 sobre a possibilidade de implantação ou não desse modal”, disse o 
promotor estadual Clóvis de Almeida Junior.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a fraude teria
 ocorrido na Nota Técnica nº 123/2011/DeMOB/SeMOB/MCIDADES, de 8 de 
agosto de 2011, produzida pelo analista Higor de Oliveira Guerra, que 
era contrária à troca de modal de BRT para VLT. Segundo o jornal, depois
 de ordens superiores, o documento foi adulterado por Cristina Maria 
Soja, gerente de Projetos do Ministério das Cidades, e Luiza Gomide de 
Faria Vianna, diretora de Mobilidade Urbana do órgão, para demonstrar 
posicionamento favorável da área técnica.
 
 
 
