Segunda, 23 de julho de 2012
Carolina Sarres, repórter da Agência Brasil
A criação de empregos formais no Brasil teve queda de
25,9% no primeiro semestre de 2012, o que corresponde a cerca de 366 mil
vagas a menos no mercado de trabalho. No mesmo período do ano passado,
as vagas com carteira assinada somaram 1,4 milhão, período que
acompanhou o pico de 2010, quando foram criados 1,6 milhão de empregos
formais. Em 2012, foram pouco mais de 1 milhão de novas vagas. Os dados
são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado
hoje (20) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em junho, seguiu-se a tendência de redução ao longo do primeiro
semestre. Foram abertos 44% postos formais a menos do que em maio – o
equivalente a 121 mil vagas.
O setor que mais criou empregos nos primeiros seis meses do ano foi o
de serviços, que ofereceu cerca de 469 mil postos, seguido pela
construção civil, com aproximadamente 205 mil. A indústria de material
de transporte, por outro lado, teve queda equivalente a 3,7 mil vagas.
Os estados com os maiores saldos de criação de empregos formais foram
Santa Catarina (57,5 mil vagas), Mato Grosso (37,8 mil) e o Distrito
Federal (18,4 mil). Alagoas foi o único estado com saldo negativo, 37,5
mil postos formais a menos. De acordo com o MTE, o decréscimo foi
resultado da seca que atingiu o setor de cana-de-açúcar.