Sexta, 18 de janeiro de 2013
Por Valéria de
Oliveira
O presidente do PPS do Distrito Federal, Francisco de Sousa Andrade,
protocolou, nesta sexta-feira (18), na Procuradoria-Geral de Justiça do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, representação para
garantir o direito constitucional da população à saúde. O partido pede a
abertura de procedimento de investigação criminal do secretário de Saúde do DF,
Rafael Barbosa e, se confirmadas as denúncias apresentadas no documento, que
seja promovida a competente ação penal.
O texto da representação ressalta que, durante a campanha eleitoral, o
então candidato Agnelo Queiroz, do PT, prometeu assumiria ele mesmo a
Secretaria de Saúde nos primeiros meses de administração, por causa dos
problemas que tomavam conta do setor. Entretanto, nomeou Rafael Barbosa para o
cargo de secretário.
O PPS historia que em 2011 ocorreram inúmeros episódios “envolvendo maus
tratos a pacientes em hospitais públicos, falta de médicos para atendimento à
população, equipamentos quebrados – sem conserto ou reposição – recorrente
falta de leitos (...), atrasos na entrega das chamadas UPAS, além de dezenas de
outros casos de negligência e falta de atenção”.
Morte
Esse quadro, salienta a representação, foi se agravando e ocasionando
filas cada vez mais longas em busca de atendimento. “Em 8 de janeiro, faltam
médicos no Hospital de Planaltina e uma jovem morre por falta comprovada de
atendimento”, denuncia o PPS. No dia seguinte, prossegue o documento, uma jovem
atira objetos na vidraça do Hospital Regional da Asa Norte por desespero.
Desde o segundo semestre de 2012 casos com “igual gravidade se sucedem”,
caracterizando “negligência do secretário de Saúde e seu descaso para com a
população do Distrito Federal”. Como consequência, são rotineiras as enormes
filas, tumultos, empurra-empurra e até invasão de hospitais, conforme descreve
a representação.
Enquanto isso, protesta o PPS, o governador Agnelo Queiroz e o
secretário Rafael Barbosa estão de férias, deixando um secretário-adjunto que
“desdenha que ‘não há caos nenhum’ e que Brasília vive uma situação de
privilégio”.
Fonte: Site PPS
Fonte: Site PPS