Sexta, 24 de agosto de 2012
A grife de roupas e acessórios Zara, está suspensa do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. A companhia têxtil já havia implicada em caso de escravidão contemporânea em uma confecçõe das roupas. | ||||||
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De acordo com a ONG Repórter Brasil, O Comitê de Coordenação e Monitoramento da iniciativa, que reúne empresas comprometidas em agir contra a exploração de mão de obra escrava, decidiu pela suspensão da companhia têxtil espanhola após a mesma defender a inconstitucionalidade da "lista suja" do trabalho escravo em ação judicial apresentada à Justiça do Trabalho. O comunicado assinado pelos membros do Comitê considera que o comportamento da Zara, afronta os princípios do Pacto Nacional. Isso porque colocou em xeque o cadastro de empregadores envolvidos em casos de trabalho escravo, Mesmo após pedido prévio de esclarecimento, a empresa informou que mantém inalteradaa sua posição. A Zara faz parte do grupo Inditex, com sede na Espanha, considerado o mais valioso conglomerado empresarial do setor têxtil em todo o mundo. A Zara tornou-se signatária do Pacto Nacional em novembro de 2011, ocasião em que também incentivou a adesão de 48 de suas fornecedoras. Desde que uma fiscalização coordenada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP) encontrou 15 pessoas produzindo peças de vestuário da marca em condições análogas à escravidão em meados de 2011, a grife assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e vem anunciando uma série de medidas direcionadas ao enfrentamento do trabalho escravo. Contraditoriamente, na tentativa de sair da "lista suja" do trabalho escravo, a empresa alegou no Judiciário a inconstitucionalidade de um instrumento considerado central nos esforços para a erradicação deste tipo de crime. (pulsar) |