Terça, 14 de maio de 2013
Em entrevista, o engenheiro Paulo Metri explica as implicações
da lei n. 9478/1997, que rege os leilões de petróleo no país, e defende a
criação de uma nova legislação, semelhante à lei n. 12351, que assegura
a criação de um fundo social a partir dos recursos obtidos com a
exploração da camada do pré-sal
Publicado em http://paulometri.blogspot.com.br
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A 11ª Rodada de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de
Petróleo e Gás Natural, que será realizada nos dias 14 e 15 de maio
deste ano, no Rio de Janeiro, para leiloar 289 blocos para a exploração
de petróleo, “trará um prejuízo para o país da ordem de um trilhão de
dólares”, diz Paulo Metri à IHU On-Line. Na entrevista a seguir,
concedida por telefone, o engenheiro explica as implicações da lei n.
9478/1997, que rege os leilões de petróleo no país, e defende a criação
de uma nova legislação, semelhante à lei n. 12351, que assegura a
criação de um fundo social a partir dos recursos obtidos com a
exploração da camada do pré-sal.
Crítico da atuação das petrolíferas estrangeiras no Brasil, Metri diz que o setor “tem de ser visto como um dinamizador da economia”. No entanto, assegura que, desde 1997, “várias empresas estrangeiras já ganharam blocos no Brasil, descobriram e estão produzindo petróleo, e nenhuma delas contratou uma simples plataforma no país. (...) Elas têm um bloco no mar, trazem suas plataformas do exterior, o petróleo sai do fundo do mar e já vai para um navio que nem passa pelo território nacional, e as empresas tampouco pagam imposto pela exportação do petróleo por causa da Lei Kandir. Quer dizer, as empresas só pagam os royalties, que é uma parcela mínima, de 10%, comparado com a lucratividade do setor, que deve ser algo em torno de 45%”.
Paulo Metri é graduado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio e é conselheiro do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro.
Confira a entrevista.
Crítico da atuação das petrolíferas estrangeiras no Brasil, Metri diz que o setor “tem de ser visto como um dinamizador da economia”. No entanto, assegura que, desde 1997, “várias empresas estrangeiras já ganharam blocos no Brasil, descobriram e estão produzindo petróleo, e nenhuma delas contratou uma simples plataforma no país. (...) Elas têm um bloco no mar, trazem suas plataformas do exterior, o petróleo sai do fundo do mar e já vai para um navio que nem passa pelo território nacional, e as empresas tampouco pagam imposto pela exportação do petróleo por causa da Lei Kandir. Quer dizer, as empresas só pagam os royalties, que é uma parcela mínima, de 10%, comparado com a lucratividade do setor, que deve ser algo em torno de 45%”.
Paulo Metri é graduado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio e é conselheiro do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro.
Confira a entrevista.